quarta-feira, 29 de junho de 2011

Saudade

O desencarne é uma viagem na qual o passageiro muitas vezes é levado de surpresa, sem dar-lhe a oportunidade da despedida. Além disso, o desprendimento da matéria causa certa confusão mental quando se processa o desencarne. Nem sempre se está preparado para o momento fortuito.
No desencarne pode ocorrer uma espécie de fantasia, onde os pensamentos mesclam diferentes situações de apresso e de cuidado sobre os bens materiais e sobre as pessoas a quem se ama. O grau de ligação com um ou outro depende muito da afinidade ao qual o desencarnante professava seus pensamentos mais íntimos. É no momento do desenlace que os pensamentos e desejos íntimos se revelam e o corpo físico não pode mais abrigar ou manter a cegueira costumeira dos mais apegados à matéria, como, do contrário, também se procederá a um encontro iluminado com familiares e amigos aguardando o aventurado.
De qualquer sorte, o desencarnante trará em seu coração a saudade daqueles que deixou na Terra. Saudade essa condicionada ao carinho e proximidade dos corações que sofrem no momento derradeiro da partida.
Cada desencarnante mergulha seu coração saudoso na mesma intensidade de dor em que mergulham os corações saudosos dos que ficaram na Terra. As ligações mentais, nesses momentos, dependendo do caso, levam certo tempo para se desatarem e a saudade entristecida passa a ser um angustioso sofrimento para os encarnados e um tormento ao desencarnado. Mas quando essa saudade é iluminada pela alegria e pela vibração da bem aventurança do que partiu, tenha certeza que o familiar ou amigo desencarnado receberá lindas homenagens do céu, na forma de flores coloridas a lhe cair sobre o Espírito.
Momentos assim animam uma ligação mental superior entre os entes queridos e o desencarnado aflora sua sensibilidade ao emitir votos de louvor e agradecimento pelo carinhoso coração. Então, o encarnado é retribuído com luzes e flores espirituais que aos mais sensíveis poderá ser percebido como um calor repentino, ou uma vibração que lhe eriça a pele, talvez a impressão de aromas ou perfumes, e até mesmo sentir a presença do próprio desencarnado – uma decorrência da intensidade da ligação mental.
Entre encarnados e desencarnados, onde a admiração, o carinho e o afeto se faziam como referência no convívio terreno, os laços jamais se rompem e a saudade pode manifestar-se num lenitivo divino, diminuindo a dor da separação temporária, quando se mentaliza a felicidade, o carinho e o afeto ao ente amado.
Irmão Afrânio
Mensagem recebida em 28 de junho de 2011.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Casas Espíritas e seus Trabalhadores

Os trabalhadores das Casas Espíritas se complementam na soma de encarnados e desencarnados. Ocorre que aos encarnados compete a tarefa de canalizar os fluidos da Espiritualidade, trazidos pelos trabalhadores Espirituais, a fim de exercerem as atividades de assistência aos Irmãos necessitados que busquem amparo na Casa Espírita.
De outra parte, é interessante dizer que todas as demandas de assistência sempre são antecipadas pela Espiritualidade. Nosso Pai Celestial permite para determinada comunidade, bairro ou cidade, o benefício da assistência Espiritual em determinado gênero de atividade: que pode ser relacionado ao esclarecimento, ou às cirurgias, ou às mensagens de consolo, em fim. De acordo com o merecimento e a oportunidade decorrente das necessidades de assistência, o Pai Celestial delega a intercessão dos Espíritos Superiores no trato com os encarnados e trabalhadores da Casa.
Essas demandas são visualizadas com certa antecedência, permitindo às equipes Espirituais buscarem os médiuns mais adequados para a realização dos trabalhos.
Dessa forma, pode-se depreender que os encarnados adentram nas Casas Espíritas no intuito de aprenderem sobre a Espiritualidade, mas na qual muitos foram intuídos em buscar a mesma para serem aspirantes aos trabalhos mediúnicos.
Assim, as características dos médiuns demandam das necessidades alocadas para a respectiva Casa Espírita e as da comunidade que acorrerá por sua assistência Espiritual.
Todos os aspirantes ao trabalho mediúnico chegam à Casa Espírita, sendo já de muito acompanhados pelos Espíritos Superiores, em condições de exercer determinadas funções mediúnicas nos trabalhos vindouros.
Ao integrar-se nos grupos de estudo, o aspirante aos trabalhos mediúnicos passa a exercer a caridade de seu tempo. Ou seja. Na medida em que esse encarnado estabelece um tempo de sua vida, na rotina diária, para dedicar-se ao estudo, ele está exercendo uma caridade; entregando-se fisicamente para os encarregados da Espiritualidade trabalhar suas faculdades mediúnicas.
Compete-lhe, a partir disso, desenvolver outra caridade: a de harmonizar-se com o grupo de encarnados que está na mesma condição de aprendizes. Estará, assim, desenvolvendo o afeto com relação ao próximo. O afeto é importante para os trabalhos mediúnicos, visto que esses sempre se dão de forma coletiva e colaborativa; com o concurso fraterno de diversos Irmãos encarnados e desencarnados.
Além disso, ao aspirante dos trabalhos mediúnicos, cabe outra caridade: a de harmonizar-se com as equipes Espirituais da Casa, permitindo a esses a utilização de seu corpo para a identificação e afloramento da faculdade mediúnica que atenda as demandas de assistência futura, em acordo com a permissão concedida pelo Pai Celestial.
Irmãos e Irmãs! A mediunidade, para os devidos fins de assistência Espiritual, é aflorada e desenvolvida pelas equipes Espirituais que acompanham os encarnados durante os estudos. Durante os encontros de estudo, seguidamente são aproximados fluidos diversos e Irmãos Espirituais em diferentes graus de conhecimento, visando identificar as peculiaridades mediúnicas de cada um dos aspirantes e direcioná-lo na atividade fim a que se destinam as assistências da Casa. Busca-se, com isso, desenvolver a faculdade mais latente do médium.
Pode ocorrer que determinada Casa Espírita, em futuro próximo, terá a incumbência de dar assistência de consolo devido a desencarnes prematuros e trágicos que ocorrerão num crescente. Concedida a permissão pelo Pai Celestial, a Espiritualidade buscará entre os encarnados os médiuns mais capacitados para exercerem, por exemplo, a psicografia.
Mas como são diversos os gêneros de assistências a serem exercidas pelas Casas Espíritas, as equipes do Plano Superior sempre estão intuindo e desenvolvendo as faculdades mediúnicas em sentido amplo nos grupos de estudo. Assim, alguns médiuns do grupo se especializarão na psicografia, outros no passe magnético, outros na cura, vidência e nas demais necessidades assistenciais que a organização Espiritual considerar apropriada e oportuna para a Casa.
Irmão Bartolomeu

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Casas Espíritas

Quando os Irmãos terrenos se reúnem com o intuito sublime de constituir uma Casa Espírita, dedicada ao amor e ao próximo, em especial aos necessitados, muito antes desses Irmãos se encontrarem na Terra seus caminhos já foram planejados pela Espiritualidade Superior que lhes outorgou a missão de auxiliar no trabalho edificante da Moral do Cristo.
Na Espiritualidade, diversas reuniões aconteceram para organizar toda a caminhada da nova Casa de trabalhos. Ou seja. A forma como iniciar as tratativas e os compromissos despendidos aos encarnados responsáveis por dar os primeiros passos em direção da construção da mesma, foram demandadas por Irmãos da Espiritualidade Superior.
Nada surgiu do acaso e os encarnados missionados na tarefa da nova Casa Espírita não estão entregues à própria sorte. Muitos desses são encaminhados para encontros na Espiritualidade, junto aos mentores organizadores da nova Casa, durante os sonhos, onde recebem instruções e encorajamentos. Compraz aos encarnados transformar o sonho em realidade, vencendo cada uma das etapas, desde sua fundamentação Espiritual, até na organização das rotinas diárias necessárias ao encaminhamento dos trabalhos e manutenção da mesma. Sendo esse o quesito que mais preocupa e perturba a tranquilidade dos responsáveis.
Mas tendo a fé necessária em Cristo e desenvolvendo os trabalhos assistenciais, de evangelização e outros estabelecidos em estatuto, jamais a Casa Espírita ficará desamparada. A Espiritualidade sempre proporcionará o acolhimento necessário à sua manutenção.
Os Irmãos da Espiritualidade Superior, responsáveis pela Casa, sempre acorrerão com as necessidades precisas no andamento e no tocante às necessidades indispensáveis à manutenção dos trabalhos divinos.
Acorre aos Irmãos encarnados, a certeza da existência de organização Espiritual em respeitosa sintonia e hierarquia de funções na prática das atividades relativas à Casa Espírita. Da mesma forma, demanda disciplina diante da hierarquia estruturada entre os encarnados a envolver os trabalhadores da Casa, bem como aos aspirantes ao trabalho divino que adentram a Casa visando integrar-se aos trabalhos.
Competem a cada um dos encarnados, trabalhadores ou aspirantes (integrantes dos Estudos Sistematizados e dos Desenvolvimentos Mediúnicos) o apreço ao comprometimento amoroso e respeitoso a todos os envolvidos no trabalho. Nessas circunstâncias, a Disciplina é palavra precípua a irmanar corações e mentes para o desenvolvimento e trabalhos que são sempre coletivos, envolvendo encarnados e desencarnados.
Lembrem sempre: Jesus, nosso Mestre maior, quando encarnou na Terra para evangelizar, não trabalhou sozinho e sempre fez voz orientando existir disciplina e hierarquia a envolver os trabalhos de amor e caridade de encarnados e desencarnados. Chico Xavier também contou com o recurso e o desprendimento de outros para desenvolver os trabalhos de amor e caridade. Ninguém está só quando deseja trabalhar pelo bem.
Ao entrarmos numa Casa Espírita, estamos todos sob o amparo de ampla rede de trabalhadores desencarnados e encarnados a quem se deve o respeitoso zelo.
Irmão Bartolomeu
Mensagem recebida em 23 de junho de 2011.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Deslocamento e Auxílio

Numa certa tarde, num telefonema às 17h, fui convidado a participar de um auxílio de socorro. O fato se dava com uma recém-nascida, acometida de problema respiratório. Ficou acertado de que eu mentalizaria o hospital a fim de que três médicos da Espiritualidade pudessem identificar o prédio e localizar a recém-nascida.
Na hora acertada, às 17h15min, fiz a oração pedindo a permissão divina para o auxílio. Sentado e de olhos fechados, passei a mentalizar minha chegada da frente do hospital. Quando as imagens ficaram mais nítidas em minha mente, vi surgirem três pontos de luz no céu. Era como se durante a mentalização, algo diferente me fizera olhar para cima, chamando minha atenção. Imediatamente aqueles três pontos de luz se dirigiram para o hospital, saindo de meu campo de visão. Percebi que se tratava dos três médicos da Espiritualidade a se dirigirem à recém-nascida.
Após isso, as imagens do pai e da mãe da recém-nascida surgiram em minha mente. O semblante de ambos era de tristeza e dor. Na imagem, um dos médicos da Espiritualidade aplicava passes reconfortantes em ambos. Em seguida surgiu a imagem de um bebe. Tratava-se da recém-nascida que já estava recebendo dos médicos da Espiritualidade o tratamento necessário.

O fato me deixou pensativo. Questionei o mentor Bartolomeu sobre todo o ocorrido e ele explicou da seguinte maneira:
-O Espírito tem a faculdade de se deslocar pelo pensamento. O fato de você ou qualquer encarnado estar aprisionado no corpo, não o impede de se deslocar pelo pensamento. Nesse caso pode ocorrer o que comumente chamam de bilocação. Ou seja, a pessoa poderá ser vista em dois locais diferentes. Mas não foi o Espírito que se dividiu em dois. Isso é impossível. Ocorre que o corpo material está num local e sua Alma, através do pensamento, se apresentou em outro local. Para um vidente, você seria visto na frente do hospital. Já a imagem dos três pontos de luz corresponde, de fato, aos médicos da Espiritualidade. Como sua Alma apareceu na frente do hospital e você estava em sintonia de pensamento com eles, os três lhe acompanharam pela sua mentalização para encontrar o hospital. Chegando ali, a tristeza dos pais da recém-nascida serviu de referência e logo chegaram à Irmãzinha necessitada de cuidados em seu aparelho respiratório. As imagens que viste dos pais e depois da recém-nascida lhe foram apresentadas por um dos médicos da Espiritualidade. Na oportunidade, não foi permitido lhe apresentar a equipe Espiritual que acompanhou o encarne da Irmãzinha. Mas foram eles quem conduziu os médicos Espirituais até a incubadora onde estava a recém-nascida. Devo lhe frisar o seguinte: O momento em que a pediatra percebeu a dificuldade de respiração da Irmãzinha foi também o momento em que a equipe Espiritual que acompanhou o encarne solicitou o auxílio do Alto. Reflita! Tudo se encadeia no Universo.

sábado, 18 de junho de 2011

Iluminados e Iluminadores

Meus queridos Irmãos e Irmãs,
Que a graça de nosso Pai esteja conosco!
São momentos assim, de muita amizade e caridade Espiritual, que facilitam as comunicações entre os dois mundos; o material e o Espiritual.
A vida terrena, regrada e ponderada na moral do Cristo, potencializa os passos dos encarnados na direção do progresso e ao encalço dos mundos felizes.
Compreender as diferentes manifestações da matéria para o aprendizado terreno é uma dádiva dos encarnados estudiosos da moral do Cristo. A vida na matéria é passageira e compete a cada um estabelecer o tempo de desprendimento da mesma e sua ascensão aos Planos Superiores da Espiritualidade.
Muitos exemplos de desprendimento e de dedicação e caridade ao próximo já passaram entre os encarnados. Muitos outros ainda virão e encarnarão para orientar os passos da humanidade. Da mesma forma, muitos servem de exemplo vivo, no momento presente, desenvolvendo o desprendimento e a caridade. São porta-vozes da Espiritualidade Superior, focos de luz a brilhar entre os encarnados como o Sol ao iluminar a Terra.
A caridade, exemplo maior a iluminar o coração sofrido que recebe o socorro ou auxilio pertinaz, revigora o Espírito caridoso na senda da evolução divina.
Irmãos e Irmãs! A jornada na matéria é apenas uma breve passagem diante da eternidade. Buscar a paz intima, fazendo a caridade, é apenas uma faceta das potencialidades que nosso Pai Celestial propiciou ao Espírito.
Envolver o próximo em pensamentos de Amor, Saúde e Felicidade também constitui tarefas auxiliares para a evolução. Essa caridade, potencializada pelo pensamento, é a mais utilizada pela Espiritualidade. Ocupar nossos pensamentos envolvendo o próximo em fluidos sadios e benfazejos propiciam a limpeza mental do ente envolvido e pode contribuir para sua evolução na medida em que lhe intui a também fazer o bem.
Que o Amor de nosso Pai Celestial vos envolva sempre.
Irmão Aníbal
Mensagem recebida em 17 de junho de 2011.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Perdoa sempre

Queridos!
O amor de nosso Pai Celestial é muito maior que todo o universo.
Quis Ele em sua sabedoria nos colocar juntos nos caminhos desse grandioso cosmos. Quis Ele que estivéssemos juntos, de alguma forma, nesse planeta maravilhoso. A Terra não é diferente dos outros planetas, pois todos, assim como aqui, possuem milhões de Espíritos palmilhando em direção da evolução.
Mas a evolução não se alcança somente pelos conhecimentos adquiridos em cada uma das encarnações. Necessário é o reconhecimento dos Espíritos na condição de Irmãos universais e encaminhados pelo nosso Pai Amado na integração cósmica da fraternidade. Temos que nos reconhecer verdadeiramente como filhos de uma única fonte e que percorremos diferentes caminhos até chegarmos a Terra, planeta que nos acolheu sobre o grande amor de Cristo.
Aqui temos de desfazer dos egoísmos e orgulhos. Temos de vestir nossa Alma com a chama da humildade e reconhecer o quanto somos pequeninos ainda e muito temos que galgar no caminho em direção ao Pai Amado.
Façamos dessa oportunidade terrena a nossa valiosa alavanca para o progresso do Espírito. Como chave de nossos corações, vamos empunhar o Perdão.
Perdoar sempre, incondicionalmente. Essa ação nos iluminará o coração e proporcionará a companhia dos Irmãos amados da Espiritualidade Superior, evoluídos o suficiente para consolar nossas angústias e esclarecer as dúvidas.
Lembre, o mundo material é apenas uma passagem onde todos nós mudamos de roupagem de tempos em tempos para aprendermos a grandiosidade do Perdão que abre as portas da Espiritualidade.
Confluamos para um mesmo fim. Façamos do Perdão nossa chave mestra para abrir todos os corações. Sigamos as orientações do Evangelho. Logo teremos, cada um ao seu tempo, as valiosas revelações sobre a Espiritualidade no abraço afetuoso daqueles que vos antecederam na passagem do plano físico para o mundo dos Espíritos.
Que nosso Pai Amado vos conceda muita luz no coração.
Irmã Noêmia
Mensagem recebida em 09 de junho de 2011.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Entendendo os Sonhos

Durante quinze noites, fui levado para um estudo de observação sobre os desdobramentos dos encarnados. Conforme foram ocorrendo os desdobramentos, segui a orientação do mentor Bartolomeu e passei a observar como os mesmos se processavam nos encarnados. O objetivo do estudo era para eu entender um pouco sobre os sonhos.
Percebi que todos os encarnados observados durante o período de estudo realizavam o desdobramento – em completo estado de inconsciência – quando estavam em repouso. Ou seja, enquanto dormiam durante a noite, os mesmos estavam desdobrados. Muitos seguiam, em Espírito, para diferentes afazeres. Outros desdobrados ficavam em estado de dormência flutuando a uma pequena distância do corpo.
Diante das diferentes situações visualizadas durante o estudo, Bartolomeu esclareceu alguns pontos colocador por mim. Uma das questões que levantei em uma dada oportunidade era exatamente sobre a condição na qual encontramos as pessoas durante a noite:
-Ao longo de nossas visitas de observação, notei que alguns desdobravam, mas permaneciam junto ao próprio corpo. Por que essa situação?
-Charles! Você percebeu que todos os encarnados, quando dormem, realizam o desdobramento. Isso é fato e constitui uma das faculdades do Espírito. Durante o sono, é permitido ao Espírito se libertar temporariamente do corpo material e buscar exercer seu livre-arbítrio na Espiritualidade. Todavia, todos nós, indistintamente, estamos em processo de aprendizagem. Dessa forma, não cabe julgamento sobre os desejos a que nossos Irmãos e Irmãs, visitados em estudo, inclinam suas predileções. Observe uma situação peculiar. Quando você assiste a um filme que lhe afete os sentidos da imaginação, você passa a idealizar as cenas como se o personagem idealizado fosse você. Ou por outra. Uma determinada imagem do dia lhe fez recordar, no íntimo, os momentos prazerosos de um passado recente. Ocorre, então, com esses desdobrados adormecidos que ficam junto ao corpo, uma introspecção onde ficam sonhando sobre a cena idealizada.
-Pelo que entendi esses ficariam sonhado junto ao corpo?
-Certamente. Mas isso não é uma condição permanente. Como disse, ela decorre dos encarnados assentirem as condições diárias que lhes afetem os sentidos. Em especial as emoções. Em outras oportunidades esses mesmos que visitamos nessas condições estariam executando alguma atividade diversa de idealizar uma determinada emoção.
Durante as visitas de estudo também pude perceber alguns encarnados que ao desdobrarem seguiam para trabalhar junto de outras entidades da Espiritualidade. Outras seguiam para seus próprios trabalhos diários. E outras, ainda, se dirigiam para lugares de baixa condição moral.
Independente dos lugares ao qual se dirigiam os Espíritos durante o desdobramento do sono, observei que muitos ao retornar ao corpo não se acoplavam de imediato, mas ficavam bem próximo dele, lhe imitando a posição em que o mesmo estava sobre a cama. Observei que esses também, ao retornarem, ficavam adormecidos. Questionado sobre os fatos, Bartolomeu explicou:
-Nesses casos também ocorre o que lhe expliquei quanto aos desdobrados adormecidos junto ao corpo. Esses, ao retornarem, passam a recordar sobre as andanças realizadas na Espiritualidade durante o estado de desdobramento. Entretanto, nessas situações é comum ocorrer à mistura de cenas vivenciadas na Espiritualidade com imagens outras, que pode ser de filmes, lembranças ou o que lhe afetou a emoção no plano terreno, transformando esse num sonho carregado de situações desconexas. A maioria dos encarnados está nessa condição quanto aos sonhos. Decorrem desses últimos momentos que antecedem o despertar, as lembranças mais vivas classificadas como sonhos. Também decorre desse fato o caso de especialistas terrenos afirmarem que o sonho acontece momentos antes do despertar.
Um dos encarnados que acompanhamos durante o estudo, quando em desdobramento, dirigiu-se para um bar numa determinada região da cidade. Ali se reuniam diversas entidades encarnadas e desencarnadas que se deliciavam com o cheiro de álcool. Num dado momento, surgiram duas outras entidades encarnadas gritando contra essa que observávamos, exigindo o pagamento de determinada dívida. As mesmas se lançaram contra a outra gritando que o matariam. Imediatamente a entidade ameaçada desapareceu do local. Diante do sumiço da entidade que estávamos observando, Bartolomeu disse para irmos até a residência do mesmo. Chegando a seu quarto, encontramos o homem sentado na cama, desperto, com as mãos na cabeça e respiração ofegante, dizendo para si mesmo: Que pesadelo!
Nesses estudos de observação, pude depreender que todos os encarnados realizam invariavelmente o desdobramento inconsciente quando vão repousar o corpo.
Já quanto aos sonhos, reparei três situações, que assim classifiquei para meu entendimento:
Sonho idealizado: na qual a Alma fica desdobrada próxima ao corpo, em estado de introspecção, recordando emoções ou idealizações;
Sonho comum: quando a Alma realiza atividades diversas na Espiritualidade, mas ao retornar ao corpo, antes de acoplar ao mesmo, passa a recordar fatos e cenas terrenos que se confundem com a realidade vivida na Espiritualidade momentos antes;
Pesadelo: quando a Alma se depara com situações adversas e ameaçadoras, provocando forte emoção que ocasiona o acoplamento brusco da Alma ao corpo. Em alguns casos a Alma traz um pouco dos miasmas que promoveram a agressão, violência ou pavor, lhe dando a sensação de dor e elevando os batimentos cardíacos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vozes do Invisível

Aos Irmãos e Irmãs encarnados, que se sentem acompanhados pelos Irmãos da Espiritualidade, ouvindo suas vozes cheias de informações e conhecimentos relacionados aos acontecimentos diários, saibam que essa é uma dádiva disponibilizada por Deus para vosso aprimoramento.
Os Irmão e Irmãs encarnados que ouvem vozes não tão agradáveis, com lamúrias e reclamações, às vezes carregadas de impropérios, ao ponto de levá-los a proferir as mesmas como se estivesse pensando alto, saibam que esta é uma situação de discórdia temporária merecedora da vossa atenção, pois as entidades buscam refazer dissabores de encarnações passadas. Saibam, também, que essa é uma provação necessária para auxiliar ambos na evolução construtiva em direção a Deus.
Aos Irmãos e Irmãs encarnados que ouvem vozes encantadoras que fazem recordar momentos felizes de vosso passado recente, saibam que essas provem de Irmãos e Irmãs da Espiritualidade, muito amigos e familiares de quem as ouve. São entidades que buscam contemplar-lhes com a certeza da eternidade e do caminho da felicidade em direção a Deus.
Os Irmãos e Irmãs que ouvem passos e outros sons que lhes parecem semelhantes a indicações de casos e de acontecimentos, saibam que quem vos acompanha são protetores familiares que desejam destacar a presença, com vistas a afastar outros que queiram intentar pensamentos de baixa vibração.
Queridos! A Espiritualidade está em toda a parte. Os Espíritos estão a todo o momento buscando caminhos para manifestar a presença e dizer-lhes, de alguma forma, que estão acompanhando vossos passos, dissabores e também alegrias.
A todos são dados os benefícios da evolução e do progresso, acompanhados de abnegados Irmãos e Irmãs da Espiritualidade, auxiliares de Deus para despertar em cada um a eternidade do Espírito no caminho do amor e da fraternidade.
Irmãos e Irmãs! Façamos da consciência o esteio de Paz e Amor. E permitam a si mesmos o desprendimento necessário para compreender as vozes do invisível que só querem lhes auxiliar na senda do progresso. Saibam que quando vocês oram ao Pai Celestial, outros que estão ao seu lado, no invisível, orando conjuntamente; e não é difícil ouvir a oração proferida pelas entidades invisíveis, basta deixar o silêncio tomar sua consciência e ouvira um coro rogar ao Pai pelas luzes do Alto para ti.
Irmã Dulcinéia
Mensagem recebida em 06 de junho de 2011.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Desapegos

Bem aventurado os mansos, porque herdarão a Terra.
Mateus, 5
Irmãos e Irmãs!
O Pai Celestial criou um Universo inteiro para a nossa evolução em sua direção. Dentro dos diversos caminhos que cada qual escolhe na senda do progresso, muitos são os percalços e desafios a serem superados. Mas é na mansuetude de coração, é na mansuetude do Espírito, que amealharemos o nosso galardão junto ao Pai.
Façamos do amor e da caridade o nosso referencial de dedicação, tornando esse num hábito rotineiro, de forma que venhamos a ser reconhecidos pelos nossos atos auspiciosos de caminhar sempre na direção do bem, dedicando de nós mesmos para o próximo.
Irmãos e Irmãs! A vida na Terra é passageira, assim como em qualquer outro mundo habitado dentro dos princípios da corporificação material da carne. Nosso desejo consiste na vossa superação constante dos apegos materiais de qualquer ordem. Sejam eles relativos aos sabores, gostos ou odores. Pois todo o campo material que vos cercam, todo o ambiente que se forma em seu alinhamento corporal, consiste da mesma matéria quintessênciada que assumiu conformações de acordo com as finalidades a serem prestadas para o ensino e aprimoramento do Espírito.
Despojados do corpo e do ambiente material que vos cerca, a realidade se dá no mundo dos Espíritos, onde a mesma matéria quintessênciada assume conformações também destinadas a atender as necessidades relativas à evolução do Espírito.
Dessa matéria, que assume diferentes formas para atender as leis de progresso do Espírito, fica a nossa obrigação de aproveitá-la no sentido do bem e da evolução em direção ao Pai Celestial.
Busquemos entender as finalidades da matéria, onde a principal consiste em ferir os sentidos no propósito de auferir ao Espírito a condição de aprendizagem. Na medida em que o véu da matéria se desfaz, mais abrangente é o entendimento sobre o mundo dos Espíritos, o mundo de todos nós, encarnados e desencarnados.
Irmãos e Irmã! Não se está afirmando para relegar o ambiente material e os objetos que o compõem. Aos encarnados compete à exata aprendizagem sobre tais condições. Mas chama-se a atenção para que em tal realidade se utilize da matéria de forma comedida, compreendendo o estado passageiro pela carne.
Deve-se ponderar sobre as diversas condições a que são expostas cada uma das realidades materiais condicionantes para a evolução do Espírito. Cabe a cada um, no uso do livre-arbítrio, escolher o caminho que sempre se revela pelo apego ou desprendimento material.
Desenvolva sempre o discernimento, evitando os exageros. E saiba que esse também é um exercício que leva tempo na aprendizagem que nos conduz ao Pai Celestial.
Irmã Dulcinéia
Mensagem recebida em 02 de junho de 2011.