sexta-feira, 23 de março de 2012

Reunião em Horizonte de Luz


Na madrugada de sábado, 17 de março de 2012, após o desdobramento oportunizado pelo repouso do corpo, e depois de já ter desenvolvido o deslocamento pelo pensamento, passei a pensar na praça central da Cidade Espiritual Horizonte de Luz. Do pensamento, o ato de ver o ambiente se operou numa velocidade imediata e de pronto já estava eu no centro da praça.
Conforme as atividades combinadas previamente, a Irmã Noêmia, que também é designada para junto de mim nas tarefas de mentora, aguardava minha chegada na praça. Tão logo cheguei, a mentora Noêmia se aproximou e orientou para irmos ao Departamento da Elevação, onde estava programado ocorrer a reunião sobre o programa de atividades científicas a serem desenvolvidas na Terra.
A praça, além da luminosidade que lhe é característica, está localizada na confluência de seis avenidas. É como se da praça as seis avenidas tivessem sua origem. Ao centro da mesma, uma enorme fonte de luz emitida ao alto em tom amarelo pálido é salpicada de infinitos e minúsculos pontilhados de diferentes cores que, como se estivessem subindo por uma nuvem de vapor, promovem um permanente emaranhado cintilante que variam do amarelo dourado ao azul, e do vermelho rubi ao violeta.
Além de lugares confortáveis para se ficar, com diversos acentos que se parecem poltronas, os canteiros da praça são graciosamente ornados com flores compostas de pétalas translúcidas nas cores rosa, amarela, roxo, branca e azul celeste. E ao balançarem por uma força invisível, como se fosse um vento, as flores produzem reflexos variados de cores devido à luz irradiante da fonte a transpassar pelas pétalas coloridas que se tocam.
Diversos pássaros também se aglomeram próximo da fonte e sobre os galhos das altas árvores que perfazem todo o entorno da praça, em formato de círculo. A beleza da plumagem dos pássaros é caracterizada pelas diversas cores que parecem pinturas metalizadas, semelhantes à plumagem do beija-flor.
Seguimos por uma daquelas avenidas. Noêmia disse que o mentor Bartolomeu já estava nos aguardando no Departamento da Elevação. Não demoramos muito para chegar ao destino. Depois de volitarmos em grande velocidade, logo pude identificar o prédio a nossa frente.
O Departamento da Elevação está localizado junto a um aglomerado de prédios que se estendem em formato de “U”, tendo uma ampla área central formada por corredores de árvores e canteiros de flores. O Departamento da Elevação está localizado bem na extremidade, ao centro, num prédio onde a arquitetura externa é em formato de pirâmide. Todos os prédios eram feitos de um mosaico geométrico de vidros transparentes e de louça, cujo branco parecia um espelho, e se integrando ao calçamento onde o mesmo mosaico de formas geométricas assumia cores opacas. Toda a geometria se encontrava ao centro do grande pátio, estabelecendo um marco com o desenho de uma rosa-dos-ventos
Seguimos em direção ao prédio em formato de pirâmide, ao Departamento da Elevação. Duas colunas altas, com uns cinquenta metros e feitas em cristal, se destacavam no corredor que dava acesso a porta de entrada do prédio.
A mentora Noêmia conduziu-me pelas rampas até chegarmos num determinado andar. Entramos numa sala. Ali estavam o mentor Bartolomeu e outras duas entidades, que também desenvolvem a tarefa de mentoras, o Irmão Onofre e o Irmão Ladislau. Cumprimentamos-nos. O mentor Bartolomeu disse que logo chegariam as entidades para dar início à reunião.
De fato, não chegamos a conversar muito e logo adentrou na sala um grupo de entidades superioras. Fiquei parado, olhando as entidades que volitavam a uns trinta centímetros do chão. Todas elas pareciam de um branco translúcido. Elas nos cumprimentaram e pediram para acompanhá-las. Entraram numa outra porta ali da sala. Os mentores seguiram as entidades e eu fiquei um pouco para trás. A Noêmia logo percebeu meu titubear e prontamente me chamou:
-Charles! Venha! Essa reunião diz respeito às nossas atividades.
Ao entras nessa outra sala, percebi que ali se tratava de um ambiente propício para reuniões. As mesas formavam duas elipses que se tocavam nas extremidades, tendo uma ampla área ao centro onde se poderia transitar. Pelo que pude contar, havia trinta lugares em cada lado. A mentora Noêmia levou-me até a extremidade onde ficava a cabeceira da mesa, indicando-me para sentar na segunda cadeira próxima da entidade que presidiria a reunião. O mentor Bartolomeu sentou na primeira cadeira, ao lado esquerdo da entidade que presidiria a reunião.
Na mesa, na frente de cada um dos lugares, havia um pequeno equipamento retangular semelhante a um "tablet". Junto a esse equipamento saía da mesa algo que parecia uma antena de uns trinta centímetros, sendo que todas elas eram levemente inclinadas na direção das entidades que estavam já acomodadas nas cadeiras.
A reunião iniciou quase que imediatamente ao nos acomodarmos. A entidade que presidiu a reunião pediu para evitarmos registrar os nomes quando de conversas na Terra ou no caso de eu registrar sobre a reunião. O mentor Bartolomeu concordou e disse que teríamos o máximo zelo sobre tal solicitação. Em seguida ela abriu a reunião com uma oração.
A reunião discorreu sobre as atividades científicas que devem ocorrer na Terra e sobre o comprometimento dos envolvidos. Durante a reunião, notei que na área central descia uma luz. Essa formava diversos pontos de fumaça vaporosa branca que se deslocavam, suavemente, em círculo.
Logo entendi do que se tratavam aquelas fumaças vaporosas. A entidade que presidia a reunião comentou da importância do envolvimento de encarnados de outro planeta, superior à Terra, nos trabalhos de ciência a serem desenvolvidos. Foi quando um daqueles vapores assumiu um pouco mais de consistência em sua forma e começou a falar do desprendimento e do empenho que o grupo destacaria para auxiliar no êxito da missão na Terra. Ela também comentou sobre os procedimentos que deveríamos tomar e sobre alguns livros que eu deveria ler na biblioteca localizada na cidade Horizonte de Luz; buscando ali sugestões e fundamentos para o erguimento das atividades terrenas.
Depois de comentar as medidas práticas que tomariam para auxiliar, pediu para observarmos algumas informações na tela. Naqueles pequenos "tablets" surgiram imagens que flutuavam logo acima dos equipamentos. Nas imagens foram apresentados diversos organogramas com objetivos específicos aos trabalhos a serem ainda concretizados na Terra. O interessante das imagens era o fato de que independente da entidade que tocava na imagem holográfica, as sugestões e orientações afetava igualmente todas as outras imagens.
Outras entidades comentaram sobre a necessidade de pontos que deveriam compor um Estatuto e temas considerados relevantes para as atividades iniciais no campo da ciência.
Quando me foi perguntado sobre as atividades, pontuei sobre o entusiasmo em fazer parte daquela equipe e que já no próximo dia estaria indo até a biblioteca verificar as leituras recomendadas.
E assim transcorreu a reunião, onde cada uma das entidades ali presentes comentou sobre as atividades futuras de ciência e do comprometimento assumido.
Depois de todos falarem, a entidade que presidia a reunião solicitou-me discrição sobre os assuntos tratados e em seguida fez uma oração de encerramento.
Ao terminar a oração, percebi que parte da parede ficou completamente transparente, possibilitando ver a cidade Horizonte de Luz se estender ao longe, já bastante iluminada pelo Sol. Percebi, também, que estávamos no andar mais alto do prédio do Departamento da Elevação.
A despedida com as entidades e almas ocorreu quando elas se aproximavam de mim e diziam, entre outras demonstrações de carinho, a frase: “Até breve!”
O mentor Bartolomeu, então, se aproximou e disse para eu retornar. O que fiz prontamente.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Conversando com Espíritos


Meus Amados!
Estamos aqui, mais uma vez, trazendo o conhecimento Espiritual.
Para os Encarnados, a curiosidade em dialogar com o desconhecido causa um pouco de desconforto e dúvidas. Isso porque nem sempre o encarnado está em condições de discernir sobre os pensamentos: sobre o que é próprio de sua consciência e o que lhe é transmitido por um Espírito.
Mas essa situação faz parte do aprendizado de cada um. E cabe ao Espiritismo a tarefa de auxiliar nesse entendimento; missão muito bem colocada no Livro dos Médiuns do nosso Patrono Allan Kardec.
Convêm aos Encarnados, que desejarem aprimorar-se nesse diálogo que ocorre a todo o momento, estudarem o Livro dos Médiuns e exercitarem a mente em discernirem o que pode ou não ser fruto pessoal do pensamento. Para esses estudos e exercícios, os Encarnados devem sempre buscar o suporte de outros médiuns nas Casas Espíritas. Assim, conseguirão o apoio necessário para o desenvolvimento da mediunidade.
Meus Amados! A comunicação entre Espíritos e Encarnados ocorre a todo o instante e essa conversa telepática é desenvolvida com Espíritos de todas as classes. Por isso pontuamos a necessária vigilância de pensamentos, para que o médium evite estar acompanhado de Irmãos desejosos de práticas nada louváveis.
Sempre que sentires um pensamento que lhe traga lembranças doloridas, vingativas, ligadas a desejos materiais, é o momento oportuno para erguer a consciência a Deus, fazendo uma breve oração e lembrando a imagem do Mestre Jesus.
Estamos sempre juntos dos nossos Amados Irmãos.
Fiquem com Deus!
Irmão Felipe, da Equipe de Passes.
Mensagem recebida em 14 de março de 2012.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Desregrados da Terra


Meus Irmãos!
Que a Paz esteja em vossos corações.
Muito significativa é a atividade de coordenar as missões de caridade junto aos homens terrenos. Da espiritualidade partimos como obreiros sem remorsos de nossos Irmãos que no passado cruzaram os mesmos caminhos nossos e nos ocasionaram algum mal, algum prejuízo irreparável.
Hoje trazemos no coração o conhecimento necessário para dialogarmos sobre o amor e reportar aos mesmos o nosso desprendimento das agruras passadas e desejando-lhes o restabelecimento físico, dentro da moral que é pregada entre os homens. Ou seja. No respeito às formas de se conseguir o pão de cada dia.
Como missionários da caridade, nossa tarefa é em intuir e coordenar diversos Irmãos e Irmãs para adentrar os presídios e hospitais psiquiátricos, para levar o carinho e o amor. Mas principalmente, levar a certeza de que o perdão existe e dele fazemos a nossa mais fabulosa moeda de troca. Que o pão conduzido por mãos generosas, a quem amparamos, possa entregar não só o alimento físico, mas primordialmente o medicamento espiritual. É assim que conduzimos a todos aqueles encarnados missionários e abnegados em auxiliar os esquecidos e desregrados da Terra. É assim, e por cada um desses benditos Irmãos e Irmãs encarnados, que adentram presídios e hospitais, nos quais amparamos e estimulamos todos os dias para continuarem na caminhada do amor e da fraternidade.
Meus queridos! Ajudem, sempre que puderem, em oração ao menos, aos nossos Irmãos desregrados. São eles ainda pequeninas crianças que desconhecem o amor contemplativo e a fé na espiritualidade. São eles como pequenas crianças que não conhecem as consequências de seus atos e necessitam aprender. São eles ainda Espíritos em evolução a se encontrar em estágios ainda inferiores, mas que necessitam do nosso amparo e orientação.
Não nos cabe julgar seus atos, mas cada um de nós, em seu foro íntimo pode pensar o quanto sabe e se em seu julgamento pessoal caberia a condenação de Espíritos ainda em fase de crianças no estágio hominal.
Buscamos a todo o momento os mais diletos servidores terrenos para trabalhar por essas “crianças” condenadas pelas leis humanas ao martírio.
Façamos um instante de oração, para que os corações possam ser sensibilizados. Pois, mesmo que os homens fechem as portas para esses pequeninos, Deus, nosso Pai de infinito amor, abrir-lhes-á novamente outras tantas portas quantas forem as necessárias. Pois é impossível impedir a marcha do progresso dos filhos de Deus.
Que assim seja para todo o Sempre!
Irmão Adamastor
Psicografado em 07 de março de 2012.