terça-feira, 23 de agosto de 2011

A vida diária e sua rotina


Muitos são os Irmãos nossos da Espiritualidade Maior dedicados em se aproximar dos encarnados. Todos eles buscam intuir seus afetos nos melhores pensamentos possíveis, sem interferir no livre-arbítrio de cada um.
Entretanto, muitos encarnados desconhecem essas aproximações e deixam-se levar pelas ideias de que estão optando pelo melhor, sem muitas vezes ponderar às circunstâncias e as ações de suas decisões. Nesses momentos, as tendências dos Irmãos menores fazem panaceia do livre-arbítrio do encarnado e o condicionam na tomada de decisões que somarão em desafios futuros e na melhora da consciência quanto aos atos tomados.
Deus não protela a ascensão de nenhum de seus filhos na eternidade do Tempo. Mesmo porque o Tempo é uma condição presa à matéria. Ao Espírito o Tempo representa apenas os momentos de seu estágio de aprendizagem. Assim, nenhum Espírito está condenado ao perecimento moral e nem ao estacionamento eterno.
Caso o encarnado não de atenção aos Irmãos da Espiritualidade Superior, aos Irmãos mais esclarecidos sobre o caminho que deve buscar na sua peregrinação em direção ao Pai Celestial, ele terá como decorrência de suas atitudes a ressonância dos próprios Irmãos menores da Espiritualidade com a qual mantém afinidade, cujos mesmos Deus utilizará como instrumentos para despertar o Irmão encanado em trilhar no caminho do bem.
Sendo assim, nenhum dos encarnados, mesmo aqueles que se afinizam com entidades ainda trevosas, ficarão estacionados por muito tempo sem receber o impulso e o esclarecimento necessário para o progresso.
Contemplar o Universo como um mar de Irmãos a se puxarem todos em direção ao esclarecimento e aos planos Felizes da Espiritualidade, é o que tem pleno sentido. Esse é o motivo pelo qual muitos Irmãos nossos, da Espiritualidade Superior, jamais abandonam os seus Irmãos menores nas ondas bravias dos desejos e ignorâncias que parecem aprisionar Espíritos ainda muito jovens, que experimentam o livre-arbítrio na encarnação e ensaiam suas jornadas em direção a angelitude.
Fiquem com Deus,
Hoje e Sempre!
Irmão Afrânio
Mensagem recebida em 22 de agosto de 2011.

Visitando Marte – III


Já dentro da nave, Bartolomeu solicitou para eu fechar os olhos e mentalizar uma luz branca a me envolver. Enquanto isso, ele aplicava um passe magnético. Disse que tal procedimento era necessário para eu poder ingressar no Plano Espiritual ao qual nos dirigíamos. Sem esse procedimento eu poderia me desprender do grupo e retornar à Terra.
O passe e a mentalização duraram uns 20 segundos. Bartolomeu logo pediu para eu abrir os olhos, pois havíamos chegado.
-Vamos, Charles. Já chegamos à Cidade Espiritual de Conframare. Estamos no Centro de Hermenêutica e Ciência, correspondente ao que visitamos no Plano Físico.
A área era exatamente uma cópia do local visitado no Plano Físico. O espaço para estacionar as naves, os prédios e a vegetação eram quase idênticos. Porém, ali tudo era mais luminoso e translúcido. Tudo ali parecia ser feito de vidro.
Reparei que Eustáquio e Felipe estavam agora com forma diferente daquela que eu vi no Plano Físico. Mas não só eles dois, pois todos os outros Espíritos que transitavam por toda aquela imensa área eram de formação diferente.
Ao desembarcar da nave, e vendo aquelas formações como se fossem chamas de luz branca, perguntei ao Bartolomeu sobre as mesmas:
-Bartolomeu! Parece que estou diante de seres Espirituais diferentes dos que eu já vi. Por que isso?
-Charles! Você não está diante de seres diferentes, tal como se imagina diante de espécies diversas. Não. Todos são Espíritos. Ocorre que nesse Plano Espiritual, que também está localizado bem próximo da crosta marciana, os Espíritos possuem o Perispírito mais sutil, decorrente do estágio de esclarecimento e de dedicação ao bem a que se disponibilizaram trabalhar. Na Terra também há Planos Espirituais com essas mesmas características, porém eles estão muito mais distantes da crosta da Terra. Com o tempo, conforme a evolução e o esclarecimento forem dissipando as tendências materiais, também na Terra ocorrerá a proximidade de Planos Superiores para junto da crosta. É pelo pensamento que todas essas coisas que agora tens dificuldades para compreender, ocorrem. Pelo pensamento os Espíritos, encarnados ou desencarnados, elaboram os fluidos presentes em todos os lugares, densificando-os ou tornando-os mais sutil.
Enquanto Bartolomeu me respondia a pergunta, o grupo todo ficou ali parado, ouvindo a explicação. Felipe aproveitou e comentou que quando eles descem até a crosta marciana, seus perispíritos assumem um pouco mais de densidade e que o mesmo era decorrente do contato com a superfície e com o trabalho a que se dedicavam.
Em seguida ele nos convidou para entrar no Centro de Hermenêutica e Ciência. Enquanto eu parecia caminhar no ar, os demais flutuavam. Já Eustáquio e Felipe pareciam não possuir pés, pois eram como centelhas de luz a flutuar a um metro do chão.
Toda a arquitetura do prédio era igual a que visitamos no Plano Físico. Mas como disse, tudo ali parecia feito de vidro, tudo era de uma textura translúcida. O brilho de tudo, o ar perfumado e a luminosidade do Sol, faziam me sentir leve.
Ali naquele prédio, fizemos o mesmo caminho que o visitado na crosta. Já na sala correspondente àquela visitada na crosta, ou seja, a sala da Ciência Experimental do Tempo-Espaço, havia uma centena de entidades. Porém, no lugar de mesas e telas, havia diversas imagens holográficas, tridimensionais, de planetas; inclusive a Terra. Todas essas imagens, umas trinta, estavam suspensas a um metro do chão e “dentro de tubos” de luz.
Eustáquio explicou que todas as informações coletadas ali, no Centro de Hermenêutica e Ciência do Plano Espiritual, eram enviadas para os Irmãos localizados na sala do mesmo prédio no Plano Físico. Disse que ali era um dos locais onde muita mentalização de apoio eram endereçadas a diversos Irmãos. Sendo que recebiam uma maior atenção todas as entidades encarnadas que despertam para a Espiritualidade científica.
Felipe destacou a importância do trabalho em conjunto, dizendo que todos evoluíam; tanto os encarnados trabalhando na crosta marciana, como também todas aquelas entidades que se dedicavam aos trabalhos Espirituais.
O grupo todo passou a conversar sobre diversos procedimentos, tanto relativo as questões de ciência, como também sobre as responsabilidades na atividade de mentores e acompanhantes das entidades encarnadas e que deverão intuir sobre as novas descobertas no campo da ciência. Minha curiosidade, diferente dos demais, estava focada sobre a condição da Terra. Creio que ficamos uma hora aproximadamente conversando.
Eustáquio e Felipe disseram que muito em breve informariam ao grupo sobre uma visita de trabalho que fariam na Terra, quando levariam alguns conhecimentos mais direcionados à Hermenêutica e Ciência para aquelas entidades que estavam assumindo a atividade de mentores.
Depois disso, nos despedimos e regressamos até a nave para retornarmos à Terra.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Visitando Marte – II


O silêncio na nave se fez na mesma medida em que todos admiravam a cidade que nos aparecia abaixo.
Bartolomeu ponderou sobre o que estávamos vendo:
-Estamos sobre uma das maiores cidades do Planeta Marte, na dimensão material, de forma que estamos descendo no plano físico, entre encarnados. Observem nossa aproximação no hangar do Centro de Hermenêutica e Ciência da cidade de Crisofolite.
Abaixo da nave, conforme ela descia lentamente, percebia as fabulosas dimensões de uma área quadriculada que servia como estacionamento. Ali estavam outras naves estacionadas em linha. Suas formas variavam de discos e de objetos mais alongados, mas mantendo uma forma ovoide. No centro da área havia uma figura quadrada, pintada na cor amarela, e tendo ao centro dessa, na cor branca, a figura de um “x” que passava em alguns metros a dimensão do quadrado em cada uma de suas pontas. Na cor verde, linhas tracejadas partiam também do centro da figura do quadrado, formando uma cruz que se estendia a alguns metros para fora do quadrado.
Além desse estacionamento, na sua imediação, havia prédios de dois e três andares ocupando os quatro lados.
A nave desceu bem no centro da figura. Tão logo chegou próxima ao solo, dirigiu-se para frente, numa distância de um duzentos ou trezentos metros, onde parou bem na frente de um dos prédios de dois andares.
Do lado de fora, um homem, muito semelhante aos encarnados na Terra, se aproximou. Junto a ele estavam duas entidades espirituais que também se aproximaram da nave.
Descemos todos da nave, enquanto que aquele homem parou na nossa frente, a uns dois metros e nos cumprimentou:
-Meus queridos Irmãos terrenos! É com grande apresso que vos recebemos. Podem me chamar de Volmir. Estou acompanhado dos mentores Eustáquio e Felipe. Ambos lhes acompanharão ao Plano Espiritual de nosso Centro de Hermenêutica e Ciência. Mas antes vou lhes apresentar algumas de nossas atividades aqui no Plano Físico.
Bartolomeu agradeceu a atenção de Volmir:
-Irmão Volmir! Que nosso Pai Celestial lhe ilumine. Que nosso Pai Celestial ilumine o Irmão Eustáquio e o Irmão Felipe. Convém esclarecer aos Irmãos aqui, que você Irmão Volmir, tem as faculdades mediúnicas perfeitamente desenvolvidas, assim como muitos aqui em Marte. E que sua vidência possibilita perceber a presença de todo e qualquer Espírito.
-Perfeitamente meu Irmão. Como já compomos um estágio de maior esclarecimento espiritual, temos menos entraves em nossas faculdades mediúnicas.
Uma ligeira conversa se estabeleceu ali mesmo, onde todos se apresentaram e teceram rápidos comentários sobre as expectativas das atividades a que estavam se dedicando.
Depois dessa conversa, que durou aproximadamente uns quinze minutos, Volmir convidou-nos para acompanhá-lo.
Fomos em direção ao prédio. Diversos outros encarnados olhavam para nós; porém, sem demonstrar perturbação com a nossa presença. A parte térrea do prédio era toda aberta em sua extensão e seu piso ficava um pouco mais elevado do que o piso onde as naves estavam estacionadas. Colunas cilíndricas, de um metro de diâmetro aproximadamente, estavam dispostas abaixo do piso superior do prédio. Elas ficavam a uns cinco metros para dentro da fachada do mesmo e distavam uns trinta ou quarenta metros entre cada uma delas. Em vários pontos desse ambiente coberto, existiam diversos vasos com flores e folhagens de diferentes tipos, tamanhos, formas e cores. Toda essa área tinha uma extensão aproximada de uns trezentos metros. Na nossa frente, a uns cinquenta metros das colunas, estavam diversas entradas com portas largas. Todo esse espaço ser feito em granito claro. Era interessante a luminosidade vinda da parte interior das entradas, dando a impressão de que estávamos saindo para a parte externa.
Ao adentrarmos por uma das portas, identifiquei ao fundo que as paredes opostas à entrada eram numa espécie de acrílico que recebia a luz do Sol e espalhava sua luminosidade por todo o ambiente. Distante dessa parede, uns dez metros, estava uma larga rampa em caracol, aonde Volmir nos conduziu. Ao chegar ao andar superior, vislumbramos um imenso corredor que se estendia de ponta a ponta. Existiam placas indicativas com símbolos diversos. Ali estavam diversas salas. A movimentação também era intensa e os encarnados que passavam por nós, nos cumprimentavam fazendo sinal com a mão ou com a cabeça.
Volmir disse estar nos levando para a sala da Ciência Experimental do Tempo-Espaço.
Entramos na mesma por uma porta que se abriu sem o uso de qualquer maçaneta. Ela parecia ser feita de luz, num tom verde claro, como se fosse uma luz concentrada que se apagou quando chegamos e que voltou a acender quando todos entraram na sala. Interessante era que a mesma impossibilitava ver por entre ela.
Ali dentro, num ambiente grande, havia umas trinta pessoas encarnadas e quase o dobro de desencarnados. Todos acomodados diante de pequenas mesas com aparelhos, teclados e telas de vidro.
Volmir nos levou até uma dessas mesas, mas que estava sem nenhuma pessoa, e começo a explicar:
-Meus Irmãos terrenos. Este é meu gabinete de trabalho. Aqui vou desenvolver o monitoramento e avaliação de todos os procedimentos que envolverão os princípios de esclarecimento e desenvolvimento científico dos terrenos que juntos vamos colaborar. Meus mentores Eustáquio e Felipe se encarregarão da parte Espiritual, e logo mais eles vos conduzirão para conhecer sobre o mesmo no Plano Espiritual. Cada um dos que vocês observam aqui nesta sala, estão conectados com determinadas esferas planetárias, onde o trabalho de ciência já comporta similar avanço como o da Terra. Diante do avanço científico e tecnológico a que chegam, e da possibilidade desses mesmos efetivarem comunicação, é oportunizado um acompanhamento de planetas já adiantados para disponibilizarem orientadores nos procedimentos de aproximação.
Surgiram diversas perguntas das entidades, as quais Volmir respondia apontando para a tela em nossa frente. Ele tocava na tela ou no teclado e imagens apareciam acompanhadas de símbolos e cores diversas. Disse que havia aparelhos potentes voltados para Terra, de onde ele controlava as informações de que necessitava. Comentou, ainda, que uma das atividades seria a de acompanhar o encarne e o desenvolvimento intelectual e espiritual de Irmãos missionários na Terra. O trabalho contaria com a colaboração das entidades terrenas que estavam ali visitando. Aquelas cinco entidades assumiriam, em breve, a condição de mentoras para encarnados destinados à missão de estudar sobre o Tempo-Espaço.
Ficamos ali conversando por aproximadamente uma hora. Toda a conversa transcorreu sobre os trabalhos de intuição que os mentores deveriam exercer. Ficou claro que Volmir observaria também esses mentores.
Num determinado momento o Irmão Felipe solicitou atenção ao tempo, pois necessitávamos visitar ainda a parte Espiritual dos trabalhos. Ao que atendemos prontamente e nos dirigimos para a nave, onde o nosso condutor nos aguardava.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Visitando Marte – I

Na madrugada de domingo, dia 07 de agosto de 2011, o Mentor Bartolomeu oportunizou-me uma visita ao Planeta Marte. De acordo com ele, nosso objetivo era o de conhecer trabalhadores e sua missão correlata as atividades mediúnicas a serem realizadas na Terra.
Nossa saída deu-se em torno da 01 hora da madrugada. Numa pequena nave de excursão interplanetária, conforme as explicações de Bartolomeu, partimos da Cidade Espiritual Vera Cruz em direção ao Planeta Marte.
Na nave estavam outras cinco entidades que iriam também conhecer sobre os referidos trabalhos e mais o condutor da mesma, totalizando em oito ocupantes perfeitamente acomodados em confortáveis poltronas.
Augusto, uma das entidades que estava abordo, comentou sobre a relevância da expedição e dos encaminhamentos ao qual estava desejando se dedicar:
-Meus Irmãos, se tudo correr bem. Se todos os nossos propósitos corresponderem aos desejos de esclarecimento, tenho certeza em desenvolver ótimos trabalhos junto aos encarnados. A possibilidade das novas comunicações reveladoras abrirá caminhos inéditos para os estudiosos da Espiritualidade. Creio, em nosso caso, sermos os porta-vozes de planetas próximos, agrilhoando relações entre Irmãos da Terra e de Marte.
Vladimir, outra entidade ali presente, acrescentou:
-Concordo com suas posições. Porém, não podemos nos entusiasmar em demasia. Nossos Irmãos encarnados ainda creditam os saberes nos conhecimentos enraizados em pensamentos produzidos pelo viés da explicação material. A reflexão pelo sentido Espiritual ainda é uma das grandes dificuldades para se entender e explicar a vida e o progresso.
Mariana, entidade que trazia junto um pequeno livro com o título “Espiritualidade e Ciência em Marte”, comentou:
-Meus Irmãos! Sabemos das nossas necessidades e também das nossas visões de mundo. Lembremos de quando estávamos encarnados. Para mudar nossa maneira de pensar era quase impossível. Mas, apesar disso, a sociedade encarnada mudou muito. Em pouco mais de duzentos anos, o Universo conhecido pela humanidade, saltou do Sistema Solar para bilhões de galáxias e trilhões de trilhões de Sistemas Solares. A pesquisa microscópica galgou partículas cada vez menores, e o homem de ciência já passa a investigar universos subatômicos inimagináveis e considerados inexistentes no início do século passado. Ainda, no início do século passado, muitos acreditavam que o homem em um veículo a mais de 50 Km/h morreria sufocado, pois não conseguiria respirar nessa velocidade sem a ajuda de algum aparelho. Vejam, os tempos mudaram sem grande alarido e a humanidade também. Agora, cabe a nós iniciar um novo trabalho na Terra. Com a certeza do amparo de nosso Pai Maior, teremos condições para deixar a nossa contribuição.
Nesse momento, sem eu ter percebido o deslocamento e por estar atento ao diálogo entre as entidades, Bartolomeu indicou para olhar pela janela. Diante de nós estava o Planeta Marte. Não sei precisar a distância que estaríamos do solo avermelhado. O Sol, que estava na nossa esquerda, iluminava a parte do Planeta a qual nos dirigíamos. O Sol também iluminava um dos satélites do planeta, cujo mesmo era visível na nossa frente e um pouco mais acima do percurso realizado pela nave.
Tudo no Planeta parecia arenoso e sem vida. Era como se estivéssemos descendo em direção a um imenso deserto. Perguntei ao Bartolomeu sobre essa situação:
-Estamos descendo num local onde não se avista nada de civilização. Parece não ter nada lá embaixo. Como podemos conhecer tal lugar? Seria uma forma de vida subterrânea?
Bartolomeu pediu para eu reparar o brilho na janela:
-Preste atenção ao brilho na janela. Logo entraremos no espaço-tempo do Planeta Marte e a civilização ficará visível. Ocorre que estamos ainda navegando pelo espaço-tempo da Terra. Por isso o Planeta se apresenta inabitado.
Pela janela, reparei como se a nave estivesse passando por um vapor azulado. Vendo aquele vapor subindo, era como se estivéssemos caindo à grande velocidade. Mas tudo ocorreu num rápido instante; talvez um segundo, se muito. Logo percebi a nave estacionar no ar. E ali mesmo ela iniciou uma rotação de 360º. Nesse giro completo, pudemos vislumbrar prédios, avenidas, pontes e intensa movimentação de naves de diversos tamanhos. Assim como eu, todos os demais estavam admirados com a grandiosidade civilizatória. Para aumentar ainda mais a beleza do momento, o céu estava livre de nuvens e a luz do Sol destacava o brilho arquitetônico dos prédios.
Bartolomeu acrescentou:
-Veja! Agora chegamos a Marte. Nossos oito minutos de deslocamento da Terra até o Planeta Marte só nos mostrariam um solo desértico se não tivéssemos o conhecimento e a tecnologia adequada para ingressarmos no espaço-tempo de Marte.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Espiritualidade e Missão

Na vanguarda dos acontecimentos da Espiritualidade e suas manifestações terrenas, está à presteza da mediunidade em desfazer os impropérios das incertezas e desconfianças sobre a vida após a morte.
A vida continua. Na verdade, desde a criação do Espírito por Deus, a vida jamais cessa.
Quis Deus que o Espírito, em sua caminhada missionária ao progresso permanente, cruzasse por diversos caminhos na labuta constante com a Matéria, seu instrumento de aprendizado onde estão os sabores e inconveniências a desenvolver as diferentes relações entre os Espíritos, seja encarnado ou não.
A Matéria, em qualquer estado que se encontre, sempre exerceu importante instrumento para o ensino e aprendizagem aos Espíritos. E assim sempre será, pois está nas Leis Divinas que ocorra dessa forma o entendimento do Espírito sobre as coisas de Deus, sobre os Espíritos em geral e também sobre a Matéria em seus diferentes estágios (desde sua constituição densa, até seu estado etéreo)
Assim, da mesma forma que lutamos por desenvolver habilidades condizentes com a realidade onde encarnamos, estamos também desenvolvendo saberes que validam entendimentos direcionados à Espiritualidade, atribuindo condições ao Espírito encarnado desenvolver discernimento sobre determinadas necessidades. São momentos assim que elaboram debates entre encarnados e seus mentores, criando uma verdadeira universidade anônima a condicionar a reflexão no encarnado.
De sorte, o entendimento pode estabelecer mudanças significativas na forma como o encarnado julga ou entende a realidade que o cerca. De outra parte, tais reflexões no íntimo da consciência também serão, em algum momento, lançados para outros encarnados, estabelecendo assim um constante e permanente debate sobre a vida e também sobre a Espiritualidade.
São quatro os elementos, se assim podemos classificar para nosso entendimento nesse pequeno monólogo, a compor a existência universal: Deus, o Espírito, a Matéria e o Fluido Universal. Para o Espírito construir seu entendimento sobre si próprio e atingir o esclarecimento que o colocará junto de Deus, terá de trabalhar seus valores culturais, comportamentais, sua visão dos mundos e da vida em geral, cruzando pelos diversos caminhos da Matéria. Nessa jornada, a influência da Matéria, do Fluido Universal e de outros Espíritos atuando pela própria materialidade das coisas ou diretamente na consciência do encarnado, estabelecerá as condições de aprendizado e entendimento necessários ao progresso do Espírito.
Percebe-se assim a importância da Espiritualidade na incessante missão de contribuir para o entendimento Espiritual.
Absorto dos demais critérios materiais que cercam o Espírito em sua jornada pela Matéria tem o Espírito condições de desenvolver confortáveis reflexões sobre tudo e todos, sobre todas as coisas e também sobre suas angústias, desventuras ou mesmo sobre sua felicidade.
Compreender essa trajetória, condizente com os ditames presentes na Lei Divida, auxilia no desprendimento material e elevam o pensamento do encarnado aos benefícios da Providência Divina, que lhe atende prontamente as necessidades prazenteiras de esclarecimento e oportunizando o entendimento necessário sobre a Espiritualidade.
Como ensina o Livro dos Espíritos, o Fluido Universal é a matéria mais sutil a estabelecer um freio na composição da Matéria. Sem ele, a Matéria estaria em permanente divisão, impossibilitando, inclusive, a evolução do Espírito principalmente nos seus primeiros passos em direção à condição divina.
Meus Irmãos, muito mais poderíamos nos alongar nesse monólogo. Mas cabe o respeito primordial ao tempo e aos encarnados diante dos afazeres terrenos, escola condizente de preciosos ensinamentos.
Fiquem com Deus!
Irmão Aníbal
Mensagem recebida em 03 de agosto de 2011.