terça-feira, 16 de agosto de 2011

Visitando Marte – II


O silêncio na nave se fez na mesma medida em que todos admiravam a cidade que nos aparecia abaixo.
Bartolomeu ponderou sobre o que estávamos vendo:
-Estamos sobre uma das maiores cidades do Planeta Marte, na dimensão material, de forma que estamos descendo no plano físico, entre encarnados. Observem nossa aproximação no hangar do Centro de Hermenêutica e Ciência da cidade de Crisofolite.
Abaixo da nave, conforme ela descia lentamente, percebia as fabulosas dimensões de uma área quadriculada que servia como estacionamento. Ali estavam outras naves estacionadas em linha. Suas formas variavam de discos e de objetos mais alongados, mas mantendo uma forma ovoide. No centro da área havia uma figura quadrada, pintada na cor amarela, e tendo ao centro dessa, na cor branca, a figura de um “x” que passava em alguns metros a dimensão do quadrado em cada uma de suas pontas. Na cor verde, linhas tracejadas partiam também do centro da figura do quadrado, formando uma cruz que se estendia a alguns metros para fora do quadrado.
Além desse estacionamento, na sua imediação, havia prédios de dois e três andares ocupando os quatro lados.
A nave desceu bem no centro da figura. Tão logo chegou próxima ao solo, dirigiu-se para frente, numa distância de um duzentos ou trezentos metros, onde parou bem na frente de um dos prédios de dois andares.
Do lado de fora, um homem, muito semelhante aos encarnados na Terra, se aproximou. Junto a ele estavam duas entidades espirituais que também se aproximaram da nave.
Descemos todos da nave, enquanto que aquele homem parou na nossa frente, a uns dois metros e nos cumprimentou:
-Meus queridos Irmãos terrenos! É com grande apresso que vos recebemos. Podem me chamar de Volmir. Estou acompanhado dos mentores Eustáquio e Felipe. Ambos lhes acompanharão ao Plano Espiritual de nosso Centro de Hermenêutica e Ciência. Mas antes vou lhes apresentar algumas de nossas atividades aqui no Plano Físico.
Bartolomeu agradeceu a atenção de Volmir:
-Irmão Volmir! Que nosso Pai Celestial lhe ilumine. Que nosso Pai Celestial ilumine o Irmão Eustáquio e o Irmão Felipe. Convém esclarecer aos Irmãos aqui, que você Irmão Volmir, tem as faculdades mediúnicas perfeitamente desenvolvidas, assim como muitos aqui em Marte. E que sua vidência possibilita perceber a presença de todo e qualquer Espírito.
-Perfeitamente meu Irmão. Como já compomos um estágio de maior esclarecimento espiritual, temos menos entraves em nossas faculdades mediúnicas.
Uma ligeira conversa se estabeleceu ali mesmo, onde todos se apresentaram e teceram rápidos comentários sobre as expectativas das atividades a que estavam se dedicando.
Depois dessa conversa, que durou aproximadamente uns quinze minutos, Volmir convidou-nos para acompanhá-lo.
Fomos em direção ao prédio. Diversos outros encarnados olhavam para nós; porém, sem demonstrar perturbação com a nossa presença. A parte térrea do prédio era toda aberta em sua extensão e seu piso ficava um pouco mais elevado do que o piso onde as naves estavam estacionadas. Colunas cilíndricas, de um metro de diâmetro aproximadamente, estavam dispostas abaixo do piso superior do prédio. Elas ficavam a uns cinco metros para dentro da fachada do mesmo e distavam uns trinta ou quarenta metros entre cada uma delas. Em vários pontos desse ambiente coberto, existiam diversos vasos com flores e folhagens de diferentes tipos, tamanhos, formas e cores. Toda essa área tinha uma extensão aproximada de uns trezentos metros. Na nossa frente, a uns cinquenta metros das colunas, estavam diversas entradas com portas largas. Todo esse espaço ser feito em granito claro. Era interessante a luminosidade vinda da parte interior das entradas, dando a impressão de que estávamos saindo para a parte externa.
Ao adentrarmos por uma das portas, identifiquei ao fundo que as paredes opostas à entrada eram numa espécie de acrílico que recebia a luz do Sol e espalhava sua luminosidade por todo o ambiente. Distante dessa parede, uns dez metros, estava uma larga rampa em caracol, aonde Volmir nos conduziu. Ao chegar ao andar superior, vislumbramos um imenso corredor que se estendia de ponta a ponta. Existiam placas indicativas com símbolos diversos. Ali estavam diversas salas. A movimentação também era intensa e os encarnados que passavam por nós, nos cumprimentavam fazendo sinal com a mão ou com a cabeça.
Volmir disse estar nos levando para a sala da Ciência Experimental do Tempo-Espaço.
Entramos na mesma por uma porta que se abriu sem o uso de qualquer maçaneta. Ela parecia ser feita de luz, num tom verde claro, como se fosse uma luz concentrada que se apagou quando chegamos e que voltou a acender quando todos entraram na sala. Interessante era que a mesma impossibilitava ver por entre ela.
Ali dentro, num ambiente grande, havia umas trinta pessoas encarnadas e quase o dobro de desencarnados. Todos acomodados diante de pequenas mesas com aparelhos, teclados e telas de vidro.
Volmir nos levou até uma dessas mesas, mas que estava sem nenhuma pessoa, e começo a explicar:
-Meus Irmãos terrenos. Este é meu gabinete de trabalho. Aqui vou desenvolver o monitoramento e avaliação de todos os procedimentos que envolverão os princípios de esclarecimento e desenvolvimento científico dos terrenos que juntos vamos colaborar. Meus mentores Eustáquio e Felipe se encarregarão da parte Espiritual, e logo mais eles vos conduzirão para conhecer sobre o mesmo no Plano Espiritual. Cada um dos que vocês observam aqui nesta sala, estão conectados com determinadas esferas planetárias, onde o trabalho de ciência já comporta similar avanço como o da Terra. Diante do avanço científico e tecnológico a que chegam, e da possibilidade desses mesmos efetivarem comunicação, é oportunizado um acompanhamento de planetas já adiantados para disponibilizarem orientadores nos procedimentos de aproximação.
Surgiram diversas perguntas das entidades, as quais Volmir respondia apontando para a tela em nossa frente. Ele tocava na tela ou no teclado e imagens apareciam acompanhadas de símbolos e cores diversas. Disse que havia aparelhos potentes voltados para Terra, de onde ele controlava as informações de que necessitava. Comentou, ainda, que uma das atividades seria a de acompanhar o encarne e o desenvolvimento intelectual e espiritual de Irmãos missionários na Terra. O trabalho contaria com a colaboração das entidades terrenas que estavam ali visitando. Aquelas cinco entidades assumiriam, em breve, a condição de mentoras para encarnados destinados à missão de estudar sobre o Tempo-Espaço.
Ficamos ali conversando por aproximadamente uma hora. Toda a conversa transcorreu sobre os trabalhos de intuição que os mentores deveriam exercer. Ficou claro que Volmir observaria também esses mentores.
Num determinado momento o Irmão Felipe solicitou atenção ao tempo, pois necessitávamos visitar ainda a parte Espiritual dos trabalhos. Ao que atendemos prontamente e nos dirigimos para a nave, onde o nosso condutor nos aguardava.

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