terça-feira, 24 de novembro de 2015

Medo da morte

Tremendo medo tinha
Em abrir os olhos após a morte.
Não sei o que veria
Ou com quem teria de falar.
Foi a tônica do momento ermo o desvelo
E a voz do tio se fez
Como um convite de caminhar.
Não sabia e nem queria
A descoberta do além-túmulo
Com o encontro oportuno daqueles
Que noutro momento
Nem sequer direito conheci.
Compreendia a vida
Como algo único e finito;
Quando morto... e tudo acabou!
Mas que tola comparação.
E sem me dar conta,
Ou fazer contas para entender,
Fui surpreendido
Pelo detalhe da minha arrogância.
Em minha ganância sabia
Que o corpo morre e tudo acaba.
Mas faltou a humildade em somar
O amor e a grandiosidade do Universo,
Onde tudo se transforma,
Até os pensamentos.
Tinha a ideia fixa na mortalidade
E uma imensa vaidade
Em estar preparado para o fim.
Como tolo deixei a vaidade
Tomar conta de mim.
Mas foi na compaixão alheia
Que me fizeram ver
A luz e os diferentes
Brilhos que pululam pelo ar.
São Almas e Espíritos a andar.
A vida é dinâmica e transformadora.
E ninguém fica desamparado.
E quando a morte chega...
Nossa! São tantas as Surpresas;
As novidades; as renovações; a caridade
E a fraternidade de muitas mãos
Que socorrem!
Entrando na Paz do Pai Celestial.
Que ilumina a tudo com seu Amor.

Irmão Evilásio

Psicografado em 23 de novembro de 2015.

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