segunda-feira, 11 de julho de 2011

Complacência

Queridos Irmãos e Irmãs,
Que nosso Pai Celestial ilumine a todos!
Quero deixar minha mensagem de amor e paz no coração de todos vocês.
As comunicações nem sempre são oportunizadas aos Irmãos vossos da Espiritualidade. Mas sempre que essa é concedida, muito se concorre para um bom e esclarecedor momento de desprendimento e dedicação ao próximo. Nosso enlevo de prestar um bom serviço deve ser levado ao mais nobre dos predicados.
Muitas foram as vezes que deixei de improvisar e busquei auxílio nos mais esclarecidos para formar melhor pensamento naquilo que deveria escrever ou expressar.
As ideias são sempre as mais variadas e às vezes tentam trazer do fundo d'alma sentimentos de apego a pessoas que ainda estão no exercício da experiência da carne.
A vida na matéria é cercada de oportunidades para nossa evolução e nem sempre estamos atentos a tais oportunidades. Quisera eu ter o conhecimento sobre a Espiritualidade quando encarnado, e creio que minha passagem pela Terra haveria de ter sido diferente.
Mas nossos Irmãos Maiores me aconselharam em ter calma, pois nem sempre o conhecimento apregoado é sinal de caminhar na direção do bem. De qualquer modo, minha vida teria outros conceitos, com maior esclarecimento. Em especial sobre a vida que me aguardava após meu desencarne.
Na Espiritualidade, depois de muita busca e aprendizado, se percebe sobre a necessidade premente de trabalhar e trabalhar sempre, dedicando-se aos Irmãos e Irmãs que estão a todo o momento retornando para a Espiritualidade.
Aqui aprendi a ter complacência com todos, sempre buscado atender as necessidades imediatas de amparo e proteção, propiciando o descanso nos nossos próprios braços dos que chegam tristonhos pelos entes queridos que ficaram na Terra.
Aprendi o quão são passageiras as dores que suportei na Terra e o quanto elas foram salutares para meu aprimoramento Espiritual e desprendimento material. Sempre que estive com a saúde física em risco, quando era submetido aos tratamentos de quimioterapia que me lançaram combalido ao quarto de um hospital, eu pensava na minha família; em especial nos meus pequenos filhos, pois não os veria na adolescência. Fatos que se confirmaram depois de demorado tratamento.
Mas nessa caminhada entre o quarto do hospital terreno até o leito do hospital na Espiritualidade, Deus concedeu-me a oportunidade de falar com minha família. Foi quando deixei a mensagem que até hoje ecoa em meu coração. Disse para meus filhos que o mais importante na vida não eram os bens materiais que se acumulam ao longo da vida e sim o amor que aproxima amigos verdadeiros.
Meu legado ficou marcado pelo sentimento final de minha trajetória terrena, pelo desprendimento material, estimulado pelo câncer que consumiu toda minha vitalidade. Mas foi esse câncer o meu melhor professor sobre as necessidades da vida. Os abraços recebidos de meus filhos no leito do hospital encheram meu coração com uma riqueza de luz que avivaram em minha o desejo melhora.
Sim! Fiquei curado, mas já estava longe de casa. Entretanto, foram àqueles abraços os motivadores da minha vontade de melhorar. Queria mostrar aos meus filhos que mesmo desenganado pelos médicos, mesmo combalido e sem forças, eu me restabeleceria e voltaria para casa, junto deles.
As visitas de familiares já desencarnados antes de mim fizeram-me perceber que o hospital não era mais o mesmo de outrora.
As lágrimas transformaram-se, então, num misto de tristeza e alegria. Mas o abraço afetuoso dos familiares e amigos que na Espiritualidade reencontrei, encheram-me de esperança para aguardar o momento do reencontro com aqueles que continuam encarnados. Aguardo o momento certo para dar-lhes um forte abraço de agradecimento pelo amor e carinho que me oportunizaram na Terra.
Mas enquanto o tempo deles não chega, busco encher de amor e carinho os corações de Irmãos e Irmãs que retornam para a Espiritualidade, estendendo-lhes um abraço gentil e fraterno. E quando me é permitido, visito os familiares e filhos ainda encarnados, e sopro em suas consciências a esperança em Deus e a certeza da vida eterna.
Fica aqui o meu abraço!
Com carinho!

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