Na madrugada de domingo, dia 16 de janeiro de 2011, o mentor Bartolomeu, ao terminar uma orientação, disse para irmos até Minas Gerais.
-Charles, são quase quatro horas, temos um encontro na Cidade Espiritual de Nova Palma. Nossas Irmãs solicitaram sua presença. Elas desejam lhe falar sobre a atividade que estão desenvolvendo. Não podemos nos demorar muito.
Logo me vi no interior de um cemitério. Ao meu redor estavam os túmulos e os corredores. Diante da minha surpresa, Bartolomeu explicou.
-Este cemitério está localizado na comunidade de Palma, aqui em Minas Gerais. Ele representa uma referência na Terra para a localização da Cidade Espiritual de Nova Palma. Subindo, nós estaremos adentrando nos campos que cercam Nova Palma. Venha, vamos subir.
Bartolomeu me conduziu para uma região de campos. No horizonte o Sol já estava a uma altura fazendo-me crer que já eram oito horas da manhã.
Estávamos numa estrada de chã, onde se fazia o encontro de outra estrada. Tendo como referência o Sol, percebi que uma estrada cruzava no sentido Norte-Sul, enquanto que a outra, onde nós estávamos, iniciava ali mesmo e tinha sentido Leste-Oeste. Foi por essa estrada que iniciamos nossa caminhada, no sentido Oeste.
O campo não era plano. Existiam morros, elevações e descidas. A vegetação era semelhante ao que vemos nas regiões de campanha, tendo algumas áreas com concentração de árvores e de vegetação mais fechada. A luz do Sol propiciava uma sensação de sossego, combinada com aquele visual dos campos. Um leve vento se fazia sentir no rosto.
Depois de alguns minutos de caminhada, vi que a estrada de chã passou a margar um rio que estava à nossa esquerda. O rio era raso, com água clara, tendo sua base em rocha. Igual aos que vemos na Terra. Inclusive com algumas pequenas vegetações que afloravam em algumas pedras e em meio à água.
Depois de caminharmos em torno de 30min, vi um pequeno pórtico, tendo no alto o nome da cidade. Percebi, logo na entrada, que se tratava de uma cidade pequena. Ali estava uma entidade nos aguardando. Ao nos aproximarmos, ela se apresentou.
-Irmãos! Sejam bem vindos em Nova Palma. Que nosso Pai ilumine seus corações. Eu sou a Irmã Marta e vim recepcioná-los e levá-los até o local de nossa reunião com as demais Irmãs.
Bartolomeu também cumprimentou a Irmã Marta e me apresentou a ela.
-Irmã Marta. Agradecemos ao Pai por oportunizar este momento. Desejo muita luz para você e toda a cidade. Este é nosso Irmão Charles. Ele veio conversar com vocês.
-Sim! Estamos muito agradecidas pela visita. Já ouvimos sobre a atividade que nosso Irmão vem desenvolvendo na Terra. E gostaríamos de contar com sua colaboração. Vamos indo, pois nossas Irmãs lhe aguardam.
Agradeci o carinho da Irmã Marta, mas questionei sobre a colaboração. Queria saber do que se tratava, mas ela disse que na reunião eu ficaria sabendo.
A cidade, de fato, era muito pequena. As ruas eram estreitas, com casas dos dois lados. A cidade parecia àqueles vilarejos que vemos no interior. Ela também não era plana. Algumas subidas e descidas destacavam as pequenas ruas. Entretanto, os jardins das casas se integravam ao calçamento da rua, dando a impressão de ser uma coisa única. Todo o calçamento era em laje.
Quando começamos a subir a rua, a Irmã Marta informou que já estávamos chegando.
-Meus Irmãos, nós já estamos chegando à Prefeitura de Nova Palma. Ela fica logo ali naquela casa.
A Prefeitura estava numa das áreas mais elevadas da cidade, dali era possível ter uma visualização de toda a comunidade. A extensão da comunidade, tendo a Prefeitura como ponto central, não ia além de um raio de quinhentos metros. Dali era possível ver o quanto a comunidade era pequena.
Ao entrarmos na Prefeitura, que tinha a porta e a fachada toda de vidro, a Irmã Marta nos conduziu até uma sala pequena, onde havia apenas sofás, em três paredes, como acomodação. Os sofás eram confortáveis e feitos em tecido aveludado, na cor bege. Na parede, um palmo acima dos sofás, havia uma pintura de diversas flores, numa faixa de 20 cm, em toda a extensão da sala. Na parede, que ficava à direita da porta pela qual entramos, havia uma grande janela de vidro, por onde entrava a claridade do Sol. E bem em frente à porta que entramos, havia outra porta, por onde a Irmã Marta comunicou nossa chegada.
-Irmão Charles, pode sentar. Aqui é nossa sala para reuniões. Vou comunicar sua chegada.
Logo em seguida ela retornou com outras entidades e iniciou as apresentações.
-Meus Irmãos. Apresento nossa Irmã Lurdes, prefeita e fundadora de Nova Palma. A Irmã Viviane, também fundadora da cidade e que trabalha como conselheira. A Irmã Maria, encarregada pelas atividades de comunicação. Irmã Dalva, nossa cuidadora e responsável pelas atividades de elevação. Irmã Irene, responsável pela área da saúde. Irmã Luiza, que assumiu o departamento que cuida dos animais.
Depois das apresentações e cumprimentos, a Irmã Lurdes sentou ao meu lado e as outras sentaram no sofá que estava na nossa frente. Foi a Irmã Lurdes quem conduziu a reunião.
-Irmão Bartolomeu, agradecemos muito pela oportunidade, por atender nosso chamado, trazendo o Irmão Charles. Sabe Irmão, seguidamente temos encontros em outras cidades. Numa delas ouvimos falar de você e das atividades que está desenvolvendo na Terra. Nosso desejo é que colabore com nós. A cidade que hoje o Irmão visita, ainda é muito jovem. Neste ano estaremos completando dezoito anos. De forma que todos os departamentos são pequenos e as exigências ainda estão num estágio suportável para pequenos grupos de trabalhadores. Ocorre que muitos na Terra desconhecem sobre a fundação de novas cidades na Espiritualidade. Nova Palma, assim como outras, é o exemplo de que o progresso e a formação de novas comunidades não param de acontecer. Para esclarecer sobre o progresso que tanto primamos, quero lhe falar sobre nosso novo departamento, responsável pelo cuidado e evolução dos animais. Veja aqui pela janela a casa que serve como sede.
Nesse instante a Irmã Lurdes apontou para uma casa, a uns duzentos metros, onde era possível ver na fachada a pintura de um touro.
-No Departamento de Evolução Animal, são realizados estudos para auxiliar na Terra os trabalhos de veterinária e de apoio aos encarnados que se dedicam em proteger os animais, nossos irmãos menores. Gostaríamos que o Irmão escrevesse sobre isso, contando das novas cidades que são fundadas na Espiritualidade e que também aqui existem atividades relacionadas ao cuidado de animais. É importante nossos Irmãos na Terra saberem que os animais também são seres dignos de Deus e podem receber passes magnéticos. Em muitos lares na Terra, são eles os primeiros a fazerem frente e sofrerem com as cargas de baixa vibração que buscam atingir seus donos. Muitos animais domésticos adoecem ao absorverem fluidos maléficos que poderiam atingir seus donos. É interessante aos donos de animais, sempre que possível, fortalecer com passes magnéticos seus companheiros menores, pois são eles os vigilantes contra a influência de fluidos que possam prejudicar o ambiente doméstico.
Bartolomeu concordou com a Irmã Lurdes e disse que me apoiaria para escrever sobre a necessidade de amparar e proteger os animais.
Depois de conversarmos por aproximadamente uma hora, Bartolomeu orientou de que deveríamos partir. Desejei sucesso para as atividades de Nova Palma e confirmei que escreveria sobre o que tínhamos conversado. A Irmã Lurdes nos acompanhou, então, até a porta prefeitura, onde nos despedimos. Ao me despedir dela, retornei ao corpo.
Olá,
ResponderExcluirEu vivi nesta cidade de Palma MG. Na década de 50. Tenho certeza que este fato se passou justamente na mesma. Sou espírita e me interessei.
Ana Maria Barbosa