segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vera Cruz – Cidade Espiritual localizada sobre São Paulo – Parte IV

Manoel, parado na minha frente e diante de sua casa disse que me proporcionaria algo que aprendeu a fazer na cidade Vera Cruz.
-Meu aluno, com a permissão de vosso mentor Bartolomeu, vou lhe proporcionar o deslocamento imediato para nossos destinos. Assim vamos aproveitar bem o tempo que temos para você. A cidade Vera Cruz é muito grande. Se fossemos com alguma condução, não teríamos o tempo necessário para lhe mostrar o conjunto de pontos importantes da cidade. Assim, com o deslocamento imediato, vou lhe apresentar uma forma de locomoção bem rápida. Vamos lá. Olhe para o horizonte dessa avenida e fixe os olhos nos prédios mais distantes que você possa ver.
Nesse instante, enquanto eu olhava para o horizonte daquela avenida, vendo ao longe algumas construções, Manoel, que estava ao meu lado, pediu licença e colocou suas mãos sobre minhas têmporas. Imediatamente vi que o horizonte da avenida ficou nítido, como se meus olhos tivessem o efeito de um binóculo. Imediatamente a isso, aquela imagem do horizonte se aproximou igual ao que acontece quando ampliamos qualquer imagem no computador. A velocidade do aumento foi tão imediata que logo vi um fabuloso prédio ganhar proporções em minha visão.
Quando na visualização foi possível ver uma enorme rampa de acesso, diante daquele prédio todo envidraçado, notei que eu estava numa praça.
-Viu meu aluno?! Já chegamos ao prédio da governadoria de Vera Cruz.
Manoel falou com o seu sorriso característico, percebendo minha surpresa diante do deslocamento. O fato mais interessante é que não senti, em nenhum instante, que estava me deslocando. Simplesmente as imagens forma se ampliando até eu enxergar a rampa e o prédio à minha frente.
-Manoel, é assim que os espíritos se deslocam?
-Aprendi com algum exercício esse tipo de deslocamento. Mas também posso te afirmar que ele pode ser feito pelo pensamento. Quando nós pensamos em um lugar, nós visualizamos esse lugar e imediatamente nos deslocamos. Isso é uma questão de exercício. Aprendi isso com alguns irmãos muito queridos.
Manoel destacou que muitos espíritos ainda não sabem como fazer esse deslocamento. Disse ainda que essa faculdade é um princípio de qualquer espírito. Garantiu que isso faz parte dos sentidos, semelhante à visão, audição, olfato ou tato.
Na nossa volta via intensa movimentação de entidades. A rampa de acesso me fazia lembrar a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília. O prédio da governadoria parecia ter uns cinquenta andares. Tinham colunas que se alongavam acima dele nas laterais, terminando em formato de ponta, como se fossem antenas. O topo do prédio, ao centro, formava um bojo arredondado, sendo que toda sua estrutura se elevava em formato semelhante a um cone. A base do prédio era de uns 100 metros, enquanto que o topo parecia ter uns vinte metros. Sobre a superfície do topo do prédio, a luz do sol denotava reflexos como o de um espelho. Nele se via um facho de luz branca em direção ao céu.
-Meu aluno. Para quem já leu a obra do nosso irmão André Luiz, o Nosso Lar, está familiarizado com as atividades realizadas pela governadoria. Nas cidades da espiritualidade, assim como na Terra, as estruturas de governo são semelhantes. Vou lhe explicar melhor. Na Terra, todas as cidades têm prefeituras e essas têm suas secretarias. Em sua maioria, as prefeituras têm os mesmos tipos de secretarias. Isso porque as necessidades sociais são iguais para serem organizadas pelas prefeituras. Na espiritualidade a situação não é diferente. Todas as cidades têm sua governadoria, composta de ministérios. Assim como na Terra, aqui os irmãos também têm necessidades que precisam ser administradas.
-Manoel, você quer dizer então que a cidade de Vera Cruz é igual à cidade de Nosso Lar?
-Em se tratando de estruturas administrativas, compreendendo todas as atividades de orientação, reencarne, resgate, atendimento aos necessitados, entre outros, todas as cidades da espiritualidade são basicamente iguais. O que as distingue uma da outra será algum ministério específico, destinado também a demandas específicas orientadas pela espiritualidade maior.
-Então quer dizer que as cidades da espiritualidade são como Nosso Lar?
-O irmão André Luiz já iluminou o entendimento humano sobre as atividades desenvolvidas na cidade Nosso Lar. Essas mesmas atividades são realizadas em todas as outras próximas da Terra. Afinal, as necessidades do espírito são as mesmas em qualquer lugar no planeta. Mas algumas cidades têm um que outro ministério a mais para desenvolver algum trabalho específico. É o caso daqui, em Vera Cruz. Aqui existe o Ministério das Artes, que nós já vamos conhecer. Para se ter um conhecimento aprofundado das estruturas administrativas da espiritualidade, você deve ler as obras do irmão André Luiz. Você deve ler a obra Nosso Lar. Também pode ler as obras do irmão Ramatis. Ele também fala sobre cidades da espiritualidade. Agora vamos até o saguão da governadoria.
Passamos então a caminhar, atravessando uma praça toda atapetada de grama, com muitas flores em diversos canteiros. O calçamento era de pequenas pedras, formando um mosaico com símbolos religiosos, de todos os tipos. A praça circundava o prédio. Da posição onde estávamos até a entrada do prédio devia ter uns 150 metros.
Na subida da rampa, diversas entidades que estavam saindo do prédio, ficaram nos observando com certa curiosidade. Manoel e Bartolomeu cumprimentavam cada uma delas, ao que eu também passei a fazer o mesmo.
Manoel sorrindo disse que aqueles irmãos estavam estranhando a presença de um encarnado. A situação de um encarnado estar na cidade não era nada comum. Rindo ele disse que alguém poderia se aproximar para que eu levar alguma mensagem para familiares na Terra.
A entrada do prédio era de uns vinte metros. Já o saguão era enorme. Em quatro pontos havia pequenos chafarizes, onde a água escorria sobre pedras brancas, no formato de uma pequena coluna de uns dois metros. Ao centro do saguão havia um balcão em forma circular, sendo que atrás havia um vidro por onde escorria água. Duas mulheres estavam ali. Parecia um local para informações.
Ao longo de toda a extensão da parede envidraçada, via, em diversos pontos, folhagens e flores junto ao vidro, dando um efeito de cor na luz que entrava no saguão.
-Meu aluno, como sabe, há coisas que ainda não estão permitidas. A governadoria sabe de sua presença aqui. Mas hoje nossa atividade se destina a conhecer outro ponto, conforme o irmão Bartolomeu já lhe comentou. Trouxemos-lhe até a governadoria, pois a espiritualidade maior considerou apropriada que nossas irmãs e irmãos na Terra tenham a confiança de que existe uma organização dedicada e sempre disposta ao amparo.
Perguntei ao Manoel se iríamos visitar os outros ministérios.
-Hoje o tempo é dedicado para conhecermos, além do saguão da governadoria de Vera Cruz, o Ministério das Artes. Este desenvolve uma atividade específica, com laços estreitos com os irmãos encarnados.
Olhando para uma das colunas internas, onde se via elevadores panorâmicos, perguntei ao Manoel se iria subir por algum daqueles elevadores. No ambiente interno, onde o teto do saguão estava a uns vinte metros, doze elevadores estavam dispostos no centro, próximos ao balcão onde duas mulheres trabalhavam como atendentes para informação.
-Meu aluno, o Ministério das Artes fica em outro ponto da cidade. Aqui nós temos apenas a governadoria e o conjunto de atividades, distribuídas em diversas salas, que buscam centralizar todas as informações necessárias para o desenvolvimento espiritual de cada um de nós. Aqui também há a centralização dos demais ministérios, mas a atividade principal está alocada em cada um deles.
Manoel pediu para eu ir com ele até o balcão. Chegando junto a ele, fui apresentado para as entidades que ali trabalhavam. Ele pediu então para que eu olhasse para cima. Acima do balcão das atendentes, havia uma abertura circular em cada andar, que ia até o teto do prédio.
Em seguida ele pediu para irmos até a parede lateral do prédio. Do lado de fora eu vi um gramado em declive. Manoel pediu para que olhasse também para cima.
Ali vi que o teto do saguão não terminava na parede de vidro. Havia uma base de vidro de um metro e meio que unia a parede de vidro e o teto do saguão.
-Veja meu aluno. Em todos os andares a formação é a mesma. Além de proporcionar maior luminosidade, essa construção se torna admirável pelo fato da leveza, onde cada andar fica apoiado por vidro. Agora temos que ir para o nosso outro destino.

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