A vida aqui na
espiritualidade é leve e cheia de graça.
A viajem foi boa e
sempre estive acompanhado de irmãos queridos. A madrinha, minha irmã
amada, foi quem primeiro me recepcionou. O vô, como sempre, teve o
seu momento e fez uma pausa antes de começar a falar. Disse que a
casa para onde íamos era simples, mas muito confortável.
No começo eu não
entendi bem. Mas depois tudo se desenrolou com muita facilidade.
Senti no coração a
dor da distância e da saudade.
Claro! Tudo foi muito
repentino e de repente. Sem tempo para despedidas acaloradas, ou
brincadeiras.
Mas sei que a distância
não é empecilho entre nós!
Pai! Pedi pra mãe
ficar confiante. Sempre que tenho oportunidade, me faço presente nos
pensamentos dela. Alegre e sorridente! Pois é assim que estou junto
do vô e da madrinha, minha querida mentora. É ela quem me dá os
melhores conselhos sobre as atividades aqui na cidade.
Ontem fomo até uma
casa na Terra. Tínhamos um trabalho para fazer. Buscar irmãos que
passam por transtornos de bipolaridade. Eu recebi a principal função.
Foi minha primeira vez nessa atividade. Foi muito bom. Aproveitei a
oportunidade para também aprender.
Agora, Pai, fiz uma
pequena pausa para poder escrever essa carta, que te chega por mãos
diversas.
Foi-me permitido o
conselho de ser mais claro no linguajar. Coisa que faltou na primeira
carta.
Pai! Domingo estarei em
oração com diversos outros irmãos e irmãs. Todos também deixaram
por breves momentos os familiares genitores na Terra. Estaremos
orando para que se sintam felizes e de coração aquecido.
Acredito que poderemos,
inclusive, sermos liberados para uma breve visita. Mas isso dependerá
das atividades. Pois é... as atividades são muitas e necessárias.
São irmãos que a todo o instante chegam e necessitam de nossa
atenção imediata.
Só o fato de poder
restabelecer a alegria em seus corações já é um grande mérito
para mim e para os demais assistentes e trabalhadores.
Ah! Essa eu tenho que
contar. Quando estava me deslocando, antes do fato, pensava no doce
que a mãe costumava fazer, e que você também gosta. A madrinha,
minha mentora, me recepcionou aqui em casa com o mesmo doce. Parecia
pudim, mas era mais suave e adocicado, se desmanchava na boca. E o
vô, sempre pensativo, disse que aquilo parecia “ar”. Foi bom!
Assim, “comendo ar”, como disse o vô, nós esbanjávamos
alegria, lembrando de você.
Pai! Fica com Deus! E
continue lendo o Evangelho. Pedi pra mãe também ler. Diz pra ela
que dia desses e quando ela e você estiverem lendo, eu também
poderei fazer companhia na leitura. E, se a madrinha permitir, vou
indicar uma leitura para vocês.
Continue trabalhando
com teu carinho e ternura. Teu sorriso é luz no coração dos muitos
que sofrem e procuram a casa espírita.
E não se deixe abater
pelas pequenas questões dos negócios. Cumpre com tuas metas e fica
tranquilo, a casa onde mora está sempre organizada.
Com Amor!
Do teu querido filho!
Eriberto, o Betinho.
Psicografado em 11 de
agosto de 2012.