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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Minhas dores!

A vida que tive na terra não foi a que posso afirmar, como sendo de muitas afeições a riqueza e nem em prosperidades econômicas. Mas tive a oportunidade de ter uma família que se preocupou muito com os outros. E sempre se comportou em conformidade com a religiosidade que melhor nos adequamos.
Nessa oportunidade religiosa, dos povos de religião, São Jorge sempre foi meu santo protetor e claro que não foi ele que veio ao meu encontro quando fiz a passagem. Também não foi nenhum povo ou tribo.
Mas quem veio ao meu encontro em minha passagem foi minha vó, a vó Chica. Ela tinha e tem aquele mesmo sorriso de sempre e com o palheiro na mão. Não! Ela não fuma na Espiritualidade, não!
Mas foi a maneira que de imediato reconheci. E tive uma melhor atenção. Pois a vó Chica não estava com os cabelos brancos. Estava jovem e bela, tal como uma fotografia que guardei dela quando ainda estava na Terra.
Mas conto como foi a passagem.
Estava eu num leito de hospital. E ouvi os médicos e enfermeiras falarem sobre a minha situação. Eu nada podia falar ou dar sinal. Estava com um tubo na garganta e com um monte de fios e tudo aquilo me mantinha em vida; claro que já era vida fora do corpo, pois eu ficava olhando a situação ao lado da cama, com a boca fechada, mas vendo e ouvindo perfeitamente.
E os médicos disseram: a família autorizou, pode desligar as maquinas e ir diminuindo a dosagem.
Eu não entendia muito as questões que aqueles médicos diziam, mas eu estava firme em pensamento, aguardando o São Jorge chegar. Foi então que pela porta entrou a vó Chica.
E com o sorriso característico foi logo me chamando pelo nome e dando aquela gaitada de costume, dizendo: vamos logo, que agora já tá chegando o ônibus.
Fiquei meio sem entender, mas a situação do reencontro me despertou uma enorme alegria.
E disse ela que não era o São Jorge, mas que tinha um cavalo branco me esperando lá fora, tudo isso com muita risada.
Bom! É assim. Tudo foi com muita alegria; numa passagem tranquila. Apesar dos familiares que ficam na Terra, ainda estarem entristecidos. Mas tudo passa com o tempo, que é o melhor remédio. Tenho ido ao encontro deles em sonho, e eles também tem vindo até mim.
E isso é o melhor de todos os mundos. O amor que nos une e nos manterá unidos.
A vida na Terra pode parecer com portas que servem para pessoas partindo, mas também são para receber pessoas que chegam; essas são as portas do coração.
Eu bato para entrar e vocês podem aguardar, pois estarei sempre batendo para entrar. E vocês estão já em meu coração.
Pois fechei a porta para que vocês já mais saiam de mim.
Fiquemos de hoje e sempre, com Deus no coração.
Aos irmãos!

Psicografado em 05 de maio de 2018.

domingo, 6 de maio de 2018

Foi aos 88 anos


Foi uma vida feliz que desfrutei na Terra. Era uma dona de casa, com todos os afazeres costumeiros. Casei com um companheiro muito dedicado e que sempre trabalhou para nada faltar no lar. Fui mãe de três filhos: Do João, o primeiro, do Marcos, o segundo, e da Sofia, a filha mais nova. Sempre me dediquei em dar o melhor em termos de religião aos meus filhos. Procurei sempre seguir o eu tinha aprendido com meus pais amorosos. Levei meus filhos para Igreja, onde conduzi para eles todos os sacramentos da Igreja. A dedicação sempre foi em passar o caminho correto para se atingir os Céus e estar com Cristo.
Apesar de ter uma vida que considerei feliz, tive que passar por algumas dificuldades, mas nada que causasse algum desconforto ou preocupações maiores; tudo sempre se resolvia e a normalidade se fazia, seja no lar ou mesmo nas condições de saúde.
Mas com o passar dos anos os filhos foram chegando na idade de deixar o lar. E quando a minha pequena Sofia atingiu a maior idade, o meu querido companheiro teve de nos deixar. Hoje entendo isso! Ele deixou o convívio do nosso lar para viver no Céu. É, foi a maior dor que tive: a morte de meu companheiro. E em meu lar, agora, naquela época, ficou eu e minha filha. Meus dois primeiros filhos já estavam casados e morando em outra cidade.
O tempo passou, mas a solidão não. E os dias pareciam cada vez mais cinzentos. Procurava transparecer força, mas em meu intimo a saudade gritava. E nada acontecia para acalmar, mesmo que um pouquinho.
Dois anos após o desencarne de meu companheiro amado, minha pequena Sofia casou com um querido e simpático homem. No momento a alegria me tomou conta, mas na semana seguinte a saudade passou a me martirizar. Na solidão do lar as lembranças da vida em companhia dos queridos familiares me deixavam uma dor imensa no peito. E tudo parecia levar para problemas cardíacos. Mas não! Era apenas as questões emocionais e a própria necessidade de se adaptar à solidão.
E foi quando, aos 88 anos, tive contato com o Espiritismo. Foi em uma palestra que senti pela segunda vez o reconforto que havia perdido quando a convivência com os meus, em meu lar. Conheci esperança e passei a alimentar o momento do reencontro com meu companheiro, com minha mãe e com meu velho pai. Conhecendo o Espiritismo, passei a vislumbrar a alegria constante do futuro reencontro com pessoas queridas. E mais que apenas pensar no reencontro, passei a ver que em meu lar eu não estava solitária, nunca! Estava na companhia de pessoas queridas, de almas amorosas. Onde antes eu via o silencio e o vazio, passei a ver pessoas queridas a me falar sobre esperança e amor.
É, foi aos 88 anos que conheci o Espiritismo, e ele fez toda a diferença em minha breve vida que tive ainda na Terra. Aos 89 passei a ouvir vozes em minha casa, e claro que já sabia de quem era. Minha mãe estava me visitando. Falava ela que logo eu poderia partir. Não falava disso para ninguém e quando meus filhos vinham me visitar, dizia apenas que meu tempo já era curto. Eles praguejavam dizendo que eu estava em boa saúde e duraria mais 10 anos.
Mas eis que o momento chegou, aos 90 anos, no mês de maio, entrei em um sonho, que nunca mais acordei; um sonho feliz, onde reencontrei muitas pessoas queridas, amigos, familiares, vizinhos. Pude, então, abraçar todos eles com uma ternura. E na Terra via a dor da saudade que deixava em meus filhos. A Sofia, então, pobrezinha, se culpava por não ter me cuidado. E esse remorso me apertou o coração por um bom tempo. E os outros dois filhos, esses conseguiram superar a dor do luto com mais facilidade.
Hoje vivo no Céu, na cidade de luz e amor, localizada mais ou menos sobre Porto Alegre, e é de lá que venho para aqui escrever minha experiência. É uma experiência de fé. E é preciso fé para superar as dores que mais nos apertão no coração. A dor da saudade e da melancolia, a dor da solidão e do isolamento, são as que mais apertão e dilaceram o coração da Alma.
Mas, é graças ao Espiritismo que pude suportar e aguentar tal sofrimento e aos 88 anos encontrar o caminho da Luz.
Fiquem com Deus.
Da sempre amiga!
Ana Clara
Psicografado em 24 de fevereiro de 2018.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Perdão e Misericórdia


Fui um desgraçado na Terra. Tinha muita raiva da vida e de muitas pessoas que comigo conviveram. Não tinha nenhuma pena das pessoas, e sim, muita raiva. Quando tinha alguma oportunidade de fazer o mal, assim o fazia e com um gosto que me deixava com um sentimento de glória.
Convivia com a maldade e com ela me sentia realizado. Meus familiares jamais gostaram disso em mim; mas pouco me importava com tal situação. E também contra eles eu me coloquei e causei o mal. Me deleitava em prejudicar e fazer com que as diferentes situações vividas pelos familiares não fossem as melhores.
Mas todo o Mal tem seu fim. E em chegar a termo. Em dado dia e momento, com a raiva corroendo-me por dentro, me coloquei diante da arma e disparei sem dó. A dor da bala pouco causou sofrimento. Mas os momentos que daí decorreram foram os mais doloridos e constrangedores. Sentia com muita intensidade cada dor, cada fincada na alma, e cada espetada no coração. Como um rio de lava passou a me queimar as entranhas. Gritava em total desespero e nada acontecia, ninguém por me salvar. E logo tudo ficou como uma noite que nada podia ver, nada conseguia perceber.
Tudo era escuridão e dor como jogo na alma. E o pior foi o frio que se abateu sobre mim. O gelo me fez reclamar ainda mais. Tremia de frio e tudo que busquei para acalmar a tremedeira do gelo, nada ajudou, nem o barro, folhas ou mesmo o lodo com musgos que fedia como carne podre. Quanta dor passei; quanto frio senti; quanto medo; passei a ter de mim mesmo. E ninguém por mim, e nem para me apontar um caminho para sair daquele maldito lugar; que lugar! Era meu pensamento.
Gritos por toda parte e gemidos em tom estridente me movimentaram para frente, me fazendo afundar na lama com musgos. Em minha boca, por onde passou a bala, o lodo entrava e o musgo me engasgava, me dando a sensação de que morreria afogado. Mas morto eu já estava. E tudo aquilo que passava era um pesadelo tétrico. Em vertiginoso contexto de inferno vivo.
Mas chegou um dia, que não consigo precisar. Eu não mais conseguia gritar, sequer conseguia lamuriar; estava eu flutuando sobre a lama e o lodaçal de musgos, que nem mais cheiro tinha, quando percebi ao longe uma claridade. Nossa, fazia muito tempo que eu nem conseguia entender a luz. Mas da claridade pessoas vieram em minha direção. Eu não conseguia falar. Não conseguia, sequer, perguntar. E elas me colocaram em uma maca e disseram:
- Filho! Viemos te buscar. Agora está seguro. Fica calmo e aproveita para dormir.
Não sei quanto tempo foi que fiquei naquele inferno e nem quanto tempo já estava sem dormir. Mas a chegada daquelas pessoas me oportunizar o sonho reconfortador.
Acordei não sei quanto tempo depois; estava num quarto de hospital. Quando acordei, senti uma paz como nunca antes. E isso me fez chorar compulsivamente. Chorei como nunca. E adentrou pela porta, naquele instante, uma enfermeira que me acolheu imediatamente. Não conseguia parar de pedir perdão. E diante da situação fui medicado. E de novo dormi.
Quando lembro dessa minha trajetória, fico a consolar ao Pai, que me concedeu o perdão, que me concedeu a misericórdia.
Hoje deixo minha história para estudo. E como ainda estudante, sigo no caminho dado pelos Irmãos Superiores.
Espero que me Perdoem.
Fiquem em Paz.
Valdomiro
Psicografado em 25 de novembro de 2017.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Partindo do hospital


Foram vinte meses num leito de hospital. Vinte meses de sofrimento não para mim, pois já não sentia a dor que me corroeu os ossos, mas para meus familiares que seguidamente tinham que se deslocar e contar com a esperança de que as coisas seriam revertidas.
Mas o destino já estava marcado. E o fim das dores e sofrimentos dos meus familiares também. Eu já estava desligando vagarosamente do meu corpo. E a sensação de ter de deixar a vida e o convívio dos meus era o que me deixava um pouco incomodada.
Confesso que o incomodo era algo um tanto confuso. Confuso pelo fato de estar vivendo dois mundos. O mundo material onde ouvia e sentia o sofrimento dos familiares; e o mundo espiritual, onde contava com a presença dos amigos e irmãos que em outra oportunidade já haviam desencarnados.
Seguidamente eles entravam em meu quarto no hospital e falavam comigo. E diziam seguidamente; só mais um pouquinho.
– Aguente só mais um pouquinho.
Falei que queria ir logo ou mesmo nem ir; queria que tudo se resolvesse com brevidade. Mas diziam que para algumas situações de aprendizado, era necessário um experimento maior para que o adiantamento da encarnação tivesse uma verdadeira utilidade.
Mas vendo os familiares terrenos em se achegando de mim: Me dizendo palavras de fé e de esperança: dizendo que eu sairia dali e logo voltaria para casa, me deixavam um pouco confusa.
Isso, pelo fato dos médicos terem dito junto ao meu leito que meu tempo já estava marcado: não teria muito tempo e logo teria uma falência múltipla dos órgãos.
E do lato espiritual também já tinham dito que logo mais eu estaria do lado deles.
Era isso que me confundia um pouco.
E aproveitava as noites para conversar com meus amigos que me visitaram no hospital. Eram eles que me informaram do tempo. E em determinada noite eles me levaram para um lugar diferente.
Lembro perfeitamente como foi. Era noite e vi quando eles chegaram em meu quarto. E junto deles estava a minha vozinha Marta, era a primeira vez que minha vó vinha me visitar. Vi no relógio da parede que marcava 1:30.
Foi nessa hora que sai com eles todos: meus amigos e minha vó. Ela disse que eu iria para outro prédio. E isso até me causou um pouco de desconforto, pois os outros familiares teriam de saber.  Mas como se ela já soubesse dos meus pensamentos, disse que já estava tudo acertado e com todos.
Começamos a andar pelo corredor que dava saída do hospital e o que vi é de deixar emocionada a minha Alma. Via na porta um grupo de médicos e enfermeiros, todos de branco, e ao lado deles uma pequena maca; minha lembrança daquele instante ainda me faz pausar. Mas foi naquela maca que minha vó Marta pediu para me deitar. E, nossa!
Senti uma leveza incrível, um sentimento de paz. Deitada ali, o médico que me atendeu o Dr. Nicanor, disse para ficar tranquila, que logo seria tratada e tudo melhoraria para mim e para meus familiares. Pediu para eu repousar as mãos sobre o peito, sobre o coração e...
Bom! Depois disso eu dormi.
Acordei num lugar diferente.
Também era um hospital, mas tudo com muita luz e muito mais arejado. As paredes que davam para um imenso jardim eram todos de vidro. E dali podia ver arvores, flores, campos. E notei que o quarto em que eu estava era de um dos andares mais altos do hospital.
Mas tudo ficou mais fácil de entender. Logo fui atendida pela enfermeira Bruna, que com muito carinho passou a explicar a minha situação, bem como onde eu me encontrava. Disse que logo meus familiares chegariam, que só me aguardavam acordar para me visitar. Pensei nos familiares da terra. Mas logo vi a vó Marta e junto dela o vô Antônio.
E claro que não aguentei, e chorei de alegria por ver eles ali.
Mas as surpresas não pararam por ali.
Tive uma grande amiga que desencarnou algum tempo antes de mim. E a minha amiga Rose também veio me dar as boas-vindas.
Tudo se confirmava conforme o que aprendi na Terra sobre o Espiritismo e a Espiritualidade. O acolhimento que ocorre aos que desencarnam e para onde vamos quando chega a hora, bem como quem nos acompanha. É muito trabalho invisível!
Mas foi fantástico o passo a passo que dei no desencarne. E foi muito gratificante compreender que a fraternidade e o amor são eternos mesmo naqueles que não estabeleceram laços consanguíneos em Terra.
A vida é uma sucessão de encontros e desencontros. É um processo onde os mistérios são vagarosamente desvelados. E o Amor infinito vai ganhando maior dimensão.
De hoje ao infinito!
Com Amor e Beijos!
Cátia
Psicografado em 20 de janeiro de 2018.

sábado, 10 de março de 2018

Um Pequeno Relato


Hoje chegamos mais cedo e acompanhamos as conversas que se desenrolaram entre os irmãos. Ficamos muito satisfeitos e felizes em notar como o conhecimento se realiza a cada instante.
Mas venho aqui com texto pronto e é a isso que me dizem agora para fazer. Passar o Texto. Vamos lá!

Fui um rapaz que não tinha muito interesse pelo estudo. E sempre me coloquei como sábio de mim mesmo, e de minhas atitudes tudo sabia e fazia por acontecer. Sem me preocupar com as circunstâncias alheias e com as pessoas. Fosse o que dissessem ou comentarem.
Mas de arrogância e de desejo da aventura, fui logo acometido de própria desgraça. Fui tomado de desejo pela velocidade. E em determinada noite, com o carro do pai, me pus a correr em alta velocidade. Queria sentir o motor e conseguir bater o ponteiro nos 220.
Quando quase estava no auge da velocidade, um estouro aconteceu no veículo, e de pronto uma grande tragédia se fez.
Não podia, e nem queria acreditar no que estava vendo: Tudo era uma grande loucura, enxergava pessoas que antes não estavam ali, com roupas diferentes e com olhares de sorriso e de acolhimento. Mas o carro já estava todo destruído.
E o sentimento de perda também me abateu. E quando, me vi: sim! Quando me vi! Vi-me no banco da frente, em pedaços. Que horror! E em pedaços em um carro completamente destruído, e também ali, ao lado, com muitas pessoas estranhas a mim. O que estava acontecendo, afinal?
Claro que notei de imediato que estava morto. Morria com a destruição do veículo do Pai. E agora? Como faria para contar ao Pai Augusto sobre o acontecido.
Ocorreu que o desespero foi mais forte. E mesmo sentindo uma leveza, meu coração passou a pesar. Sentia meu coração bater forte, e forte ao ponto de doer o peito. E chorei como nunca antes.
Tudo estava acabado com meus 21 anos! E agora!
Quanta agonia me percorreu os pensamentos. Lembrança de diversas situações da vida. Das orientações que não dei atenção. E agora?
Mas foi quando a dor foi forte no peito que ouvi a voz da minha vó, que já fazia uns 10 anos que havia morrido. A vó passou a me chamar pelo nome. Olhei para o lado e a vi. Minha vó Fernanda estava ao meu lado; mas ela estava jovem, mais jovem do que quando morreu.
Ela chegou até mim, me abraçou, e dizendo palavras de consolo passou a me abraçar afetuosamente, e disse:
- Meu neto! Meu neto! Vim te buscar e levar para a escola.
Eu pensei, na confusão de meus pensamentos, que era um sonho!
Vi a vó jovem. Ela dizendo de escola. Mas logo eu que nada queria saber isso. Mas a vó Fernanda foi muito carinhosa e disse que não podíamos ficar muito ali! Que teríamos de nos apressar.
Saímos e fomos em direção a um ônibus. Pelo menos era o que parecia ser; um ônibus. De dentro do ônibus ainda olhava para o carro destruído e o monte de gente chegando para ver o acidente. Para ver a tragédia.
Mas sem muito tempo para acompanhar a situação, me coloquei a perguntar o que estava acontecendo. A vó passou a explicar algumas coisas que para mim não faziam sentido. Mas tudo bem. Pelo menos eu, ali, estava entendendo que continuava vivo. Que eu ainda estava inteiro.
O ônibus logo começou a andar para frente e num instante passou a flutuar. E da noite virou dia. E a paisagem já era outra e tudo era diferente e estranho.
A vó notou minha surpresa e comentou para que eu ficasse calmo.
Claro que fiquei: afinal, tudo ali era muito bonito e diferente.
Paramos em um determinado ponto de uma rua, numa cidade muito arborizada e florida, com casas muito bonitas, também, com animais e flores que refletiam luz. Mas que surpresa, ver animais e flores emitindo luz. E claro, sair da noite para o dia em um instante. Claro que tudo parecia um sonho. Mas era tudo real.
Descemos do ônibus e a vó me levou para uma bela casa. Ali encontrei outros familiares e pessoas que não conhecia. E a vó disse:
- Meu neto! A partir de hoje você passará a morar aqui. Ficará com nós e eu te darei todo o cuidado e atenção como sendo tua mãe. Se tem alguma dúvida ou quer entender o que passa, fique à vontade de perguntar.
Mas na situação não quis fazer perguntas difíceis, apenas uma.
- Como assim?
- Meu neto! Sua morte prematura lhe fez vir para junto de nós. E a partir de agora terás de frequentar a escola e só quando estiver pronto poderá visitar seus pais.
Pronto? Visitar? As dúvidas aumentaram. Mas a vó Fernanda deu-me um chá, um calmante como ela disse, e já fiquei mais tranquilo.
Bom. Hoje já estou formado nas escolas da espiritualidade. Formado no entendimento sobre o respeito à vida e ao próximo. Terei outras escolas por fazer. Mas por hora já posso dizer que aprendi muito.
E já visitei diversas vezes meus familiares. Meus pais, que muito sofrem com minha partida.
Não pude acompanhar e ver as situações que decorreram do acidente quando os fatos se deram. Mas quando participei da escola, aprendi a ver o passado e também o futuro. E nesses fui ver o passado e a dor causada em meus pais.
Mas também aprendi a ver o futuro de felicidades que ainda teremos.
Nesses dias que se aproximam das festas natalinas, que o Amor do Cristo se faça presente em todos os corações.
Com Paz no Coração.
Augusto

Psicografado em 02 de dezembro de 2017.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Desencarne e acolhimento


Foram tempos difíceis quando do meu desencarne. Tive momentos de grande angústia, sofrimento e profunda tristeza. O abalo emocional me provocou dores profundas na alma. Não queria acreditar que minha vida estava encerrada. Não podia aceitar tão trágico fim. A dor da partida, a dor do desligamento foi muito, foi atroz. Mas como sempre dizem...tudo passa. E, de fato: tudo passou.
Fui acometido de câncer que me consumiu rapidamente. E não devia, em meu íntimo, aceitar tal desventura. Mas o câncer foi generoso, se assim posso comentar. Generoso pelo fato de que quando se manifestou eu já estava com os dias contados. E tudo diante da minha melhor faze da vida: a de ter uma família constituída e de poder oportunizar a tranquilidade econômica e financeira adequada para meus queridos familiares.
A doença, quando soube dela, foi como um terrível golpe. Só pudera, não podia aceitar o trágico fim. Sentimento de não poder mais nada fazer, mas apenas rezar e consolar-me com a chegada da morte.
Quando de fato “morri “entrei em uma tristeza profunda. Podia ver, ouvir e sentir os sentimentos dos meus familiares. E tudo parecia que corroía ainda mais meu coração. Tive momentos de choro compulsivo, sem ter controle algum sobre tal sentimento.
As lágrimas mais que me lavaram. As lágrimas foram como balsamo em meu espírito, pois oportunizou momentos de reconforto. Não podia aceitar tal desfecho, por isso do choro compulsivo, incontrolável.
Mas fui acolhido pela tia Lúcia, que se achegou até mim, trazendo um copo com água, e insistia para que eu tomasse aquela água. Mal conseguia segurar o copo. E a tia Lúcia, então, com um gesto de perfeita ternura materna, chegou ao meu lado e segurando minha cabeça passou a me dar de beber daquele copo. A tia foi como luz, pois me fez adormecer e descansar diante de tão forte sentimento de angústia pelo qual passei. Acordei três dias depois, em um hospital. Ao meu lado estava a tia Lúcia, acompanhando o meu sonho e também orando para o meu conforto.
Hoje já estou restabelecido emocionalmente. Já tenho conhecimentos mínimos do porquê de tal passagem pela dor e doença do câncer. Mas a grande sensação que ainda tenho é a de não poder acompanhar, em vida, a trajetória de meus familiares. Claro que da espiritualidade continuo acompanhando. Mas como fizera na Terra, não é a mesma coisa.
Mas sem lamúrias ou lamentações. Tudo faz parte do aprendizado Divino, e logo mais nos encontraremos para que todos juntos voltem a sorrir e se abraçar; mas com uma afetuosidade mais intensa, muito mais intensa que na Terra, muito mais verdadeira.
Hoje, então, fica minha pequena história, não para pedir socorro, pois esse eu tive da tia Lúcia, da irmã Marilú, do primo Levi, do pai Amaro e de muitos outros amigos que aqui chegaram antes. Mas fica a certeza de que a vida continua, e continua, sempre no sentido do amor.
Se em determinada circunstância o câncer me consumiu, foi por necessidade de aprendizado. Se estou distante de determinadas circunstâncias da materialidade, são por necessidade de segurança.
Portanto, quero afirmar:
- Estou Feliz! Muito Feliz!
Estou na companhia de fraternos e queridos irmãos e irmãs. E também orando para que a chegada dos familiares da Terra, quando o momento for indicado, para que eu possa, com a permissão do Pai, acolher e amparar. E saibam que esse momento de acolher e amparar é um dos maiores presentes concedidos pela Espiritualidade.
Fiquem em Paz!
De um amigo.
Psicografado em 18 de novembro de 2017.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Acreditar!


A vida na espiritualidade é repleta de surpresas e de aprendizados. Ontem mesmo me deparei em duas situações distintas. Uma foi o caso de assistir ao desenvolvimento mediúnico que era realizado em uma Casa Espírita. O outro foi o de presenciar a conversa de familiares sobre os casos de mortes prematuras.
Na primeira situação, ou seja, no caso do desenvolvimento mediúnico, os participantes traziam as ideias preconcebidas de que tudo estaria atrelado aos fatos do animismo, ou seja, que os casos de manifestações eram originários dos próprios pensamento dos médiuns. O que prejudicava a atividade em si, a de estabelecer uma comunicação mais atenta com a espiritualidade presente.
Já no outro caso a parte da conversa sobre os desencarnes prematuros, os familiares discorriam sobre questões que até então não compreendiam casos práticos sobre cada situação. Isso tudo era decorrência das vivências ocorridas nas últimas semanas no Brasil, e noticiados e mobilizados na sociedade.
As surpresas que temos presenciado aqui, são os pensamentos que se distanciam dos fatos reais e concretos. E mesmo com os entendimentos mais adequados, já trabalhados na Terra, a insistência no erro continua sendo a pedra de toque nessas e noutras questões.
Acreditar vocês em si mesmo e no que prescreve o estudo. Esse é o motivo e motor principal do desenvolvimento. Vamos buscar acreditar mais em si e nos próprios estudos aplicados para então desenvolvermos. E, assim evitar que surpresas diversas causem um entrave ao desenvolvimento e especialmente ao entendimento e evolução do espírito.
Fiquem com Deus!
Irmão Benjamim
Psicografado em 14 de outubro de 2017.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Festa no céu!

A chegada que tive no plano espiritual foi de uma alegria incrível. Jamais imaginei tal coisa e em tal condição, pudesse acontecer. Quando me vi e senti a beleza da alma, como caminhando dependurada no ar, e passei a ver diversos amigos, amigas, e em especial emoção, aos familiares queridos que já a muito tinham deixado a Terra, é que pus-me a chorar de intensa alegria.
Cada um passou a me abraçar e a falar comigo sobre a saudade sentida.
E minha mãe se aproximou com um olhar afetuoso... e num abraço fraternal, contou que já estávamos nos encontrando muito antes de eu desencarnar. Foi então que recordei dos sonhos que tive com ela em dias antes do meu desencarne. Lembrei de muitas conversas e orientações recebidas. E que coloquei em prática antes de minha despedida da Terra.
Pois é; a minha mãe Luiza estava toda trajada com flores rosas para me recepcionar. Já meu pai estava com uma leve túnica branco-prata.
O sorriso do meu pai foi contagiante e também me deixou com a emoção no coração e nos olhos. O pai Antônio era diferente no Céu, pois estava mais feliz que quando deixou a Terra.
Lembro bem a partida de meu pai: Era um dia frio do inverno, mais precisamente em 23 de julho, quando a noite gelada fez doer mais que o sofrimento da morte do pai em 1953.
Depois, foram momentos difíceis para todos nós. E a mãe, então, teve de se desdobrar em atividades e exigir o nosso concurso para os afazeres domésticos e para o sustento e auxílio financeiro do lar.
Mas o apoio materno chegou ao seu término em 1954, num dia de verão, mais precisamente em 19 de janeiro. Nesse caso, a dor foi muito maior, pois acompanhamos o definhamento da mãe Luiza ao longos dos dias.
E a certeza da morte da mãe nos causou, em todos nós, eu e minhas outras irmãs, um trauma emocional que levou tempo para ser curado.
E chegou minha vez também de deixar a Terra. Era um dia de primavera, mais precisamente em 29 de setembro de 2010. E foi nesse mesmo dia que senti uma emoção enorme ao reencontrar amigos e familiares.
A minha mãe Luiza não era mais aquela velhinha mirrada e adoentada. Não! Era uma linda jovem de uns 25 anos, com muita juventude de espírito.
Já o pai Antônio, também não demonstrava nenhuma ruga ou calvice, era um rapaz de 30 anos e com um brilho no olhar que cativou já no primeiro momento do encontro.
 Dos amigos que vieram me recepcionar, estavam ali o Daniel, que foi desde sempre preocupado com seu futuro, mas a tragédia de um acidente o levou para a espiritualidade quando ele recentemente tinha completado seus 25 anos; também apareceu a Salete, que foi minha vizinha na infância e muito brincamos com bonecas, mas a vida profissional depois nos separou; também a Sônia e a Mônica me recepcionaram, foram minhas colegas no colégio e muito estudamos juntas para as provas e foi com elas que mais relação e conversas mantivemos até o momento de cada uma partir.
Mas tenho que registrar, o encontro mais afetuoso foi com a minha vó Chica, a vó Francisca. Ela era quem me deu os carinhos maternais na infância, me ensinou a fazer bolinhos e algumas comidas típicas italianas. A vó Chica nada se parecia com aquela idosa de quando morreu. Não! A vó era a mais jovem em aparência das pessoas que vieram me recepcionar. E descobri logo a causa disso. A vó Chica me recebeu com a figura de uma menina de 11 anos; e reconheci que minha avó havia sido minha filha em outra encarnação.
Vejam só como são essas ligações invisíveis de amor e trabalho, de afeto e ternura. Os encontros não são casuais e as relações de respeito necessitam serem sempre valorizadas.
Fica o meu beijo!
Para todos!
Professora Valquíria
Psicografado em 07 de outubro de 2017.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Carta de Valdomiro

Alvorada. Era tardinha. Eu caminhava pela calçada quando ouvi um estampido. Fui olhar de onde veio o som do tiro... mas já não pude mais. A bala me atingiu no peito e nem tive tempo de levar as mãos ao peito.
 A morte certa se fez rápido. E logo sei o algoz que disparou. E de pronto me pus assustado ao lado de meu corpo. E junto de mim um homem elegante me acalmava, dizendo que estava tudo bem.
 Mas o susto me incomodava e fazia de mim uma pessoa irada, com vontade de perseguir e de também atingir o que desferiu o tiro.
 Ah! Quem dera outra oportunidade de bater de frente com Juca, esse que usou a arma para me tirar a vida.
 Esses sentimentos iniciais que aqui escrevo foram parte de mim naquele momento fatídico.
 Hoje já não mais penso em desferir ou prejudicar qualquer que seja. Pois a vida na espiritualidade é mais esclarecedora e nos traz uma paz na alma como nunca antes senti.
 Na minha vida curta na encarnação terrena, passei por dificuldades que me levaram a cometer alguns delitos; que me levaram a conhecer o Juca. Mas as dívidas mal resolvidas e os problemas que se avolumavam, fizeram do amigo que se transformasse em um inimigo, a tirar-me da vida.
 Hoje sigo em prece pelos amigos e pelos que me consideravam como inimigo.
 Sei das necessidades deles, e também das condições de cada um em sua alma. E minha compaixão, aprendida aqui na espiritualidade, me leva a orar por todos.
 E tenham certeza; um dia nos encontraremos aqui; e vamos nos trocar olhares e pensamentos. E será uma oportunidade de delinearmos uma nova caminhada na carne.
 Ao Juca, querido irmão, a quem muito oro, ele continua com seus problemas na matéria. Enredado em conflitos e encarcerado; ditando ordens do fundo de seu calabouço aos que lhe obedecem.
 Mas tudo tem um porquê nessa vida. E o aprendizado, às vezes, se faz a duras penas.
 Meus irmãos e irmãs na Terra já não visitam mais minha sepultura. E só de vez em quando é que lembram de mim. Mas já o Juca, esse encontro muito seguido em sonho. Converso com ele, mas quando ele acorda, suas palavras são influenciadas pelo seu desejo de controle, e o desdém sobre minha pessoa é dita aos demais.
 Mesmo em oração, vejo daqui, que muitos ainda falam sobre Deus, mas atuam longe dele. Chegará o dia em que o aprendizado se fará no coração, na alma, e os atos e pensamentos serão de Deus. Por hora fica minha compaixão, sem arremedos, aos meus queridos irmãos e irmãs que na Terra continuam seus aprendizados.
Fiquem com Deus, meus queridos!
Valdomiro, o Miro

Psicografado em 23 de setembro de 2017.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

DESENCARNE E ACOLHIMENTO

O afeto é forte quando vindo do coração. Somente o coração consegue medir a afetuosidade, o carinho e o amor quando alguém é tocado. O raciocínio ainda carece da percepção mais pura do coração.
Pois é! Chegando aqui percebo a grandiosidade do afeto. Fomos trazidos por queridos irmãos trabalhadores. São nossos professores, que não se cansam de nos ensinar. Como tivemos vivencias diferentes, o ensino também é diferente entre nós. Mas é fato que aprendemos com ensinamentos ministrados a todos em nosso grupo.
Mas é! Hoje trouxe um pequeno texto que passarei a relatar, e contar um pouco sobre minha chegada na cidade espiritual.
Vamos lá!
Era dia 21 de março de 1996.
Estava eu meio confusa sobre o que estava acontecendo. Tudo pareceria muito real; meus pensamentos e meus sonhos giravam na minha frente. Imagens, as mais variadas e conforme eu pensava, se faziam na minha frente. Tive um pouco de espanto com essa situação, pois me sentia como vítima de uma alucinação. Por isso tive um pouco de perturbação quanto ao que estava acontecendo.
As imagens se confundiam com meus sentimentos. Ora tinha vontade de chorar e ora tinha medo. Mas foram as lembranças que brotavam de meu coração... acabaram me levando para uma situação de conforto. Lembrei da minha infância, da minha mãe e do que ela falava. Logo imagens se fizeram em minha frente: e vi minha mãe na cozinha de nossa antiga casa, falando comigo sobre amenidades que nos faziam rir. Essas imagens oportunizaram uma tranquilidade. E logo fui caminhando para a direção da imagem que se formava.
Mas a situação era que eu caminhava como sem conseguir chegar na imagem. Porém, passei a ouvir a minha mãe me chamando. Foi quando olhei para o lado e a vi. Nossa, que sentimento gratificante esse do encontro. Minha mãe me abraçou e eu senti uma paz muito grande. E logo perguntei se aquilo era um sonho; se eu estava tendo uma alucinação. Mas não! Tudo era real. E minha mãe, a Dona Rosa, passou a explicar algumas coisas.
Pois é! Agora estava eu sabendo que não era mais pertencente ao mundo dos “vivos”. Eu estava “morta”. É claro que um sentimento de medo percorreu a alma. Mas como estava em boa companhia, me senti segura.
Minha mãe me levou para uma cidade onde fui até uma bela casa. Muito confortável e acolhedora. O ambiente de extrema luminosidade e muito arejado. Na casa estavam outros familiares que chegaram antes de mim; e também havia amigos. Confesso que me senti muito feliz de estar ali. Mas as lembranças dos que continuavam na Terra me faziam perguntar sobre os mesmos.
Queria eu saber sobre meus filhos. Como estaria o Rodrigo e como estaria a Priscila. Queria saber sobre as minhas netinhas, a Lúcia e a Patrícia. Mas minha mãe dizia que era necessário ter um pouco de paciência. Afinal, mesmo todos tendo estudado sobre o Espiritismo, ainda o entendimento não se encontrava adequado. E eu, assim como eles, necessitavam de um tempo. E sempre que eu ficava com uma saudade dos filhos e netas, minha mãe me levava passear pela cidade.
A cidade é uma das mais belas que já conheci, quando comparada com a Terra. Na cidade onde estamos as avenidas são largas e floridas; em diferentes lugares são encontrados belos jardins que formam lindos quadros. Também existem praças onde alguns animais convivem e onde podemos sentar de baixo de árvores e ficar assistindo a beleza da natureza. Os prédios são espaçosos e pode-se dizer que existe algo de luxuoso, com uma majestosa elegância.
O caminhar nos faz acalmar as saudades que temos dos que continuam na Terra. Queria poder falar ao vivo com meus filhos e netas. Mas temos que esperar o momento de cada um. O que mais me acalma a saudade é quando, em sonhos, me encontro com algum de meus filhos e netas. Depois vejo, daqui mesmo, que eles comentam, que sonharam comigo.
Fiz uma passagem muito tranquila; sem aqueles pensamentos que muito se falava quando estava estudando o Espiritismo. Em meu relato, posso afirmar que o acolhimento é sempre realizado por alguém que cá está e que muito nos ama. E fica certo disso: Todos têm alguém do lado de cá que os ama muito e aguardando o momento indicado para realizar o acolhimento e dar aquele abraço afetuoso.
Fiquem com Deus!
Mônica de Garcia

Psicografado em 09 de setembro de 2017.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Desencarne em acidente

Desencarne em acidente
O acidente foi rápido. Nada senti. Foi como um sopro.
Quando vi a situação, nada entendi. Percebi pessoas na minha volta. Falei com algumas. Algumas nem me perceberam, enquanto que outras, bem arrumadas me chamaram para um canto.
Foi interessante o diálogo com aquelas pessoas bem trajadas.
Pensei que continuava viva (se é que me entende; viva no corpo) mas a situação foi se revelando rápido.
Quando notei o ambiente se encher de outras pessoas na volta do carro, foi que pensei em como havia saído dele.
Então, um daqueles que conversava comigo pediu para eu me acalmar, me deu um copo com água e fiquei mais tranquila.
Hoje estou aqui para ajudar. Sendo uma tarefeira para a caridade do Cristo.
Servindo de instrumento também; como bem disse na abertura.
Continuamos contigo e com todos.
Dizem para escrever o seguinte:
- Siga com fé. Não temas os desafios. Tudo se encaminha para o bem e o progresso.
Era isso por hoje.
Fiquem na Paz do Senhor.

Sobrinha

Psicografado em 10 de junho de 2017.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Vibração

Encarnar, desencarnar, encarnar outra vez e outra vez desencarnar e repetir o processo tantas e tantas vezes... e progredir sempre.
A vida não tem um fechamento, mas um fim de ato para iniciar outro. É esse o jogo que cada Alma executa no Universo. E nesse deslindar de peças, são muitos os atores e atrizes, coadjuvantes, cinegrafistas, roteiristas, maquiadores, e tantos outros profissionais e amadores que contribuem para o progresso da Alma.
Ninguém fica parado. A sensação de imobilidade ou de estagnação da Alma é uma ilusão no jogo de luzes da relatividade. Entre os seres, o espaço e o tempo vibram com o acorde do coração. Pensamentos estabelecem campos magnéticos e centros gravitacionais. E o que significa o elétron nisso tudo? Ele é uma ferramenta para a evolução das Almas.
O pensamento faz o elétron vibrar, o coração pulsar, a língua falar, a mão acariciar... O pensamento que vibra o elétron e esse também faz vibrar o pensamento. E assim tudo se encadeia nas misteriosas redes que unem todos os seres da criação... e que nos unem ao Pai Celestial.
Fiquem com Deus!
Irmão Ladislau
Psicografado em 27 de junho de 2016.

sábado, 2 de janeiro de 2016

RESGATE DE JOSMAR [1ª parte]

Certa noite de novembro de 2015 o Mentor Bartolomeu e outras três entidades me conduziram para a realização de um resgate.
Ocorreu que iríamos resgatar uma entidade que já havia desencarnado a mais de dois anos, mas continuava andando entre os encarnados como se ainda estivesse encarnada. Essa entidade era o Josmar. Quando encarnado ele teve uma experiência de simplicidade e humildade na matéria. Buscou sempre o trabalho para sustentar a família. Todavia, a rudeza da vida lhe fez duvidar da vida após o desencarne. Em sua consciência acreditava que, após a morte, acordaria em um lugar para descansar. Entretanto, ao se desligar do corpo viu os encarnados que estava sempre habituado a ver; tratava-se dos seus colegas de profissão.
Josmar estava tão dedicado ao trabalho que não percebeu seu desencarne que ocorreu durante uma noite de sono, e pela manhã foi direto para o trabalho; seguindo o mesmo roteiro de todos os outros dias. Como voltava somente à noite para casa, quando chegou não notou a ausência dos familiares e, depois de fazer as atividades costumeiras, foi para o leito dormir.
Durante a noite os familiares desencarnados e mentores de Josmar o acudiram, lhe chamando para ir com eles. Entretanto, Josmar acreditava que tudo se tratava de um sonho ou ilusão. Esse comportamento o “imantava” fortemente no plano terreno, fazendo os que lhe acudiam ficarem invisíveis e mudos aos seus sentidos.
Foram diversas as tratativas para despertar o irmão daquela situação, mas todas não surtiram efeito. Josmar continuou resistente aos Espíritos que iam ao seu socorro.
Em novembro o Mentor Bartolomeu se ofereceu para auxiliar no resgate e que utilizaria os préstimos de um encarnado para facilitar a comunicação. Isso porque enquanto encarnado o Espírito tem uma densidade maior de perispírito. Foi quando da permissão concedida que o Mentor Bartolomeu me levou em desdobramento para a residência de Josmar. Com as instruções e na companhia do Mentor Bartolomeu e de outras três entidades, passei a bater na porta da residência de Josmar e chama-lo pelo nome.
Não demorou muito para ele se fazer presente na porta da residência, questionando quem eu era e o que queria naquela hora da madrugada. Foi quando lhe expliquei sobre a necessidade urgente de ele encontrar sua mãe, que ela estava muito necessitada dele. Josmar logo se contrapôs, dizendo que sua mãe já havia morrido e que eu estava batendo na porta errada. Passei a dizer que não, que ela continuava viva e que estava morando noutra cidade. Disse-lhe que a morte não existia e que se ele permitisse uma mudança mínima de pensamento conseguiria ver muito mais, em particular o que ele estava resistindo em ver.
Durante a conversa a equipe espiritual iniciou a aplicação de luzes sobre o Josmar. Não demorou nada e ele passou a ver que em minha cabeça tinha um filamento luminoso. Mas na mesma medida que Josmar via mais, ele também ficava mais adormecido. Nesse instante ele consegui ver as quatro entidades que estavam a sua volta e foi quando o Mentor Bartolomeu assumiu a conversa.
Quando o resgatado assumiu uma tez pálida, ele se prontificou a nos acompanhar. Suas forças pareciam ter desaparecido e passou a demonstrar uma maior leveza e sonolência. Josmar estava perdendo sua “imantação” com o plano encarnado.
Segurando nas mãos de Josmar, as duas entidades espirituais que acompanhavam o resgate, passaram a lhe auxiliar no caminhar. Foi quando iniciamos a caminhada em direção da residência da mãe de Josmar, a Irmã Mirtes, que mora na Cidade Espiritual São Batista. Essa cidade fica próxima da crosta terrestre e serve para uma população de um milhão de almas.

[1ª parte]