A atmosfera da Terra se satura de matéria
densa, semelhante a fuligem, trazendo para junto da crosta diversos irmãos das
zonas umbralinas. Espalhando a discórdia e a confusão, esses irmãos comprazem
em desfazer certezas estabelecidas em muitos encarnados. Sabem eles que estão
em vias de se desligar desse mundo.
Os horrores protagonizados na atmosfera por
esses pequeninos irmãos que sobem das regiões umbralinas, ganham materialidade
nas ações dos encarnados que como se fossem as mesmas turbas enfurecidas, se
organizam em grupos para reivindicar intenções que nada colaboram para o bem da
coletividade. Buscando o isolamento de propósitos, turbas de desencarnados e
grupos de encarnados passam a entoar numa só voz o propósito da discórdia e da
guerra.
A Europa encontra-se mais uma vez diante do
nefasto ocaso entre o materialismo isolacionista e a fraternidade coletiva,
onde o primeiro sufoca a cada dia mais o segundo, num processo que iniciou já a
quase dez anos.
Mas não só a Europa passa por tais agruras.
No Oriente Médio os ódios entre irmãos já
grassaram o desencarne de centena de milhares. E o resultado disso é o
constante trabalho de resgate da Espiritualidade diante da ignorância dos
Espíritos que ainda em sua infância, defendem os contextos materiais em nome da
fé.
Na África os dilemas étnicos servem como
contextos para brutalidades e extermínios. O pano de fundo para tais atividades
é o político; que também converge com o suporte de uma fé.
Na Ásia os tambores da guerra são cada vez
mais fortes e contundentes. Suas batidas assemelham-se a uma contagem
regressiva. Diante de avanços de paz ocorrem retrocessos fragorosos em direção
da guerra. Nesse contexto o propósito é a matéria e seu controle.
Na América as fagulhas da conflitualidade
já ganham a atmosfera e se espalham como se um vento forte as soprasse em
direção de outros países e instituições. A conturbação se dá não pela fé, mas
pelo desejo de mudanças exteriores e materiais, tão somente.
Em se tratando do homem e sua
espiritualidade, nada se faz ou se fez no século que passou, mesmo com duas
catastróficas guerras. Nada se construiu na cultura humana para a fraternidade
coletiva. Toda a cultura foi consolidada no materialismo isolacionista.
Agora, nesse momento que dito esta
mensagem, a Espiritualidade se une para atender aos gritos de socorro dos que
desencarnam. Campos de socorro são erguidos em diversas localidades da
Espiritualidade para servirem como primeira passagem aos que deixarão a Terra.
Como se não bastasse a brutalidade humana
em sua luta insana pelo materialismo isolacionista, a natureza dá provas de sua
potencialidade, obedecendo as leis divinas, ocasionando desastres que
oportunizam desencarnes coletivos.
Tudo seria mais adequado com a
Espiritualidade se os terrenos compreendessem suas atribuições na encarnação e
sua caminhada para o desencarne.
Rogamos ao Alto a luz do esclarecimento a
você de boa vontade.
Fique em Paz!
Irmão Itacir de Alcântara
Psicografado em 28 de abril de
2014.