Da noite que iluminou o
País ao dia de hoje 27, foram cinco anos a contar pelo calendário da terra.
Mas aqui no céu os dias e
anos são diferentes. Parece que foi apenas alguns momentos. Mas são de momentos
muito intensos na companhia de familiares e de pessoas amigas, todas muito
queridas, amorosas e que acompanham a cada pensamento e sentimento que possa
causar lembranças tristes.
Mas como escrevia: foram
já cinco anos daquela noite que iluminou o País. As chamas não foram tão altas,
mas a fumaça atingiu altitudes incomensuráveis. Estávamos ao som de música ao
vivo e tudo transcorria na maior alegria de sempre. Quando, de repente uma
breve confusão agitou o ambiente e logo a luz no teto se confundia com algumas
labaredas e já se fez uma espessa fumaça e tudo mais já se sabe.
Mas o que não sabem é a
situação dos encontros que ocorreram com todas aquelas almas que correram para
o desconhecido. Para uma porta sem saída. Muitos de nós nos deparamos com
amigos e familiares e logo uma nova confusão se fazia. Ao encontrar com minha
tia, que de muito já havia desencarnado, fiquei um pouco assustada. Afinal foi
no lampejo da imagem que minha tia se fez em minha frente. E no susto e sustos
mais fui acometida de um desconforto sobre o que estava acontecendo.
Mas a Tia logo falou da
situação. Que estava a me buscar, que eu iria para outro lugar e que não
poderia, por hora, retornar para casa. Sem entender o que se passava, pois
ficava atordoada, diante da “fantasma” de minha Tia, fui procurando compreender
sem entender. Mas a situação logo se fez, ao menos para mim, que estava eu
morta. E isso me constrangia profundamente. Pois tinha uma sensação de dor
profunda quanto a pai e a mãe que havia, “horas antes”, me despedido brevemente
dizendo que retornaria pela manhã.
Mas não mais. Fui acolhida
de forma muito amorosa por Almas queridas. E de dor e sentimento de angústia,
logo tudo virou uma paz e serenidade. Minha maior dor, suportável pelo contato
fraterno da Tia, era o de sentir e ver o choro compulsivo de meus pais e amigos
que deixava para a Terra. Ver eles do céu dava uma sensação de vazio e remorso,
mas que logo passava no abraço afetuoso da Tia. E nos braços da Tia eu consegui
ao longo desses momentos no Céu, acompanhar e suportar a distância que nos
separam. A distância que para nós no Céu para a Terra não é nada. Mas que para
aqueles queridos que deixamos, parece muito, parece longo, parece sem fim.
É, para eles parece uma
dor sem fim. Mas cada lágrima que deles brota, será recompensada e não tarda
muito, pelo menos para quem já está no Céu. Não tarda muito o reencontro com
meu Pai e depois com minha Mãezinha.
Mas a situação de
reconforto nos braços da Tia foi e é de tal forma, que supre toda e qualquer
angústia. Estou cercada de carinho e com mil planos para logo mais. Quero ainda
estudar aqui sobre a psicologia e depois quero encarnar para trabalhar com
todos aqueles que sofrem da necessidade de superar perdas que comovem
profundamente o coração. Quero trabalhar no futuro com pessoas que necessitarão
passar pela dor emocional que parece nunca ter cura, que parece nunca melhorar
ou diminuir.
Mas faço minhas visitas
periodicamente com minha Tia. Visito meus pais quando me é permitido. Vejo eles
em seus sonhos. E já são algumas vezes e eles acordam e comentam sobre o que
conversamos e como eu estava.
Estou feliz pela
oportunidade e de deixar para os estudos o desejo de que a paz e a emoção da
fraternidade se faça nos corações.
A vida não para e o bom de
tudo é saber do reencontro que se dá com todos os que amamos. Familiares
queridos de sempre com sorriso nos acompanham e orientam. É isso uma alegria
imensa para mim e para muitos que partem da Terra.
Vim para colaborar com os
trabalhos da Organização. Chegamos em caravana. E faz algum tempo que já
estamos em visita dos familiares e amigos. E como sabem: Deus permite que os
corações que querem fazer o Bem, recebam o bem. Assim, deixamos depositados em
todo o ambiente por onde passamos, ramalhetes de flores.
Fica nossa história!
Fica minha história!
Para sempre.
R. D. F.
Psicografado em 27 de
janeiro de 2018.