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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A vida é bela!


Tive muitas dificuldades quando estava vivendo na Terra. Certamente todos os têm. E não cabe a ninguém tentar comparar as mesmas e colocar uma medida entre aquelas que se quer classificar como mais ou como menos difícil. É que a cada um a dificuldade é relativa. Mas é exatamente ai que a vida se revela.
As dificuldades são o testemunho que a beleza da vida se faz. As dificuldades celebram o nosso aprendizado e nos ligam aos entes queridos da Espiritualidade. E ai esta, exatamente, a beleza da vida.
Quando experimentamos as dificuldades, sentimos a nossa diminuta condição diante da grandiosidade do universo. Nessas situações nossos corações, nossa alma, nossos sentimentos, conversam no recolhimento intimo onde se oportuniza o encontro sagrado de Deus. Um encontro com nossos entes queridos que estão na Espiritualidade.
Entre palavras sopradas ao coração, também são passadas a sensação que tudo irá passar; que as situações melhorarão. É o encontro de vidas, de almas, de amore. E o aconchego de luzes e de sentimentos a se abraçar pela fé. A vida nessas oportunidades se faz iluminar, ao aproximar pessoas que se querem bem.
Mas nem sempre ocorre a devida atenção. E a pessoa encarnada deixa de escutar a alma, o sopro no coração, a luz e a esperança. É quando decide aprender de maneira torta sobre as coisas de Deus. E no abreviar a vida na carne, assume uma condição antagônica a Moral do Cristo.
Mas a beleza da vida está no exato momento em que aquela escuridão que preenchia os pensamentos, que fazia a alma sofrer por coisas passageiras, é quando se ilumina pela graciosidade do olhar materno.
A vida é bela pelas Mães Espirituais que nos amparam, acolhem, revigoram, acalentam e nos recolhem dos lugares sombrios em que mergulhamos.
Queiram ou não: sempre há uma Mãe Espiritual, uma “Mãetora”. E ela cuida no silencia da alma aos filhos e filhas que passam por dificuldades e que ainda pensam que estão só.
Mesmo na dor, ela está ao lado.
Mesmo na escuridão ela segura a “vela” para iluminar o caminho.
Mesmo na doença, ela traz o remédio da alma.
Mesmo na desesperança, ela sopra no coração a fé que conforta.
Se um dia abreviei minha passagem pela Terra foi por que não desejei à escutar.
Mas, independentemente de tudo, ela já mais me abandonou: Minha querida “Mãetora”, Minha Mãe Espiritual.
Que me segura e guia em todos os dias.
Maristela

Psicografado em 31 de agosto de 2018.

sábado, 19 de maio de 2018

Pedido de orações


Foi um tombo que passou. Que deixou marcas na Alma de minha mãe e de minha filha. Mas as ocorrências daquela época me fizeram agir daquela maneira. Pedi perdão ao Alto e aos que sofreram as consequências das minhas ações. Mas ainda sinto que a minha Alma não tem a paz que eu gostaria.
Tenho pedido orações e a impressão é de que as poucas orações me fazem sentir uma leve melhora. Mas não o suficiente de ter um repouso quanto aos pensamentos que me afugentam da Luz e da Paz. Fiz o que não devia, apesar das diversas orientações. Me pus hora a castigar o corpo e meus pensamentos e coloquei meu Ego a cima de todas as orientações e acima da fé. O que eu fiz foi dar a dor para minha mãe e minha filha.
E agora a sensação da Misericórdia que não chega nunca, me faz vir aqui para pedir orações e preses. Tenho um medo enorme do escuro, onde escuto os gritos e gemidos de coisas que não vejo. Escuto ruídos que me atormentam e sinto a dor forte no estomago que sei, foi causado pelo veneno que ingeri.
Mas quero Paz. Quero calma. E quero sair dessa situação. E não sei como, mas me dizem, e não sei quem, que vocês vão me ajudar. E eu preciso muito de ajuda. Eu preciso de orações.
Quero sair daquele lugar escuro e nojento, cheio de vermes e de barulhos que só me trazem amargura e dor.
Lembro sempre de minha Mãe. Não consigo mais ver ela e nem minha filha que vez por outra parece que escuto umas orações. Mas, preço perdão pela situação que trago, mas preciso de socorro!
Peço para mim, que na ansiedade de sair rápido dos sofrimentos da vida, causou maior sofrimento ainda para pessoas queridas.
Suas preces podem me auxiliar, assim falam as vozes que estão em minha volta. Não quero muito. Apenas a Paz que ainda não tive, no lugar em que parei.
Meu nome,
Marta
Que suas preces me ajudem.
Psicografado em 03 de março de 2018.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Lembranças de uma suicida


Foi um pensamento dantesco.
De repente me dei por si e estava numa dimensão que mal suportava a minha indignação.
Eu estava morta. Mas também via que não estava.
O ar era quente e fazia um vento forte. E recostado em um barranco de terra vermelha, não fazia a mínima ideia de como havia parado ali.
Sentada e plenamente acordada, era como se tivesse num filme apocalíptico.
Na minha frente outros corpos e pessoas se moviam... gemiam, choravam.
A cena era horrorosa.
Perguntei para um moribundo ao meu lado se ele sabia o como havia chegado ali. Mas seu olhar vazio me deixou com mais dúvidas.
Tudo era muito estranho. Pensei em diversas coisas para tentar entender. Mas toda a vez que buscava uma compreensão, minha cabeça doía e um processo de vertigem desencadeava náuseas e dores.
O vômito era quase constante.
Mas fui me recostando no barranco, enfiando as mãos na terra fofa e trazendo os torrões para cima de minha barriga... isso parecia acalmar as dores.
Muitas vezes gritei desesperadamente para tentar aplacar a dor. Mas a situação era piorada, pois dezenas de outras pessoas gritavam e me batiam. Queriam que eu me calasse.
Minhas pernas eu não sentia, mas via elas ali. Imóveis.
Me arrastava e machucava todo o meu corpo. E ninguém me ajudava.
Logo vi que a situação poderia levar dias e a única coisa que pensava era a de buscar acalmar minhas dores.
Não tinha comida e nem água. Tudo ali era ressequido ou estava estragado pela ação daquelas pessoas.
Quando uma breve chuva acontecia, brotos saiam de algumas fendas das pedras e eram logo devoradas.
A água que acumulava em algumas valas, e que assumiam a cor da ferrugem, se não evaporava logo, era sugada com tal voracidade que mais parecia estarem comendo pedra e terra.
A luz era tão bruxuleante que não permitia ver muito além.
O contraste era quando pessoas chegavam com malas de medicamentos. Elas traziam lanternas que iluminavam ao longe.
Eu gritei diversas vezes para aqueles homens. Mas toda vez que se dirigiram até mim, eles desapareciam, Foram diversas vezes que chamei eles em meu socorro, e quando já estava cansada e caindo em desmaio, via eles caminhando em minha direção. Cansada, caia em sono profundo e não via sequer eles chegarem até mim.
Mas essas eram as oportunidades que me traziam conforto. O sono reconfortava minha alma e em diversas dessas oportunidades pude sonhar.
O triste de tudo foi quando certa vez acordei e vi um frasco branco caído no chão, a poucos metros de mim. Pensei no medicamento que aqueles homens pudessem ter esquecido.
Rastejando até o frasco, queria um remédio para minhas dores; para dar fim a náusea e aos vômitos.
Quando peguei o frasco... li que se tratava de veneno. Minha lembrança logo me trouxe a imagem de eu levando o seu conteúdo até minha boca.
Joguei longe o frasco. Mas minha mente não parou mais de recordar o momento.
Caí em si. Estava morta! Sim! Eu me matei! Mas estava viva e a dor era maior ainda. Tudo centuplicado. E agora?
Quem dera voltar no tempo!
Como estariam meus filhos?
Deus! Me socorre!
Foram noites e noites de angústia e de pedidos de socorro.
Como estaria meus pais?
Tudo era tenebroso e muito, muito sofrido.
O frasco não desaparecia nunca. Por mais longe que lançava, poucas horas depois alguém trazia e sarcasticamente dizia para eu engolir mais um pouquinho.
Meu Deus!
Foram trinta anos que estive lá. Mais de vinte eu nem vi nada. Foram anos que fiquei como uma sonâmbula. Sem vontade própria.
Mãos divinas me acolheram um dia. Nunca vou esquecer. Quando vi os homens chegando, chamei por eles e disse para mim mesma que com a ajuda de Deus eu não cairia em sono.
Eles vieram. E numa maca senti um conforto que a muito não sentia.
Qualquer lugar era melhor que ali; esse era meu sentimento.
Colocada na maca e coberta com um lençol branco, senti que estava segura.
Saí de lá com a promessa de louvar a Deus.
Depois fiquei sabendo a data do meu resgate: foi no dia 22 de dezembro de 2002.
Carlota
Psicografado em 11 de fevereiro de 2013.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mansão dos Mortos


As brumas de fumaças espessas que bruxuleiam constantemente os derredores do Umbral parecem como vapores que saem das fendas da terra, trazendo vapores quentes. A sensação é, no entanto, um tanto arrepiante, pois o cheiro e o frio que elas exalam provocam calafrios e nos fazem correr em direção oposta.
Na imensidão do espaço escuro e esquecido de todos, fica a vívida certeza de que algo diferente poderia ter sido feita em tempo remoto, quando encarnado.
É! Não soube aproveitar bem a oportunidade assumida na Terra e as consequências que eu próprio designei para meu transcurso na Espiritualidade me calcinam a Alma, que chora e geme, ri e lastima a própria sina assumida.
Quisera saber dos detalhes vindouros e eu jamais teria cometido tantos desatinos; jamais teria atentado com tamanha perfídia contra a própria vida.
A distância da faca ao peito é diretamente proporcional a mil vezes ao tamanho dos espaços lúgubres e desconexos que a minha própria coragem engendrou. Tudo faz crer que os quarenta centímetros que separavam a adaga que perfurou meu peito correspondem a uma vastidão ininterrupta de quatrocentos quilômetros de regiões ora enlameadas, ora calcinadas pelo calor escaldante do deserto, outra ora impregnadas de umidade, cheiros fortes, gritos e gemidos apavorantes que castigam abruptamente a paciência e a tolerância.
O Umbral é uma extensa região inóspita que calcina as Almas, mas que ao mesmo tempo nos arranca, tal como o médico que extrai os carcinomas, todas as nossas paixões materiais e sentimentos de vaidade da carne. A arrogância, aqui nesse vale de lágrimas, de nada vale. A esperança é a única força a animar e em afirmar, no íntimo do coração perfurado e que vez por outra ainda sangra, que sairemos desse lugar desolador.
Aqui não sei contar a passagem do tempo e menos ainda se é dia, se já foi dia alguma vez, pois o ambiente está em permanente mutação abrupta da penumbra para a escuridão absoluta.
E quando vozes gemem ao longe, podemos ter um pouco de privacidade e certa tranquilidade para descansarmos da caminhada incessante para lugar algum. Pois quando se ouvem gritos e se percebem esfarrapados correndo desenfreadamente, tem-se que correr, e correr muito e com todas as forças possíveis, sem olhar para traz. Turbas de entidades nos achincalham com tal voracidade a ponto de nos deixar completamente esgotados e com extenuantes dores pelo corpo todo. Eles aparecem como imagens de figuras horripilantes, rostos desfigurados, e exalam uma atmosfera de ar gelado que ao nos envolver, faz tremer de frio o corpo inteiro.
Fugir, como percebes, nem sempre é possível. Essas turbas nos envolvem e nos carregam por longas regiões num cansativo joguete de intenções descabidas.
E quando se consegue alguma trégua da dor, do frio, da fome, da turba ensandecida, busco na oração o aconchego da esperança de que o dia de minha saída do Umbral já está próximo.
Malaquias
Psicografado em 18 de janeiro de 2012.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Luz para a Alma


Deus!
Ilumina todos os meus Irmãos na busca da Luz da Evolução e da Luz do Esclarecimento! No caminhar em direção ao bem, cada um de nós tem diversos percalços e diferentes situações a cumprir na sublime missão de nos impulsionar em tua direção, Pai Amado.
Muitos dos encarnados têm dificuldades em entender sobre tais caminhos sublimes. Mesmo os Irmãos que estão estudando sobre a Doutrina Espírita sofrem com os percalços do entendimento e do esclarecimento sobre a transmutação do Espírito; das forças evolutivas da Alma. Cabe a esses Irmãos buscar um pouco mais na paciência e no desapego da matéria, refazendo seus conhecimentos sobre o que deve ser absorvido, diante do conhecimento que traz o sublime caminhar pela matéria e a provação que faz cada um de nós em reelaborar nossos conhecimentos sobre o que devemos transformar em nossa Alma, para alcançar a transmigração pelos Mundos Espirituais.
Pai! Ilumina para que cada Irmão encarnado, que busca o saber e a caridade do bem e do amor, percorra o caminho mais adequado.
Se nesse caminho houver dores, que sejam na medida da provação que o lançará para os conhecimentos da pacificação. Que cada momento de dor e de sofrimento seja um degrau a mais na caminhada em direção ao progresso e na jornada da Paz.
Quando a dor for insuportável e carregada de lágrimas e de desespero, que possa o Irmão suportar com sua luz, Pai! Na glorificação do Amor! E que nosso Irmão seja capaz de discernir sobre as diferentes formas de crescermos em direção ao Alto, em tua direção Pai Amado!
Quando o desespero desejar fazer o Irmão lançar mão dos trejeitos que possam assumir subterfúgios desastrosos que afetem o aparelho como destino de eliminação, que outros Irmãos da Espiritualidade possam acudir e intuir os Irmãos que desejam a confirmação do ato maligno.
Faz Pai, que plêiades de Irmãos Maiores possam orientar, de alguma forma, os cúmplices desse ato abjeto e tresloucado.
Meus Irmãos! Todos estamos acompanhados dos mais diferentes e dos mais ignotos e também dos esclarecidos Irmãos da Espiritualidade.
Fica na Alma as marcas dos passados brutos que afetaram abruptamente a jornada terrena. Cada Alma, seja ela cúmplice ou a própria que acometeu ato insano contra si próprio, terá uma longa jornada de provas e de reparações para restabelecer o caminho novo e sublime da felicidade Espiritual. Cabem novas reencarnações para purificar o perispírito das ações ignotas e pérfidas.
A glória de nosso majestoso Pai Celestial sempre abrirá novas clareiras de Amor e de Fraternidade para que seus filhos jamais se percam. Construirá novas jornadas terrenas para que a Alma dilua suas dificuldades e que lhe possibilitem o esclarecimento em direção ao Alto. E nada melhor que um dia após o outro, pois todos eles são santificados pelo Pai!
Nas caminhadas e nas diversas experiências, novas provas de Amor e de Felicidade encherão o coração do Irmão, esteja ele em qualquer grau da evolução; esteja ele na fase germinal, entre vermes ou minúsculos seres materiais, ou esteja ele já na fase hominal.
A experiência estará sempre entregue em sua caminhada, acompanhada dos Irmãos abnegados do Amor.
Fica com Deus!
Irmão Onofre
Psicografado em 16 de janeiro de 2012.