Certa noite de novembro de
2015 o Mentor Bartolomeu e outras três entidades me conduziram para a
realização de um resgate.
Ocorreu que iríamos resgatar
uma entidade que já havia desencarnado a mais de dois anos, mas continuava
andando entre os encarnados como se ainda estivesse encarnada. Essa entidade
era o Josmar. Quando encarnado ele teve uma experiência de simplicidade e
humildade na matéria. Buscou sempre o trabalho para sustentar a família.
Todavia, a rudeza da vida lhe fez duvidar da vida após o desencarne. Em sua
consciência acreditava que, após a morte, acordaria em um lugar para descansar.
Entretanto, ao se desligar do corpo viu os encarnados que estava sempre
habituado a ver; tratava-se dos seus colegas de profissão.
Josmar estava tão dedicado
ao trabalho que não percebeu seu desencarne que ocorreu durante uma noite de
sono, e pela manhã foi direto para o trabalho; seguindo o mesmo roteiro de
todos os outros dias. Como voltava somente à noite para casa, quando chegou não
notou a ausência dos familiares e, depois de fazer as atividades costumeiras,
foi para o leito dormir.
Durante a noite os familiares
desencarnados e mentores de Josmar o acudiram, lhe chamando para ir com eles.
Entretanto, Josmar acreditava que tudo se tratava de um sonho ou ilusão. Esse
comportamento o “imantava” fortemente no plano terreno, fazendo os que lhe
acudiam ficarem invisíveis e mudos aos seus sentidos.
Foram diversas as tratativas
para despertar o irmão daquela situação, mas todas não surtiram efeito. Josmar
continuou resistente aos Espíritos que iam ao seu socorro.
Em novembro o Mentor
Bartolomeu se ofereceu para auxiliar no resgate e que utilizaria os préstimos
de um encarnado para facilitar a comunicação. Isso porque enquanto encarnado o
Espírito tem uma densidade maior de perispírito. Foi quando da permissão concedida
que o Mentor Bartolomeu me levou em desdobramento para a residência de Josmar.
Com as instruções e na companhia do Mentor Bartolomeu e de outras três
entidades, passei a bater na porta da residência de Josmar e chama-lo pelo nome.
Não demorou muito para ele
se fazer presente na porta da residência, questionando quem eu era e o que queria
naquela hora da madrugada. Foi quando lhe expliquei sobre a necessidade urgente
de ele encontrar sua mãe, que ela estava muito necessitada dele. Josmar logo se
contrapôs, dizendo que sua mãe já havia morrido e que eu estava batendo na
porta errada. Passei a dizer que não, que ela continuava viva e que estava
morando noutra cidade. Disse-lhe que a morte não existia e que se ele
permitisse uma mudança mínima de pensamento conseguiria ver muito mais, em
particular o que ele estava resistindo em ver.
Durante a conversa a equipe
espiritual iniciou a aplicação de luzes sobre o Josmar. Não demorou nada e ele
passou a ver que em minha cabeça tinha um filamento luminoso. Mas na mesma
medida que Josmar via mais, ele também ficava mais adormecido. Nesse instante
ele consegui ver as quatro entidades que estavam a sua volta e foi quando o
Mentor Bartolomeu assumiu a conversa.
Quando o resgatado assumiu
uma tez pálida, ele se prontificou a nos acompanhar. Suas forças pareciam ter
desaparecido e passou a demonstrar uma maior leveza e sonolência. Josmar estava
perdendo sua “imantação” com o plano encarnado.
Segurando nas mãos de
Josmar, as duas entidades espirituais que acompanhavam o resgate, passaram a
lhe auxiliar no caminhar. Foi quando iniciamos a caminhada em direção da
residência da mãe de Josmar, a Irmã Mirtes, que mora na Cidade Espiritual São
Batista. Essa cidade fica próxima da crosta terrestre e serve para uma
população de um milhão de almas.
[1ª parte]