Enquanto o caixão descia na
sepultura...
Eu olhava a tristeza dos que
por ali lotavam.
Em tempo fugidio, diversas
lembranças se faziam...
Diante dos meus olhos, luzes
e sombras...
E a consciência, quase que
numa dormência,
Se refestelava com as
peripécias da infância.
Quantos risos! Quantos
choros! Quantos colos!
Curativos apenas na
gravidade.
A vida tem jornadas.
E quantas são as que já
passei?
Mas, e as que ainda terei de
passar?
És bela experiência de ir e
voltar.
Desde que se caminhe conforme
o andar...
Pisando pelos trilhos que me
foram indicados...
Claro que descarrilando
algumas vezes!
A dor é menor quando
retornar.
E me vi ali... no caixão.
Mas também me vejo aqui...
Ladeado por aqueles que me
amam!
No caixão, as flores!
E no ar; perfumes a me
encantar!
Seguir... para depois
voltar.
São as voltas que a vida dá.
Irmão Atanagildo
Psicografado em 17 de
setembro de 2016.