quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Balanço anual das atividades Espirituais


No dia 24 de dezembro de 2011, como é de praxe, acontece o balanço das atividades espirituais desenvolvidas nas Casas Espíritas. Na região do Brasil, tal atividade ocorre na Cidade Espiritual Vida Nova, localizada sobre Manaus e onde está o Observatório Espiritual para o Desenvolvimento e Evolução Cristã.
O encontro reúne entidades mentoras e trabalhadores diletos da Espiritualidade, onde apresentam os resultados alcançados, os trabalhos que merecem ser retomados com o auxílio zeloso do Alto – devido alguns contratempos originados no conflito de interesses entre encarnados e a intromissão de desencarnados afeitos à vaidade dos títulos ou posições –, bem como projetam novos complexos de trabalhos destinados ao aprofundamento da Moral de Cristo e a iluminação no campo do conhecimento aos novos visionários da Espiritualidade.
O encontro também contou com a participação de Irmãos encarnados que auxiliam anonimamente nos trabalhos Espirituais. Tais Irmãos estão entre aqueles que nossos queridos encarnados na Terra classificam como Extraterrestres. A participação desses Irmãos se dá por bilocação ou desdobramento.
Na oportunidade das projeções para 2012, ficou estabelecido o aumento das atividades de comunicação, com vistas a determinados conhecimentos, e o envolvimento de maior número de trabalhadores encarnados junto aos trabalhos de orientação e evangelização.
Entidades da Espiritualidade Superior se fizeram presente ao final do encontro, momentos antes da oração de encerramento, e conclamaram para os trabalhos junto aos desencarnes em massa, decorrentes das ações humanas e das confluências da crosta terrestre.
Essas entidades da Espiritualidade Superior convidaram todos os presentes a orar em uníssono. O ambiente do auditório foi tomado por uma cintilante cor violeta e uma impressionante melodia que arrebatou em vibração a todos. Em seguida, uma luz branca passou a tomar conta de todo o ambiente, num processo de alvura, de onde se enxergavam milhares de pequenas flores descendo do teto sobre os presentes, na mesma medida em que se materializava um coração azul anil, pontilhado por pequeninas estrelas douradas, subindo em direção ao teto que se abria para uma dimensão mais sutil da Espiritualidade.
Que a Paz esteja no coração de todos!” foi o chamamento final do Anjo que conduziu a oração e esse também é meu mais sincero desejo para você que lê esta mensagem.
Irmão Aníbal
Mensagem recebida em 27 de dezembro de 2011.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Socorro Espiritual


A função de toda a Casa Espírita que se dedica ao bem, em fazer o bem, é ter como missão principal a ajuda através do Evangelho; sua missão é em prestar o Socorro Espiritual. Assim, sua principal providência está em formar um conjunto de trabalhadores dedicados e espiritualizados minimamente nas palavras do Mestre Jesus. Esses também devem conhecer os fundamentos do Espiritismo: mas não necessariamente em sua ciência, mas primordialmente em sua religião para que possam estabelecer a formosa ligação com nosso Pai Amado.
A finalidade da Casa é concretizar o caminho de luz para todos aqueles que se socorrem em tal universo Espiritual. A Casa Espírita transforma a fundamentação filosófica do Irmão que pede socorro, encaminhando-o a Deus e a Jesus Cristo.
O Socorro Espiritual se faz ao decantar no coração sofrido um facho de luz que o conduz para um esclarecimento sobre sua condição e sobre suas necessidades evolutivas. O Socorro Espiritual é um emaranhado de esforços a envolver encarnados e desencarnados; a envolver trabalhadores encarnados que como frutos de uma figueira, farão a partitura necessária para o timbre das Equipes Espirituais que prontamente se deslocarão em amparo e atenção socorrista.
A medicina evangélica poderá ser o primeiro e principal lenitivo divino a transformar o coração que busca consolo, que busca luz, que busca esclarecimento de seus sofrimentos e de suas angustias; que lhe parecem ainda pesados problemas terrenos amarrados em sua Alma.
O Socorro Espiritual da Casa Espírita será como a chave a abrir os cadeados que juntam as correntes aos problemas da Alma.
Convém a preparação consciente dos trabalhadores terrenos quando se encaminham para as atividades santificantes da Casa Espírita: estar de Alma leve, com o coração radioso e repleto de palavras do Evangelho. Assim o trabalhador estará comprometido e completo para servir como partitura das atividades no Socorro Espiritual aos necessitados e desamparados que adentrarem no ambiente Espiritual.
A evangelização inicia, assim, com os trabalhos encarnados, na Casa Espírita. Mas sua continuidade e seu prolongamento se darão com os trabalhos das Equipes Espirituais socorristas, que conduzirão o Espírito necessitado para as branduras de Amor, Paz e Fraternidade em alguma Colônia ou Cidade da Espiritualidade que acolherá a entidade encaminhada num ambiente de prosperidade na evangelização.
Que Deus ilumine a todos, hoje e sempre!
Irmão Aníbal
Psicografado em 15 de dezembro de 2011.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O bem querer


Bendito são os lábios que só fazem proferir palavras de louvor ao Pai Celestial.
Bendito são os corações que se enternecem pelo sofrimento alheio e se fazem compadecidos ao aquecer em oração o coração que sofre.
Bendito é o amor que conquista mesmo aqueles que lhe querem como inimigo.
Roga ao Pai Amado o desprendimento diante da ofensa.
Busca em teu íntimo a complacência e fá-la crescer como o carvalho; firme e forte.
Ilumina tua fronte com a certeza de que muitos oram por ti.
Lança mão das coisas materiais que só servirão para acumular pó e te farão escravo acorrentado às necessidades passageiras.
Conserva tua Alma de toda a arrogância que possas praticar contra teus Irmãos menores.
Sacrifica um pouco das tuas horas por aqueles que necessitam das tuas forças ou da tua palavra.
Faz dos dias santificados o teu clarão de paz, ao chamar pelos que já estão na Espiritualidade por ti a olhar.
Confia na firmeza do teu pensamento ao Alto, pois sempre te olham aqueles que te amam ou amaram em outras vidas.
Segue no caminho reto do bem; e mesmo que tropeces, ergue a cabeça, pois sempre tens a oportunidade de recomeçar.
Santifica o dia que nasce, pois nele está a esperança de sua evolução.
Progride com paciência, pois com ela tudo se pode; até o impossível.
Faz de tua jornada terrena uma oportunidade de transformar todos em teus grandes amigos.
Conquista com o amor aqueles que te espezinharam ou magoaram de alguma maneira; certamente eles merecem teu amor, mas não estavam preparados ou não entenderam em como te receber.
Compele ao bem todos os que te procurarem.
E faz de toda e qualquer oportunidade, a bendita vocação de louvar a Deus e àqueles que te encontram pelas estradas da vida.
Irmão Chico
Psicografado em 14 de dezembro de 2011.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Região umbralina na Ásia


Na madrugada do dia 04 de dezembro de 2011, fui levado pelo Mentor Bartolomeu até uma região umbralina localizada em alguma parte da Ásia. Pelas informações do Mentor, a referida região está localizada nas proximidades etéreas de uma cidade da Índia, que faz fronteira com o Paquistão.
Quando chegamos numa determinada localidade da região umbralina, notei que o ambiente todo era completamente seco, dando a impressão de estarmos atravessando um deserto. A luminosidade do ambiente era baixa, e parecia que estávamos andando abaixo de uma cortina de areia, que impedia a luminosidade do Sol. A luz do ambiente era de um tom alaranjado.
O chão era arenoso e seco; era possível perceber uma película de pó na cor de tijolo a cobrir o chão.
Caminhamos por alguns momentos, até perceber que adentramos em uma cidade que dava a impressão de estar abandonada; isso porque o estado de tudo era muito precário. É como se aquela cidade estivesse em completa ruína, pois todas as casas (que mais se pareciam com cabanas) haviam sido destruídas e só parte delas continuava de pé.
No entanto, a cidade não estava abandonada. Gritos e gemidos de dor passaram a ser ouvidos a todo o momento. Frases de ameaça também eram ouvidas. Diante da minha surpresa, Bartolomeu esclareceu.
-Charles! Não tenhas receio do que veremos. Muitos dos que estão aqui não nos percebem, e apenas alguns outros poderão lhe perceber. Mas você pode ficar tranquilo, pois logo chegará um guia para nos conduzir até a outra extremidade da região. Vamos descer até a área onde estão Irmãos em estado de sofrimento por não aceitarem a existência da igualdade dos Espíritos perante o Pai Celestial. São Irmãos que ainda em seu estágio evolutivo, discordam das oportunidades iguais para todos no caminho da evolução Espiritual. Comportam-se assim porque pressentem que terão de encarnar entre aqueles grupos que ele desconsiderava perante o Pai Celestial. Desconsiderava-os como Irmãos e os comparava ao menor dos seres e indignos de ocuparem os mesmos espaços que o deles durante a encarnação na Terra.
Enquanto Bartolomeu explicava, fomos andando por uma rua toda empoeirada. Não era difícil ver os vultos correndo de um lado ao outro, como se estivessem fugindo de alguma coisa que eu não consegui ver. Alguns passavam aos gritos. Outros apenas corriam. Enquanto que outros estavam parados junto de janelas destruídas, contemplando o vazio; era como se estivessem olhando para suas lembranças na Terra.
Logo chegou uma entidade que cumprimentou-nos.
-Olá meus Irmãos! Estou feliz pela visita! Esse não é o local mais apropriado para nosso encontro, mas estamos diante de Irmãos nossos que necessitam de toda a nossa atenção e amparo. Irmão Bartolomeu, permita-me apresentar ao nosso Irmão Charles. Sou o Irmão Al-Kazim. Estou aqui para lhe conduzir até outra região onde outros Irmãos, em estágio de purgação de suas vaidades e egoísmos estão a negar a bondade de Deus. Irmão Charles! Fique a vontade para perguntar o que desejares, pois sabemos do trabalho que está desenvolvendo em conjunto com a equipe no nosso Irmão Bartolomeu. Estou orando por vocês já faz alguns dias. Pedindo a luz necessária para podermos aproveitar suas potencialidades a fim de levar aos Irmãos encarnados, o conhecimento de tais realidades. Nesse momento em que congraçamos nossos pensamentos, sob o louvor de Deus, que nosso Mestre Jesus lhes iluminem hoje e sempre!
Numa demonstração de carinho, que me fez volitar alguns centímetros do chão, agradeci e desejei que Deus também iluminasse o coração afetuoso do Irmão Al-Kazim.
Bartolomeu teceu breve elogio e agradeceu toda a atenção que nosso Irmão estava depositando, não somente em nós, mas para todos aqueles Irmãos que ali estavam habitando temporariamente.
Perguntei para Al-Kazim sobre seu trabalho na região.
-Sou um dos Irmãos trabalhadores que acompanham os que aqui se encontram. Nosso trabalho é buscar acelerar a saída dos que aqui se encontram. São muitas as vezes que nos aproximamos de diversos de nosso Irmão que aqui sofrem, para lhes intuir em pensamentos mais nobres. Conversamos, sempre que a oportunidade surge, indicando o caminho do bem e o pensamento na misericórdia divina. Buscamos demover as ideias que ainda trazem do aprendizado na Terra. Muitos aqui nesse lado onde nos encontramos, são homicidas e ainda carregam grande ódio no coração e desejo cego de vingança.
No que Al-Kazim terminou de falar, ouvimos gritos de ameaça bem à nossa frente, no interior de algo que parecia uma choupana, sem as paredes da frente.
Um homem apontava as mãos para outro, lhe ameaçando de morte. Paramos naquele momento. Al-Kazim pediu para aguardarmos, enquanto caminhou na direção daqueles dois. O homem que ameaçava com as mãos, parecia estar segurando uma arma de fogo. O outro gritava dizendo que já tinha matado toda a família do oponente e que agora não tinha mais medo de morrer; e dizia com ar de sarcasmo:
-Atira! Atira! Já matei tua esposa e filha. Já vinguei a morte do meu pai. Atira se tiver coragem!
Al-Kazim transformou-se naquele instante, assumindo a forma de um ancião, e se colocou entre os dois.
Começaram, então, a xingar Al-Kazim, que continuou imóvel entre os dois, apenas olhando para aquele que fazia gestos de estar segurando uma arma e ameaçando atirar no outro. Depois de algum tempo, os xingamentos diminuíram e Al-Kazim começou a falar com o homem que ameaçava:
-Então! Agora que você não atirou, agora que você decidiu não fazer uso da arma, quem sabe você a entrega para mim para que a mesma tenha o fim que merece. Você não vai fazer mais uso dela. Já faz dias que vocês dois chegam nesses termos e você nega puxar o gatilho. Quem sabe agora você deixa essa vingança de lado, pois o que está feito... está feito! Quanto a você Mohamed, busque pensar mais em Deus. Volte a orar como a Anastásia te ensinou. E não volte mais para esse lugar que te faz lembrar coisas desagradáveis.
Fato é que Mohamed saiu em disparada logo em seguida. Enquanto que o outro negou em entregar a suposta arma que ele achava que segurava.
Al-Kazim conversou por mais alguns instantes com ele. Acho que ficamos uns vinte minutos ouvindo o diálogo. Em seguida veio em nossa direção, assumindo a forma de antes.
-Irmãos! Bartolomeu e Charles! Não poderia ter perdido a oportunidade do atendimento. Certamente que tal acontecimento está nos desígnios de Deus. Charles. Tínhamos pensado em levar nosso Irmão até a outra área, mas agora estamos com o tempo comprometido.
Bartolomeu logo intercedeu.
-Irmão Al-Kazim! A oportunidade do seu trabalho foi de grande valia para nosso Irmão Charles. Situações assim não ocorrem a todo o momento e este foi um excelente aprendizado. Mostrando o quanto os Irmãos são capazes de carregar na Alma os desafetos e situações que lhes enrijecessem a consciência para o bem. Mas vamos até onde o tempo permitir...
Bartolomeu não chegou a concluir a frase, e logo se aproximou de nós o homem com quem Al-Kazim conversou.
-Você aí (dirigindo a fala para Al-Kazim). Não viu o senhor de idade?
Al-Kazim perguntou:
-Você procura aquele senhor que aparece por aqui falando de Deus e de perdão?
-Sim! Esse mesmo.
-Estou indo ao encontro dele, você deseja alguma coisa?
-Quero entregar minha arma para ele.
-Pois entregue para mim que eu mesmo levo para ele.
-De jeito nenhum. Eu mesmo quero entregar. Não quero que ela caia em mãos erradas.
-Então aguarde apenas um instante aqui mesmo. Vou chamá-lo até aqui.
O Irmão Al-Kazim se fez invisível para aquela entidade. Ela também, em nenhum momento enxergou ou percebeu a nossa presença; nem a minha e nem a de Bartolomeu.
Em seguida, Al-Kazim se posicionou ao lado do homem, já assumindo a forma de um ancião.
-Mustafá! Disseram que desejas falar comigo. Do que se trata?
-Sim! Quero lhe entregar minha arma.
O homem estendeu a mão em direção de Al-Kazim, como se estivesse segurando algo.
Al-Kazim fez o mesmo gesto, como se estivesse pegando algo, e disse:
-Muito bem, Mustafá! Agora peço que procure um lugar calmo e inicie a orar pela sua esposa e pela sua filha. Peça a Deus que as ilumine com muito amor. Peça, em suas orações, que Deus tenha piedade daquele que as matou. Ore com muita certeza na bondade de Deus. Para que todos estejam protegidos e amparados pela luz divina: sua esposa, sua filha e Mohamed. Logo a Anastásia vai lhe encontrar para te auxiliar nas orações. Agora vai! E acalma teu coração. Um grande passo destes hoje. Estou muito feliz por você.
Mustafá se afastou com um olhar ainda de resistência. Mas disse que estaria indo procurar um templo para orar pela esposa e filha assassinadas.
Bartolomeu comentou que o coração de Mustafá começara a se desfazer de amarras materiais de ódio e vingança; e complementou:
-Mas ainda levará algum tempo para Mustafá se desfazer do ódio completo contra Mohamed. Ambos se afastarão agora. Seguirão caminhos diferentes em direção ao esclarecimento. Mas quando o momento chegar, quando estiverem com consciência, se encontrarão na Espiritualidade para juntos encaminharem a próxima experiência na Terra. Charles! O que vimos hoje é uma dádiva. As circunstâncias nos oportunizaram momentos de encaminhamento espiritual. Não temos mais tempo hábil para descermos até a outra extremidade da região. Creio ser possível chegarmos ao máximo na divisa dela.
Al-Kazim, já assumindo sua aparência pontuou:
-Vamos levar nosso Irmão Charles para conhecer a fronteira que separa essas duas áreas da região. Mesmo tendo pouco tempo, vamos sem demora.
Enquanto volitávamos por decidas em declives acentuados, passei a perceber o quanto o ambiente ia apresentando formas mais desgastadas. A umidade também passou a dar uma forte impressão de desconforto. O chão era de lama coberta por musgo. Logo chegamos diante de barrancos enlameados, que mais pareciam trincheiras. Passamos por entre estreitas aberturas que davam caminho a corredores por entre os barracos. Não vi entidades ali. Mas a sensação naqueles corredores, com barrancos que deviam ter em torno de dois ou três metros, era de estar caminhando dentro de sepulturas abertas na terra, em uma região pantanosa.
Ao passarmos por essa área dos barrancos, volitamos por um extenso lago de água escura e viscosa. Ao chegarmos à outra margem Al-Kazim comentou:
-Irmão Charles! Passamos pela fronteira. Toda essa área de valos profundos e de pântano aquoso é a fronteira que divisa as regiões. Irmãos que estão aqui, não conseguem passar pela fronteira, pois se perdem no labirinto dos valos e acabam sempre retornando para a área pantanosa. Estamos sob o tempo. Charles! Agora temos de retornar, pois aqui já começa a escurecer e em sua cidade já amanhece.
A paisagem que estava na minha frente era de extrema vastidão de arvores ressequidas e mortas, com lama por toda a parte e fumaças em tom escuro concentradas em alguns pontos. Logo a escuridão tomou conta de toda a região. Como se a luz, que já era fraca, apagasse de repente.
Bartolomeu orientou para retornarmos para antes da fronteira. Assim meu retorno não se daria sob as condições umbralinas da qual estávamos saindo.
Volitamos sobre o pântano e sobre os valos, até iniciarmos, já além da fronteira, a subir o caminho em direção a cidade.
Bartolomeu ponderou então que não havia mais tempo. Meu retorno deveria ser imediato. E colocando a mão sobre minha cabeça, disse:
-Retorne agora, pois o despertador está tocando.
Eram sete horas de domingo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Confia sempre!


Apesar das mudanças que uma Casa Espírita pode apresentar na transitoriedade das coisas naturais e humanas, sempre chegará o momento da renovação e do reconforto. Momento em que as ordens internas, animando os diretores e dirigentes, conseguirão o equilíbrio emocional e espiritual e colocarão na linha reta do bem os trabalhos benfazejos da Doutrina.
Confia que cada trabalhador terá condições de contemplar os trabalhos de cada momento e seguir no caminho em direção do amor e do afeto ao próximo e aos irmãos mais necessitados da espiritualidade; irmãos que acompanham os encarnados, ou mesmo os irmãos da espiritualidade que chegam trazidos pelo sentimento de procura e de socorro espiritual.
Haverá o momento de dedicação exclusiva aos trabalhos de caridade espiritual e de bondade e dedicação aos homens, de cada uma das necessidades, sejam elas cármicas ou apenas momentâneas.
Tudo se acomodará com o passar do tempo. E o equilíbrio se afirmará com tal força que tudo será como o Sol radioso do horizonte em flor.
Irmão Benjamim
Psicografado em 28 de novembro de 2011.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Carta ao Dr. Bezerra


Dr. Bezerra,
Quando te conheci, estava angustiado pela dor que me consumia a alma. A doença havia me tomado parte do corpo físico e o sofrimento era constante. Porém, com sua intervenção, ainda no Centro Espírita, sob o amparo de preciosos médiuns que o serviam de instrumento, você passou a transformar a dor em esperança de renovação. Daquele dia em diante, minha fé redobrou as esperanças quanto as potencialidades de nossos Irmãos. A corrente que se forma com as mentes que desejam o bem é de tal magnitude, que só pude conhecer quando cheguei na Espiritualidade.
Confesso que fiquei muito impressionado com todas as grandiosidades que são trazidas à Terra, aos médiuns de cada Casa que serve de abrigo e de reconforto a todos que buscam o aconchego de nosso Pai eterno.
Dr. Bezerra, a sua intervenção cirúrgica aconteceu vinte e cinco anos antes do meu desencarne. Sem o seu trabalho, teria chegado antes na Espiritualidade e deixado de participar em diversas atividades dedicadas ao próximo. Certamente teria deixado de angariar diversos bônus para o meu aprimoramento e minha passagem teria ocorrido em condições que nem gosto muito de imaginar.
Mas foi sua luz que abriu caminho para minha completa melhora, física e espiritual. Meu voto de gratidão para você foi o de eu mergulhar como trabalhador assíduo nas atividades da Casa Espírita que serviu como pronto-socorro no momento que mais necessitei.
Confesso que sua influência mexeu com minha maneira de ver e de compreender sobre o mundo onde todos nós vivemos; seja ele material ou Espiritual.
Vi que a Terra, assim como os diversos mundos onde a carne ainda serve como veículo para o nosso aprendizado, para o aprendizado de todos os Espíritos, é apenas um breve momento na nossa jornada em direção ao Pai eterno.
Ainda não tive a oportunidade de lhe transmitir pessoalmente o meu mais sincero agradecimento. Cheguei na espiritualidade a pouco mais de cinco meses e as constantes atividades nos impossibilitam divagar em amenidades que podem comprometer as atividades junto aos Irmãos que mais necessitam. De outra parte, sei, ainda, que não estou em condições tão aprimoradas para poder conversar com você sem a intervenção medianímica de Irmãos maiores da Espiritualidade.
Todavia, em meus pensamentos sei que já conversamos muito e mesmo assim senti a necessidade de lhe comunicar por carta o meu agradecimento. Mesmo estando na Espiritualidade, desejei deixar o registro de meu agradecimento pelas mãos de um médium na Terra. Fato que quando estava encarnado não o fizera. Faço agora o registro e rogo ao Pai eterno que derrame sobre você, meu querido Irmão Bezerra, e sobre toda sua equipe, as bençãos de amor e de paz. Siga seu trabalho de abnegação. Espero, um dia, poder estar em condições de acompanhar seus trabalhos, fazendo parte de sua equipe.
Aos Irmãos que labutam pelos que mais necessitam, nosso Irmão Dr. Bezerra continua sendo nosso esteio que deve ser seguido e copiado.
Mesmo aos encarnados, nosso Dr. Bezerra continua sendo o exemplo vivo de dedicação e de desprendimento.
Que a Paz de nosso Pai eterno encha o coração de todos.
Irmão Cristiano de Ataíde.
Psicografado de 12 de novembro de 2011.

sábado, 5 de novembro de 2011

Primeiro Ano do Blog


Meus queridos Irmãos e Irmãs!
Que nosso Pai Celestial lhes ilumine o coração com muito Amor, Paz e Fraternidade!
Trago hoje o abraço da Espiritualidade.
Hoje completamos o primeiro ano de atividades reveladoras sobre a vida na Espiritualidade.
Buscamos, ao longo desses doze meses, deixar os Irmãos e Irmãs da Terra, encarnados, mais ao par daquilo que ocorre no Mundo Espiritual.
Trouxemos, pelo nosso Irmão Charles, os conhecimentos precisos sobre diversas realidades, muitas das quais os encarnados encontrarão quando chegar o momento do desprendimento da matéria.
De outra parte, diversos outros Espíritos, mensageiros do bem e da caridade, se fizeram presentes pelas mãos do médium e revelaram suas próprias informações sobre o mundo gigantesco que aguarda a todos. Mundo Espiritual, esse, que necessita de muitos trabalhadores abnegados ao bem, e que sem dúvidas, vocês que acompanham os textos aqui postados, estão aptos a servirem como trabalhadores de nosso Pai Celestial.
Conheceram sobre cidades Espirituais que ainda não foram trazidas por outros Irmãos da Espiritualidade, mas em breve terão mais informações para contemplar a curiosidade relativa aos afazeres Espirituais e às condições que esses podem se revelar a cada um dos servidores e servidoras de nosso Pai Celestial.
Aqui fica o nosso afetuoso abraço! Que se estenda sobre cada um o mais sublime Amor de nosso Pai Celestial.
Convidamos para continuarem a buscar os conhecimentos esclarecedores sobre a caminhada que cada qual deve fazer na Terra, sem esquecer de que essa caminhada terrena tem a sua continuidade na Espiritualidade.
Convém destacar a importância de cada pensamento elevado ao Alto. Quando se eleva o pensamento, durante as leituras em textos dedicados a esclarecer e ao bem, diversos Espíritos Superiores se aproximam da pessoa que lê e estabelecem com ela um breve diálogo. Saibam que desses encontros muitos esclarecimentos oportunos foram dirigidos em acordo com as necessidades de cada qual que lia e pensava sobre o que estava escrito. Mentores e Mentoras se aproximaram e indicaram novos passos a serem dados.
Sigamos nesse mesmo caminho, pois dia chegará em que essas situações estarão diante de cada qual. Como uma cortina que se abre e revela o que está por detrás.
Meus Irmãos e minhas Irmãs, sempre que a angustia, a tristeza ou qualquer outra vibração ou pensamento menos adequado lhe perturbar, recorre aos vossos Mentores e Mentoras! Tenham fé, pois estamos sempre acompanhando cada passo e penamento de vocês.
Fiquem com Deus!
Irmão Bartolomeu
Psicografado em 05 de novembro de 2011.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dia de Oração

O dia consagrado aos mortos, ou seja, aqueles que já se encontram no Plano Espiritual, pois o que morre é somente a carne em seu processo de renovação, é oportuno para se reverenciar a Deus pelo seu desprendimento paterno ao permitir a chegada de grandes caravanas de Espíritos. Todos eles chegam para visitar seus entes queridos que ainda estão sofrendo e labutando nos afazeres terrenos, no aprendizado costumeiro.
Também ocorrem resgates nesse dia. O mesmo não se dá como em outros trabalhos de incursão das Equipes Socorristas. No dia consagrado à oração aos que já partiram, costuma abrir extensas faixas de luz em vibração, possibilitando para aqueles Espíritos que ainda vagam entre os encarnados, enxergar muitos dos seus conhecidos que o precederam no desencarne.
São encontros onde o Espírito se surpreende quando as duplas ou mais de conhecidos o encontram entre os encarnados. Esse, diante de ligeira perturbação, é acolhido e resgatado como aquele que apenas deixou de pegar o ônibus da excursão. Muitos não deixam de externar suas emoções e as lágrimas possibilitam a santificação de momento sublime.
O abraço afetuoso entre Irmãos traduz o amor de Deus aos que são resgatados nesse dia santificado.
Aos encarnados, a saudade daqueles que já partiram para a Espiritualidade se reporta aos momentos de lembranças agradáveis onde a tristeza pela separação representa, muitas vezes, o amor que se eterniza diante do sublime tempo que por alguns instantes se esvanece diante da oração e recordação.
Muitos Espíritos acompanham de perto, bem próximos, quase que abraçados ao encarnado que eleva o pensamento em oração, traduzindo em vibrações otimistas o encontro afetuoso de Almas que se querem bem. Orações coletivas criam campos vibratórios que afastam qualquer sentimento de malefício aos Espíritos.
A iluminação fluídica dos cemitérios se refaz e transforma o ar numa excelente atmosfera onde flores materiais se misturam com Flores Espirituais trazidas pelos diversos Espíritos. As cores mais lindas são formadas nas galerias e sobre os túmulos, transformando o ambiente num belo jardim, num campo de flores paradisíacas.
Alguns encarnados conseguem perceber, em breves imagens fugidias, o brilho que se faz diante dos raios do Sol. São momentos assim que nos fazem, a todos nós, agradecer ao Pai Celestial a dádiva de termos o Amor no coração e termo, também, entes queridos que vibram seus pensamentos em rogativas de Fraternidade.
Os encarnados orando, são como anjos para Espíritos que ainda buscam se desfazer das amarras terrenas. No transcurso da vida, as orações estabelecem ensejos maravilhosos, propiciando o resgate e também o desfazimento de perturbações quanto à situação em que se encontra o desencarnado vivendo entre encarnados.
Bem dito é o nosso Pai amado ao enviar as caravanas de Espíritos Superiores, precursores dos estimulantes propósitos de oração ao próximo. Localizar corações ainda presos aos ditames da matéria, mesmo estando desencarnados e coabitando com os encarnados, é um dos princípios das Equipes de Resgates do Coração de Maria. Conduzir Irmãos nossos para hospitais ou para recantos onde poderão recobrar sua caminhada espiritual, constitui uma das principais tarefas do dia destinado a consagrar os que já partiram para a Espiritualidade.
Meus queridos Irmãos e Irmãs terrenos. Encarnados de todos os dias, a oração continua sendo o mais importante lenitivo de Amor e o elo que mais aproxima as Almas. Fazei orações sempre que desejarem. Façam oração, em suas mentes, pelos que vocês lembrarem, mesmo aos encarnados. Talvez a lembrança seja um chamamento de socorro ou apenas uma lembrança amorosa que merece ser coroada pela oração.
Irmão Aníbal
Psicografado em 02 de novembro de 2011.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para desenvolver a incorporação


Meus queridos Irmãos! Minhas queridas Irmãs!
Os procedimentos de treinamento envolvendo os processos de incorporação estão indelevelmente condicionados às condições do perispírito dos encarnados. Nem todos estão predispostos a essa faculdade mediúnica. Condiz ainda fazer referência aos procedimentos de desenvolvimento da consciência para estabelecer as devidas conexões intelectivas a fim de transmitir as exatas sensações do Espírito que se manifesta.
Assim, não queremos dizer que o desenvolvimento de tal faculdade esteja restrita a um grupo de encarnados. Estamos antes afirmando que para alguns tal desprendimento e facilidade estão mais afins para com os Espíritos que assim preferem se manifestar ou mesmo necessitam dessa condição para serem encaminhados.
Entretanto, estamos aqui para mostrar alguns procedimentos que condicionam o perispírito ao acoplamento medianímico para a incorporação.
Quando o médium desejar desenvolver a capacidade de incorporação, convém que estabeleça um rigoroso processo de disciplina alimentar, evitando, nos dias de trabalho mediúnico, o consumo de alimentos e bebidas de teores fortes, sejam esses relativos aos condimentos ou mesmo ao álcool. Isso se deve ao fato dos Espíritos terem os sentidos muito mais aflorados do que quando encarnados. Assim, os condimentos muito fortes, oriundos da alimentação ou o álcool, podem causar deveras constrangimentos nos Espíritos que desejam ou necessitam incorporar.
De outra parte, convém ao médium desenvolver um equilíbrio moral a fim de não corromper com fluidos pesados o ambiente mediunizado. Quando o médium não está bem disposto moralmente, devido às perturbações da vida diária, convém evitar a atividade da incorporação para também não constranger o Espírito que se aproxima para a acoplagem perispirítica. Essa condição moral perturbada pode comprometer e embaraçar ainda mais o Espírito que necessita da incorporação para ser orientado, pois esse Irmão poderá levar miasmas do pensamento do médium, da mesma forma que o médium sente as dores, pensamentos e sofrimento desses Irmãos necessitados.
A incorporação, assim, exige três procedimentos a princípio:
-Alimentação regrada nos dias de trabalho mediúnico; com pouca gordura, pimentas e temperos exagerados;
-Evitar o consumo de bebidas contendo álcool no dia dedicado às atividades;
-Manter o equilíbrio Moral e Espiritual.
Quando os trabalhos medianímicos iniciam, os Grupos de Trabalhadores da Espiritualidade conduzem para próximo do Irmão encarnado o Espírito necessitado para o procedimento da incorporação. Nesse momento é estabelecido uma acoplagem perispirítica entre o Médium e o Espírito; uma nuvem fluídica passa a envolver o Médium e o Espírito. Como o Espírito traz maiores sensações referentes aos seus sentimentos, dores, angústias, sensações de frio, ódio e raiva, convém ao Médium saber dar a devida dosagem das palavras, estabelecendo o primeiro elemento disciplinador.
Compete ao Médium executante da incorporação o primeiro diagnóstico da condição do Espírito necessitado. Por isso os três procedimentos relativos à alimentação, bebida e Moral, pois o perispírito do Médium dará os primeiros momentos de conforto ao Espírito, fazendo assim uma importante e imprescindível Caridade Espiritual, pois possibilitará um caminho de luz ao Irmão necessitado.
Estabelecida a acoplagem ou a incorporação, o Médium proporcionará, de acordo com as condições Morais, a comunicação com o Médium que fará a evangelização e encaminhamento do Espírito.
Aos que desejarem incorporar e também desejarem aprender e desenvolver essa faculdade convém desenvolverem a disciplina relativa à alimentação, bebida e Moral, e durante os Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita, buscar sentir as sensações a que são acometidos durante os estudos. Isso porque durante os Estudos as equipes exercem atividades diversas para desenvolverem as faculdades mediúnicas, isso sem que muitos percebam o que ocorre, e uma delas constitui na aproximação de Espíritos que necessitam de orientação.
Assim, podem ocorrer que os alunos durante o Estudo Sistematizado sintam e percebam sensações que não são próprias ou mesmo que causem alguma perturbação passageira. Busquem perceber essas sensações e identificar as causas, pois essas estão fora do Médium e constituem momentos rápidos onde as sensações do Espírito foram sentidas pelo perispírito do aluno. Quando isso ocorrer, concentrem-se e identifiquem a sensação. E não tenham medo algum, pois as equipes Espirituais estão lhes ensinando a sentir as faculdades pelo perispírito, estabelecendo o exercício entre o perispírito e a Alma do Médium e, através de fluidos magnéticos, estabelecendo laços de envolvimento entre o Médium e o Espírito necessitado da Caridade Espiritual.
Fiquem com Deus!
Irmão Bartolomeu
Psicografado em 24 de outubro de 2011.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Prolongamentos Espirituais dos Centros


Meus amados!
Muito tenho me debatido quanto aos afazeres terrenos e aos afazeres Espirituais.
Os trabalhos não cessam e são muitos os necessitados que merecem o nosso socorro imediato.
Aos Irmãos médiuns terrenos, fica o nosso mais saudoso abraço e afetuoso amor pelo desprendimento e dedicação, seja no apoio dado durante as atividades no centro, seja emprestando o aparelho para servir como veículo de comunicação entre nós e vós; entre o mundo terreno e o mundo Espiritual.
Quero deixar meu afetuoso abraço a todos aqueles que deixei na Terra após meu desencarne. Na Espiritualidade, fui acolhido por saudosos Irmãos de outros tempos e que me precederam na despedida do corpo físico. Aqui nós não temos tantos problemas quanto aos aspectos da matéria. Pelo contrário, nosso trabalho se destina em impor nossas necessidades sobre a Matéria a serviço dos encarnados e de suas enfermidades.
Nem sempre estamos qualificados para determinadas atividades; em especial aquelas que nos exigem maiores conhecimentos sobre as influências que decorrem do Espírito e da Matéria e suas relações com os diferentes fluidos.
Mas quero tranquilizar aos nossos queridos trabalhadores. “Ontem” eu estava encarnado entre vocês; hoje, depois do tempo necessário para o perfeito entendimento da minha condição, estou do lado de cá, entre os desencarnados; ou melhor, hoje eu me somo ao mundo dos Espíritos.
Contemplar o Centro que outrora trabalhei como encarnado, pelo viés do Espírito, trás maiores entendimentos sobre o como os trabalhos são maiores e muito mais complexos de como se imaginava quando transpassava a porta da Casa com minhas vestes de carne.
O empenho e a dedicação da Espiritualidade vão muito além das portas do Centro e antecedem em muito os horários estabelecidos para os inícios dos diversos trabalhos da Casa.
Diversos Irmãos e Irmãs acorrem ao encontro dos nossos médiuns e dos nossos assistentes. Todos recebem os cuidados fluídicos necessários para chegarem da melhor forma possível para as atividades vindouras.
Também são trabalhadas as entidades, na Espiritualidade, que acorrerão ao Centro em busca do valioso lenitivo do Evangelho e dos princípios curativos das chagas ocasionadas pelas baixas vibrações e aos vícios da Matéria. Muitos Irmãos necessitados e que se somam aos desencarnados desamparados, são intuídos em buscar adentrar no Centro para serem melhor encaminhados. Muitos chegam sem saberem que estão na condição de Espíritos libertos dos corpos. No Centro esses são orientados a ouvir a palestra e depois são encaminhados para os respectivos departamentos; salas específicas no Plano Espiritual que são verdadeiros prolongamentos das dependências do Centro.
Essa visão de uma Casa de trabalhos Espirituais muito maior do que as limitadas pelas paredes de tijolos é uma característica somente vista pela Espiritualidade. Quando encarnado, acreditava que existia uma casa igual, ou mesmo melhorada, na Espiritualidade e muito acima dela. O que vejo, em verdade, é que os Centros possuem grandes prolongamentos Espirituais de suas dependências materiais.
É interessante, pois a Casa ou Centro Espírita se assemelham aos corpos materiais, que possuem suas limitações físicas, mas seus perispíritos se projetam para mais além de suas estruturas físicas. As Casas Espíritas são da mesma ordem. Vejo toda a construção material e também vejo e me desloco por dentro de todas as outras dependências Espirituais da Casa. É como se o Centro tivesse sua própria abstração perispirítica.
Ora! Toda a construção material, feita pelos encarnados, está dentro de algo maior e bem organizado que é a Casa em sua construção no Plano Espiritual. Onde é a porta de entrada, existem no lado da rua algumas antessalas onde diversos Irmãos da Espiritualidade, que necessitam de amparo, são acolhidos.
Onde ocorre a palestra, atrás do palestrante, onde está uma parede, na realidade há uma abertura para outro ambiente da Espiritualidade, onde outra platéia fica atentamente ouvindo o palestrante encarnado. Essa platéia é composta pelos Irmãos da Espiritualidade que adentraram na Casa buscando a ajuda para suas angústias.
Em outras áreas da Casa, salas muito maiores aparecem aos olhos dos Espíritos, onde ocorrem os mais variados trabalhos de apoio e de orientação aos desencarnados.
Meus Irmãos e Irmãs. O desencarne trouxe-me a visualização da complexa organização que compreende um Centro ou uma Casa Espírita.
Fiquem sabendo que muito mais há além das paredes que limitam os espaços materiais de concreto ou de madeira. E que muitos outros trabalhadores da Espiritualidade atuam em atividades por demais complexas e que ainda são desconhecidas dos encarnados.
Fiquem com Deus,
Irmão Atanael
Psicografado em 17 de outubro de 2011.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Trabalhando na Espiritualidade

Meus amados!
Que a Paz de nosso Senhor esteja em nossos corações!
Vim trazer um pouco do conhecimento que aprendi na Espiritualidade. Conhecimentos que aprendi na cidade onde agora sou mais um dos moradores.
Lá no Céu, como nós acostumamos a classificar quando encarnados, estamos em constante atividade. Não temos mais o cansaço que sentíamos a cada dia após a jornada de trabalho. Temos, sim, nossos momentos de oração, considerados sagrados, pois são preciosos instantes onde louvamos ao nosso Pai Celestial.
Nesses momentos de grande iluminação, quando sentimos a elevação de nossos Espíritos e as bênçãos da Espiritualidade Superior, também nos lembramos de cada um dos nossos entes queridos que ainda estejam encarnados. Sendo que aqueles que mais precisam estão mais tempo em nossos pensamentos quando oramos.
Mas temos afazeres diversos. Seja nas atividades dedicadas aos novos Irmãos que chegam, ou para nosso aprendizado nas reuniões e palestras.
Também buscamos aprender sobre os outros níveis espirituais e o como devemos trabalhar nossa depuração para chegarmos nesses mundos mais felizes.
Vez em quando somos agraciados pelos Irmãos da Espiritualidade Superior que descem para conceder ensinamentos em palestras abertas para todos os moradores da cidade. São momentos de significativa beleza. Nessas oportunidades todos nós, ouvintes atentos às palavras desses anjos do Senhor, nos estimulam a reforma moral em tal envergadura, que ao encerrar a palestra, temos a sensação de estarmos num plano superior ao que estávamos quando do início da palestra. Aprendemos muito sobre moral e trabalho aos Irmãos Menores, aqueles que ainda estão nos níveis abaixo na escala evolutiva. É para eles que devemos dedicar nossa atenção e atividade primeira.
Muitos ensinamentos condicionam nossos denodos ao encontro dos entes que ficaram na Terra, ainda sob o efeito do meio em que devem aprender. Acompanhamos cada um com total atenção e sempre dedicamos fluidos de paz e também de atenção ao bem. Nossa atividade junto dos encarnados se destaca ao estimularmos cada um ao estudo do bem e da Moral cristã, bem como em praticar o amor e a caridade.
Quando chega próximo ao desencarne de algum desses entes queridos que a tanto nos afeiçoamos na Terra, somos orientados a trabalhar em oficinas de orações, que ocorrem todos os dias e de forma específica, integrando-se a grupos de Espíritos diversos e que tecem atenção impar ao Irmão em processo de desencarne. Essas oficinas servem como ajuda para nós, pois dedicamos momentos de magnetização ao desencarnante. Juntos, nessas oficinas, buscamos encher de luz o caminho do Irmão que em breve se integrará ao Mundo dos Espíritos. Esse é um trabalho muito gratificante, pois possibilita a aproximação de muitos Espíritos simpáticos e também nos aproximam, em pensamento e sentimento, do nosso Pai Celestial.
Assim, os trabalhos jamais se encerram.
Mas não param por aí nossos afazeres. E também não desejamos ficar parados. Se isso acontecer, nos sentiríamos envergonhados ao dependermos do trabalho de outros. Pois temos plenas condições de trabalhar e colaborar nos serviços da Cidade Espiritual.
Muitos de nós buscamos também compor grupos de trabalhadores a fim de aproveitar os encarnados que oportunizam nosso contato com os Irmãos necessitados. No trabalho de mediunidade, buscamos atender a todos aqueles Espíritos que ainda estão presos aos desejos da matéria. Irmãos desencarnados que ainda habitam muitas residências na Terra.
Quando temos a oportunidade de conversar com esses Irmãos, sempre conseguimos demovê-los da situação em que se encontram e os levamos para nossa cidade, onde passa a receber os atendimentos necessários ao seu aprendizado.
Muitos de nós, então, assumimos a tutela desses Irmãos e buscam orientá-lo sobre a nova vida. Depois de algum tempo de familiarização, esses são levados a desenvolver atividades que lhe auxiliarão no desenvolvimento de sua moral e também na sua evolução.
Trabalhamos também em alguns campos floridos, onde nos reunimos para orarmos ao Pai, e que servem de repasto para fortalecer nossas determinações em contínuo esforço e trabalho incessante. Sempre pedimos mais trabalho.
Já nas Câmaras de Regeneração, onde temos extensa galeria com camas, é a área onde mais costumo trabalhar. Tenho ali a oportunidade de fazer aquilo que deixei de aprender na Terra, que é o de me dedicar ao próximo; seres carentes de beleza em suas vestimentas e com estado fisionômico de dar dó. Ali tenho a oportunidade de mudar o semblante de dor, pelo de esperança; de sofrimento em descanso; de medo em segurança; de pobre esquecido em acolhido com amor.
Meus amados.
Que Jesus continue a iluminar nossos corações.
Bom trabalho a todos.
Irmão Clodoaldo.
Mensagem recebida em 10 de outubro de 2011.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Encarnação dos Princípios Inteligentes


Na madrugada de 23 de setembro de 2011, depois de outras atividades fui levado pelo mentor Bartolomeu até uma das cidades Espirituais que intermedeiam as encarnações dos Princípios Inteligentes. Conforme o esclarecimento de Bartolomeu, a cidade fica próxima a crosta da Terra e por ela são encaminhados os diversos seres animais em processo de evolução.
Chegamos num prédio que tinha na sua frente uma extensa avenida. Na verdade a avenida estava localizada na base de um vale, ladeado entre duas montanhas que se prolongavam para o horizonte e para o alto, quase formando um desfiladeiro. Porém, as inclinações das montanhas davam a impressão de ser um extenso funil, estando o prédio, onde nos localizávamos, na parte mais estreita.
As montanhas eram cobertas por uma grama verde. Porém, mais ao longe era possível identificar algumas partes em branco, como se fosse neve, mas Bartolomeu explicou se tratar de canteiros de flores brancas, destinadas a abençoar os Princípios Inteligentes destinados a encarnação.
Não demorou muito e logo apareceu ao nosso lado uma entidade trajando vestes semelhantes às usadas nos tempos da Roma Imperial, que nos cumprimentou:
-Meus queridos Irmãos! Bem vindos a Casa Máter! Que nosso Deus ilumine seus corações! Meu querido Irmão Bartolomeu, muito me enche de alegria sua presença aqui. Também fico muito honrado pela presença de seu pupilo, nosso Irmão Charles. Estamos a poucos instantes do momento mágico e que será presenciado por nós. Meu Irmão Charles, sou o professor Rodrigo e minha atividade aqui é controlar os encarnes dos Princípios Inteligentes.
Nesse instante o mentor Bartolomeu agradeceu e também desejou bênçãos ao Professor Rodrigo. E depois de uma rápida conversa, solicitou para o Professor explicar sobre as atividades.
-Irmão Charles. Aqui nosso trabalho é acompanhar os encarnes e desencarnes dos Princípios Inteligentes animalizados. Estamos trabalhando nesta Casa Máter a mais de cem anos sob a orientação dos Planos Espirituais Superiores. Dedicamos-nos em preparar os Princípios Inteligentes nos diversos campos existentes nessa dimensão e encaminhá-los para a Terra no momento adequado ao encarne. Assim como receber os que desencarnam na Terra, a fim de prepará-los para outro encarne. Hoje você verá os Princípios Inteligentes que já alcançaram o estágio de pássaros. Lembre que nosso Deus jamais cria uma Inteligência para ficar estacionária por toda a eternidade. Todos os Princípios Inteligentes seguem o mesmo processo de evolução e esses que descerão para a Terra hoje, um dia atingirão a condição de humanização. Não se surpreenda, pois todo o Princípio Inteligente segue em direção ao progresso para se tornar Espírito. E nós que já estamos na condição de Espírito, seguimos em progresso para nos integrarmos, um dia, aos Espíritos Puros juntos de Deus. Assim, o trabalho nunca termina. E compete a cada um de nós em nos devotarmos permanentemente, trabalhando tal como os Espíritos Puros. Assim evoluímos.
Quando ensejei fazer uma pergunta, o Professor Rodrigo apontou para o horizonte e pediu para eu olhar.
Ao longe, a luz do Sol passou a iluminar as flores brancas e como se fosse uma nuvem levantando do chão, o céu passou a ficar todo pontilhado. Logo se formou uma incrível mancha no céu, em formato de semicírculo, vindo em nossa direção.
Quando estava mais próximo de nós, pude perceber diversos tipos de pássaros planando a baixa altitude. Eram aos milhares.
O Professor Rodrigo, demonstrando imensa alegria, sorria e falava ao mesmo tempo: Vão meus Irmãozinhos! Sejam felizes em vossas jornadas de evolução. Vão com as nossas bênçãos e com as bênçãos de nosso Pai Celestial.
Aqueles milhares de pássaros em formação iniciaram a revoada logo que o Sol iluminou as montanhas.
Bartolomeu havia explicado que logo amanheceria na Terra e a estação da primavera iniciaria no hemisfério Sul.
-Veja que beleza! - Disse o Professor Rodrigo. Charles erga sua mão e convide um desses para vir até ti.
Sem entender muito bem o que significaria, ergui minha mão. Nisso, vi que em meio à revoada de pássaros que estavam passando próximos de nós, a uns cem metros de altura, alguns deles se deslocaram do grupo maior, sendo que um iniciou uma descida suave em nossa direção. A ave desceu planando até pousar em minha mão.
O Professor Rodrigo, externando imensa alegria, logo passou a conversar com ela.
A ave não tinha o tamanho de um pássaro adulto. Na verdade era uma Curicaca jovem. Bartolomeu disse que o perispírito daqueles pássaros estavam reduzidos para iniciarem o processo de encarnação.
Em seguida o Professor Rodrigo disse para aquela Curicaca pousada em minha mão: Vá minha pequena! Vá! Na Terra outros Irmãos te encaminharão para o ninho que há de te acolher. A pequena Curicaca subiu como se estivesse flutuando de asas abertas.
O Professor Rodrigo explicou que na Terra outros Espíritos aguardavam a chegada desses Princípios Inteligentes:
-Meu Irmão Charles. Veja a beleza da criação de nosso Deus. A primavera logo iniciará no hemisfério Sul da Terra. E todos esses Princípios Inteligentes se encaminham para o progresso. Na Terra, outros Espíritos aguardam a chegada desses pequeninos seres para encaminhá-los no processo de encarnação.
Bartolomeu comentou, então, da necessidade de eu retornar, pois já estava quase na hora de despertar.
-Charles. Vamos agradecer ao nosso Irmão Rodrigo pela oportunidade de presenciarmos o início da primavera aqui na Casa Máter. Não demora muito, em uma hora inicia a primavera na Terra. Temos que ir.
Foi só o momento de agradecer ao Professor Rodrigo e logo retornei. O relógio marcava 05h05min. Neste dia 23 de setembro de 2011 a primavera iniciaria às 06h04min.