quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Allan Kardec encarnado


Em encarnação passada tive a oportunidade de colaborar com os trabalhos missionários do nosso querido patrono do Espiritismo, Allan Kardec.
Sua atividade não era nada fácil para um tempo que ainda primava pela magistratura da Igreja. Os templos suntuosos disciplinavam os comportamentos e a forma de pensar sobre o caminho que conduz a Deus.
Mas era chegado o tempo da revelação e o Espiritismo viria para rasgar o horizonte e plantar a verdadeira Fé nos corações. A certeza da vida após o perecimento do corpo material se fez muito mais do que os toques e as palavras apontadas por mesas e cestas, ditas falantes.
A Ciência tomou forma quando Allan Kardec identificou manifestações inteligentes em diversas atividades recreativas da época. Sim. O reunir-se para manipular mesas em movimentos que formavam palavras e frases eram tidas como um passatempo.
A Ciência codificada por Kardec fez aparecer todo um universo de informações que desafiaram os doutos da época. A Razão fez encarnar o Espiritismo. E a codificação da Ciência Espírita criou, além de raízes profundas entre os encarnados, ramos e sementes que se espalharam por todo o planeta Terra.
Sociedades foram constituídas em todos os cantos da Terra. Muitos foram conclamados a atender o chamamento de Deus para auxiliar os encarnados e desencarnados nos mais diversos Centros dedicados aos Espíritos.
Bendita é a luz que se faz entre os homens! E bendita é e sempre será o acompanhamento da Espiritualidade sobre todos aqueles que buscam o conhecimento, ou que se dedicam em auxiliar, ou mesmo que buscam o consolo para suas angústias ou enfermidades.
A Ciência encarnada por Kardec propiciou a Razão para a Fé e para a Religião, fazendo surgir o Espiritismo como a Religião da Fé Raciocinada.
A Ciência codificada por Kardec oportunizou o alargamento da Filosofia, na qual o pensamento humano que interpreta a realidade, desde os antigos filósofos gregos, ganhou a dimensão da ponderabilidade.
Mas vem de muitos a pergunta:
-E onde estará Kardec?
-Não afirmaram que Kardec logo encarnaria para dar continuidade à Ciência Espírita?
Já muitos foram apontados como a encarnação de Allan Kardec. Homens e médiuns excepcionais foram ditos como a encarnação do Codificador do Espiritismo.
Porém, contam os registros na Espiritualidade que Kardec pode estar encarnado nesse momento. Mas como essa informação se compõe de cuidados da Espiritualidade Superior, os registros também mostram que o Codificador está na Espiritualidade.
O fato é que essa bilocação pode ser contemplada por diversos Espíritos, apontando que Kardec está, nesse momento, num estágio mais adiantado em sua evolução. Ou seja. Diferente da época em que viveu na França do século XIX – quando evitou e se ressentia das manifestações mediúnicas que lhe afloravam – atualmente o Codificador tem condições mediúnicas para desenvolver não só os estudos Espíritas, mas também de vivenciar suas faculdades medianímicas, podendo assim estudá-las com mais acuidade.
-Mas se Kardec está encarnado, estaria onde?
Sem dúvida essa é outra pergunta que ocorre diante da realidade.
Mas a resposta a tal pergunta caberá ao próprio Kardec, quando chegar o momento de se revelar. Isso porque o nobre Codificador ainda não atingiu a condição de recordar o passado imediato; pois isso poderia causar-lhe confusão em suas atividades. Mas essa revelação se dará diante da consolidação de novo avanço no Espiritismo, prevista ainda para as recentes décadas, e completando a parte que lhe falta.
Irmão Aníbal
Mensagem recebida em 28 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Oração de abertura dos trabalhos de passe


Pai Nosso!
Nos reunimos aqui, encarnados e desencarnados, com o desejo fervoroso de servir ao próximo!
Estamos de coração aberto e desejamos irradiar amor para todos os que aqui chegarem à procura do amparo e do conforto espiritual.
Cada um de nós tem sempre alguém muito querido, a quem desejamos proteção e felicidade, e que ao ser recordado, nos enche de luz o coração.
Que essa mesma luz de amor ganhe agora vigor com a Tua assistência, Pai Nosso, e com a assistência dos meus Irmãos da Espiritualidade Maior.
Que cada um de nós possa se tornar num foco de transbordamento de amor a irradiar em todas as direções, fazendo vibrar a sua amorosidade, Pai Amado, em todos aqueles em quem pousarmos as mãos.
Permita, assim, Pai Amado, que sejamos o teu instrumento de amor para todos os meus irmãos e irmãs que por mim passarem.
Assim seja.
Irmão Onofre
Mensagem recebida em 18 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Meus Amados!


Estando na Espiritualidade há algum tempo, tenho saudade dos trabalhos que ora realizava junto dos encarnados no humilde centro.
Jamais deixei de orar pelos necessitados e por todos aqueles que buscavam um pouco de conforto e amparo divino.
Quis a vida terrena que eu percorresse um caminho tortuoso para purgar algumas pequenas necessidades materiais em minha Alma. Pude assim, desfazer-me de muitos pesados sentimentos que me ligavam aos preceitos materiais e às pessoas que ficam na Terra quando do perecimento do corpo.
Ah! Quanta experiência pude provar na minha última encarnação! Mas ainda assim tenho que buscar em novas encarnações outro cabedal de experiências na carne para evoluir ainda mais. Nosso desejo sempre está em auxiliar o próximo, como preceito máximo do nosso Mestre Jesus.
É assim, meus amados! Depois de algumas experiências de sublimação e de dedicação ao próximo, temos que expandir nossas atividades e buscar seguir em passos cada vez mais acelerados no bem aos que mais necessitam do consolo e da Palavra Divina, cabendo a nós a tarefa, ainda pequena, de servirmos como instrumentos do Amor do Pai Nosso.
Minha encarnação se dará ainda nesse século. Quero encarnar o mais breve possível, para poder auxiliar os Irmãos da Espiritualidade e os Irmãos Encarnados.
Somos assim: tarefeiros da obra do Cristo. E assim desejamos sempre ser.
Que Deus ampare a todos, hoje e sempre, em seu infinito Amor!
Irmão Chico
Psicografado em 11 de fevereiro de 2012.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Louvado seja nosso Deus


Nosso Pai Amado sempre nos desejou o progresso mais adequado e rápido; para cada um de seus Filhos. Quis Ele que cada um seguisse por caminhos diferentes, mas oportunos e suficientemente instrutivos para todos. Nessa caminhada que cada um de nós segue em direção ao Pai, nenhum de seus Filhos é prejudicado ou fica preterido em relação aos conhecimentos que deve adquirir em sua marcha evolutiva.
Todos nós receberemos as oportunidades encarnatórias necessárias ao progresso individual, coletivo e também ao ambiente material em que forem realizadas as nossas experiências e aprendizados.
Quis o nosso Pai Amado que todos os seus Filhos seguissem os caminhos mais brandos e diretos ao progresso e ao Amor. Porém, possibilitou o livre-arbítrio para que cada um chegasse de acordo com suas pretensões e interesses ao caminho reto do bem.
Sabemos que cada qual, Irmão ou Irmã, tem seus diferentes momentos para se dedicar na ascensão Espiritual. Mas nosso Pai sabe que algumas escapadelas dessa jornada são verdadeiras provas para o Espírito e que, mesmo parecendo um estacionamento, o Espírito imprevidente poderá recolher importantes ensinamentos das agruras que lançar sobre sua caminhada nas experiências na matéria e na Espiritualidade.
São deveres supremos seguir no auxílio e no socorro aos Irmãos e Irmãs que necessitarem da intervenção. Isso podeis já ter provas suficientes na vida terrena, onde as ações socorristas de paramédicos dedicam suas prestezas em reduzir as distâncias e atender com brevidade os encarnados acometidos por situações que afetam as condições do corpo e na manutenção dos laços que unem o Espírito ao corpo.
Compreender o louvor de nosso Pai Amado em propiciar tantos caminhos e tantas oportunidades a cada um de seus Filhos é a prova maior de Amor e afeição. Nenhuma censura, nenhuma humilhação, nenhum sentimento de punição ou de repreensão é externalizada por Deus contra qualquer de seus Filhos e Filhas.
Sim! Cada um de nós ainda está aprendendo a chegar nessa condição do Pai; a de saber auxiliar e orientar nossos Irmãos e Irmãs sem cometer ou externar palavras de censura, rejeição, intolerância, negação, repreensão. Temos que buscar em nosso íntimo a multiplicação da brandura e praticar o Amor incondicional, na certeza que acima de todos está o nosso Pai e que cada um tem seu tempo e seu momento certo para desenvolver as qualidades que nos conduzem para próximo de Deus.
Esse aprendizado de brandura e Amor está para os Encarnados e também para os Desencarnados. Todos temos que desenvolver a visão de um futuro onde nos encontraremos em condições iguais e juntos ao Pai de Amor, integrando a plêiade dos Espíritos Superiores e que se dedicam em auxiliar, atender e orientar com Amor e brandura todos os Irmãos e Irmãs em evolução.
Fiquem com Deus!
Irmão Daniel
Psicografado em 04 de fevereiro de 2012.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Escola para Médiuns na Cidade Espiritual Horizonte de Luz


Certa madrugada fui levado pelo mentor Bartolomeu até a Cidade Espiritual Horizonte de Luz. Logo chegamos numa avenida larga, com casas dos dois lados. As casas eram de dois pisos. Bartolomeu comentou que ali moravam entidades profissionais dedicadas aos ensinamentos mediúnicos na Terra e na Espiritualidade. Explicou que todas aquelas casas estavam localizadas na área das Escolas para Médiuns:
-Charles! Aqui estamos na localidade destinada ao Ensino. Todos os que aqui residem se dedicam em ensinar, orientar e aprimorar a mediunidade nos encarnados. Logo vamos visitar uma Escola para Médiuns localizada nas imediações e você poderá conhecer melhor a dinâmica das atividades.
As casas eram com janelas amplas. Todas tinham jardins e gramados, sendo que algumas se destacavam pelas árvores floridas com pétalas violenta e branca, semelhante a árvore primavera.
Notei que não havia movimento na rua, ao que Bartolomeu, lendo meus pensamentos, explicou:
-Por se tratar da hora dos estudos de muitos encarnados que trabalham como médiuns na Terra, os moradores todos estão os acompanhado nas Escolas. Esse trabalho visa aprimorar as missões mediúnicas dos encarnados. São muitos os médiuns, durante o período em que repousam seus corpos, trazidos para as Escolas de Médiuns.
Bartolomeu disse que estávamos indo para a “Sala 16W”, onde seria desenvolvida uma atividade para auxiliar no desenvolvimento da mediunidade intuitiva.
Após algumas quadras, vi um grande conjunto de prédios. Era como se chegássemos num campus universitário. Os prédios eram de cinco e seis andares. Todos eles eram envidraçados.
Fomos na direção de um prédio cujas laterais eram em enormes colunas de pedra granito. As paredes e janelas eram formadas por vidros na cor lilas. A luminosidade do Sol, refletindo nos prédios, produzia combinações luminosas que se confundiam com as flores, gramados e árvores em redor de cada prédio; sendo que no alto de cada um deles a luz parecia formar um cone a se alongar em direção ao céu. Bartolomeu comentou sobre a luminosidade:
-Charles! A luminosidade que estas vendo em cada uma das oito Escolas correspondem ao momento de passe magnético. Correspondem à fluidificação das atividades realizadas em cada um deles. A Espiritualidade Superior auxilia a todo o instante. É de lá que vem toda essa luminosidade que se combina com as dos trabalhadores. Assim, cada uma das Escolas recebe exatamente o fluido necessário para desenvolver as mediunidades dos encarnados trazidos até aqui. Eles regressarão para a Terra e quando despertarem do período de sono alguns terão a lembrança de sonhos graciosos e acolhedores.
Entramos no prédio de vidros lilas. Ali dentro a luminosidade parecia formar uma sutil neblina na mesma tonalidade.
Uma entidade veio em nossa direção.
-Olá meus Irmãos! Sejam bem vindos! Sou o Irmão Adamastor e vou conduzi-los até a sala. Vamos sem demora. A Espiritualidade Superior já está iluminando nossas atividades.
Do hall de entrada, formado por uma área ampla e confortável, fomos levados pelo Adamastor por um largo corredor. Ali reparei as salas onde, em algumas que estavam com a porta aberta, foi possível ver as entidades orando.
Chegamos numa sala que também estava com a porta aberta. Bartolomeu orientou para eu entrar e acompanhar com atenção o que a Irmã Divanildes ensinaria. No que entrei, a Irmã Divanildes fechou a porta e me conduziu até uma carteira e disse:
-Meu Irmão! É muito bom tê-lo aqui. Estamos orando e você pode acompanhar-nos.
Havia quatorze entidades encarnadas naquela sala. Sobre cada carteira estavam colocadas pastas fechadas. Enquanto a oração do Pai Nosso prosseguia, eu olhava para as entidades a minha volta. Com a curiosidade que me é peculiar, fiquei analisando o ambiente e as entidades.
Terminada a oração, a Irmã Divanildes falou da alegria de receber os Espíritos Encarnados e de ela ser uma serva das atividades missionárias dos mesmos que estavam ali. Depois pediu para abrirmos a pasta que estava em nossa frente.
Havia uma folha com questões a serem respondidas em múltipla escolha. A Irmã Divanildes orientou sobre a atividade:
-Irmãs e Irmãos! Essa primeira atividade está destinada a trabalhar a Alma de cada um. É um exercício de desprendimento da Alma. Peço que leiam com atenção cada um dos enunciados e procurem a melhor resposta.
Ao iniciar a leitura do enunciado, lembranças começaram a invadir meus pensamentos. Passei a recordar de algumas situações. As imagens iam tomando forma e densidade em minha mente. Recordações de outras encarnações foram aparecendo. Tudo se dava em grande velocidade. A impressão era de não estar mais na sala, nem na Terra. As lembranças me levaram para outros planetas, numa viagem hipersônica. Vendo-me e vendo situações particulares. Tudo isso ocorreu em segundos, até eu me deparar num lugar diferente, mas familiar, com pessoas e ambientes diferentes do da Terra, mas tudo muito familiar.
Diante daquela realidade ouvi a Irmã Divanildes chamando:
-Charles! Charles! Está bom assim, agora vamos voltar.
Era como se eu estivesse dormido na sala de aula.
Divanildes me olhava com um sorriso no rosto e perguntou:
-Meu Irmão! Como está? Está tudo bem com você? Reparei que você já na primeira questão...
Como num ato de buscar uma desculpa, e sem deixar ela continuar a indagação, de pronto apresentei uma resposta:
-Nossa! Desculpe-me! Eu dormi.
-Não! Você não dormiu. Você executou o exercício dentro do previsto. Você, em Alma, libertou-se do Espírito e do Perispírito. Os laços que os prendem ficaram diáfanos. Recordou suas encarnações e seus Amigos Espirituais que muito lhe acompanham. Agora desenvolva a segunda parte da atividade; relacione as figuras da página dois com as respostas que considerar adequada na página três.
Na página dois havia diversas imagens, como fotografias de pessoas encarnadas, vestindo trajes específicos com as profissões desempenhadas e de diferentes épocas da História. Ao menos foi essa a minha impressão sobre a página dois. Já na página três estavam as figuras de ferramentas e equipamentos diversos como relógios de diferentes épocas, lápis, penas e tinteiros, canetas, roupas, vestimentas e uniformes.
A atividade era interessante, pois era impossível olhar as duas páginas ao mesmo tempo para registrar o número da figura das pessoas com os das figuras dos equipamentos; era necessário folhear a página dois para identificar as possíveis relações com a página três.
Conforme íamos terminando a atividade, a Irmã Divanildes orientou para fecharmos as pastas e dirigirmos para o hall.
Bartolomeu me aguardava bem próximo da porta de saída do prédio. O movimento já era intenso. Diversas entidades, encarnadas e desencarnadas, se movimentavam em diferentes direções.
Cheguei próximo ao mentor Bartolomeu e comentei sobre as atividades desenvolvidas.
-Muito Bem. - Disse Bartolomeu. - Você percebeu a fluidez da Alma e sua condição peculiar e perfeitamente natural em se deslocar e perceber as diferentes épocas, encarnações, experiências e sentimentos. Noutra oportunidade daremos continuidade às atividades programadas. Agora, como percebes, tens que retornar.
Depois de uma rápida conversa sobre o momento vivenciado na sala, retornei. O relógio marcava sete horas. Era manhã de 18 de janeiro de 2012.