Bem aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.
(Mateus 5:5)
Jesus orientou aos seus discípulos que levassem a boa nova para toda a terra. Passado quase dois mil anos do início da pregação do Messias pela Galileia, os homens ainda buscam os ensinamentos do Evangelho e caminham na direção da aprendizagem e prática das palavras do Cristo.
A Espiritualidade segue no mesmo caminho, trabalhando e difundindo com toda a presteza as orientações do nosso Mestre Maior.
Esses quase dois mil anos, que podem parecer muito aos olhos da humanidade, representam apenas alguns anos para os Espíritos que encarnam.
Se considerarmos que para cada encarnação o Espírito somou uma jornada terrena de aproximadamente 60 anos, pode-se dizer que desse período, vinte anos correspondem até a fase adulta, onde os sonhos e aventuras encaminharam os principais momentos da vida. Sobram-lhe quarenta anos. Mas desse as preocupações materiais lhe consomem mais vinte anos. Os trabalhos diários e os envolvimentos com as obrigações da sociedade, governos, economia, produção, lhe envolvem de tal sorte, que o fazem esquecer ou não ter o tempo adequado para os estudos religiosos.
Dos 60 anos aproximados de jornada terrena, portanto, sobram apenas vinte que podem ser dedicados aos estudos religiosos.
Ainda, se considerarmos que entre uma encarnação e outra o espírito leva um intervalo de aproximadamente 150 anos, podemos computar que para cada 200 anos, o Espírito que encarna dedicaria 20 anos ao estudo religioso na Terra. Sendo assim, em dois mil anos, o Espírito teria se dedicado apenas 200 anos ao estudo religioso durante suas jornadas terrenas. Sendo que nesse caso o Espírito estaria numa condição de conhecimento em certa medida elevada.
Todavia, a situação também compreende nesses dois mil anos, 200 anos de dedicação às preocupações carnais e da matéria, nas formas de buscar e conquistar patrimônio. E nesses casos, essas necessidades se sobressaem sobre as de estudar o Evangelho.
Entretanto, para um Espírito preso às sucessivas encarnações na Terra, dois mil anos representam apenas um momento pequeno para seu acúmulo de conhecimentos e seu burilamento dentro dos preceitos morais de Cristo.
Devemos considerar que nem todos conseguem se dedicar tanto tempo ao estudo religioso. Muitos Espíritos não somaram, em dois mil anos, os 200 anos que hipoteticamente consideramos para reflexão. Muitos contabilizam menos que isso. E certamente outros contabilizam mais que 200 anos de dedicação aos estudos do Evangelho.
Mas para os Espíritos tudo é relativo e está condicionado ao livre-arbítrio. Basta um momento propício, combinado com uma ação adequada, e os ganhos podem significar resgates de muitos anos onde a moral cristã ficou adormecida. A irradiação de luz e amor abre clareiras sobre os passados nebulosos e faz o Espírito alçar vitórias no campo da prática do Evangelho, lhe colocando ao lado de muitos Irmãos que já estavam a muito adiantados na pratica e ação cristã.
Busquem, portanto, no vosso íntimo, pensar nas muitas encarnações que já tiveram nesses dois mil anos; dez, doze, quinze, dezoito... Pensem nas fazes da História Humana, pontilhada de fatos envolvendo conflitos clamorosos e escandalosos que desembainharam espadas, ódios e cóleras, provocando desencarnes em massa em guerras fratricidas.
Atualmente o mundo passa por momentos menos angustiantes em se tratando de guerras. Entretanto, os acontecimentos naturais e diversos casos isolados de desencarnes em massa contabilizam resgates cármicos de emergência. São vozes que foram atendidas. Milhares de Irmãos clamaram pelo socorro celestial, desejosos de resgatarem seus carmas a fim de permanecerem na Terra que entra na fase de regeneração.
Felizes os Irmãos que conseguem seus resgates cármicos e permanecerão na Terra. Pois, em futuro não muito distante, se encontrarão no Plano Espiritual com seus entes queridos dos quais se separaram prematuramente ou de forma trágica, e poderão planejar uma encarnação longa e feliz, sob o consolo do Evangelho e sob a luz da prática do amor e moral cristã.
Irmão Euzébio
Mensagem recebida em 11 de abril de 2011.