A Alma evolui em decorrência
das experiências pela qual passa, tanto no mundo encarnado, como no mundo
espiritual. A diferença é que no plano dos encarnados as experiências são mais
intensas e contribuem de sobremaneira para acelerar o progresso.
Quando nos revestimos de
matéria, ou seja, quando encarnamos, temos a sagrada oportunidade de aprender
condicionados aos esforços que fizermos para nos desprendermos e nos
desapegarmos das questões materiais. E vejam que sublimidade; na medida que nos
desapegamos das questões materiais, mais nos elevamos na espiritualidade,
fazendo com que tenhamos melhores condições para discernir sobre as mazelas que
prendem os espíritos aos planos materiais, e a louvável ascensão de nossas
almas quando percebemos a intervenção do Pai em nos apontar o caminho do Bem.
Por hora, nos parece que os
apegos aos anseios de crescimento interior estão na ordem de muitos devotados.
Nunca antes na humanidade terrena se percebeu tantos corações que buscam o
crescimento interior e se preocupam com a sociedade, com o ambiente, a
natureza, os animais e na paz de espírito. Apesar de grassar na Terra focos de incompreensão
por grupos de encarnados, fato é que a realidade tem apresentado uma condição
diferente. Digamos que há um tom de luz um pouco mais matizado e translúcido a
refletir para os planos espirituais.
Louvados sejam os que se
esforçam no sentido do bem; que procuram a cada momento ou sempre que percebem
a oportunidade, de praticarem o bem, dando atenção e orientando a quem
necessita.
Doutro dia, quando excursionávamos
em direção a uma casa espírita, fomos tocados por uma luz que irradiava de um
veículo em trânsito numas das avenidas da capital de Porto Alegre. De imediato
vimos o irmão encarnado acompanhado de seus mentores familiares; o encarnado
não tinha nitidez do que ocorria, mas em seus pensamentos ele conversava com
grande alegria com os entes espirituais, de forma que de seu coração irradiava
fabulosa luz.
Ele seguia anônimo entre a
multidão de carros, até se aproximas de um punhado de entulhos próximo a um
viaduto. Ali estava um encarnado completamente desamparado pela sorte da vida
material. Suas mãos estavam enrijecidas pela dureza da vida. O rosto todo enrugado
como resultado ora do frio, ora do calor. O carro se aproximou; parou e
buzinou. O irmão encarnado, sem saber o que acontecia, olhou para o motorista.
Do olhar de dúvida do morador de rua, ao olhar de amparo do motorista, Deus fez
brilhar o momento. O morador logo atendeu ao chamado do motorista, que estendeu
a mão e entregou algo ao morador de rua. Depois seguiu sem mais parar.
O morador, que havia
apanhado com as duas mãos o que o motorista lhe dera, viu algo que lhe encheu
de emoção. Levando as mãos fechadas ao peito, não conteve a emoção e acorreu
para debaixo de uma estrutura de papelão; e ali, escondido de todos os outros
motoristas e transeuntes, chorou compulsivamente. Chorou tanto que o
esgotamento lhe fez ficar como em posição fetal, aninhado em seus cobertores no
chão. E, ali, naquela situação, o morador fez uma bela oração ao Pai. E como se
fosse uma chama acessa em plena luz do Sul, a oração transformou a atmosfera
daquela região e o local de trabalho onde logo chegou o motorista.
O que o motorista deu ao
irmão morador de rua? Foi solicitado anonimato pelo próprio motorista em seus
mais íntimos pensamentos. E louvamos isso.
Mas pense: o que você daria
para alguém, que seja significativo para ela e que possa despertar os
sentimentos mais nobres. Faça uma oração, e nosso Pai Celestial lhe enviará
irmãos de amor para intuir sobre o que fazer. Faça o bem, pois que ama ao
próximo, ama a Deus.
Fiquem em Paz.
Irmão Aníbal
Psicografado em 06 de agosto
de 2015.