quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Escola para Médiuns na Cidade Espiritual Horizonte de Luz


Certa madrugada fui levado pelo mentor Bartolomeu até a Cidade Espiritual Horizonte de Luz. Logo chegamos numa avenida larga, com casas dos dois lados. As casas eram de dois pisos. Bartolomeu comentou que ali moravam entidades profissionais dedicadas aos ensinamentos mediúnicos na Terra e na Espiritualidade. Explicou que todas aquelas casas estavam localizadas na área das Escolas para Médiuns:
-Charles! Aqui estamos na localidade destinada ao Ensino. Todos os que aqui residem se dedicam em ensinar, orientar e aprimorar a mediunidade nos encarnados. Logo vamos visitar uma Escola para Médiuns localizada nas imediações e você poderá conhecer melhor a dinâmica das atividades.
As casas eram com janelas amplas. Todas tinham jardins e gramados, sendo que algumas se destacavam pelas árvores floridas com pétalas violenta e branca, semelhante a árvore primavera.
Notei que não havia movimento na rua, ao que Bartolomeu, lendo meus pensamentos, explicou:
-Por se tratar da hora dos estudos de muitos encarnados que trabalham como médiuns na Terra, os moradores todos estão os acompanhado nas Escolas. Esse trabalho visa aprimorar as missões mediúnicas dos encarnados. São muitos os médiuns, durante o período em que repousam seus corpos, trazidos para as Escolas de Médiuns.
Bartolomeu disse que estávamos indo para a “Sala 16W”, onde seria desenvolvida uma atividade para auxiliar no desenvolvimento da mediunidade intuitiva.
Após algumas quadras, vi um grande conjunto de prédios. Era como se chegássemos num campus universitário. Os prédios eram de cinco e seis andares. Todos eles eram envidraçados.
Fomos na direção de um prédio cujas laterais eram em enormes colunas de pedra granito. As paredes e janelas eram formadas por vidros na cor lilas. A luminosidade do Sol, refletindo nos prédios, produzia combinações luminosas que se confundiam com as flores, gramados e árvores em redor de cada prédio; sendo que no alto de cada um deles a luz parecia formar um cone a se alongar em direção ao céu. Bartolomeu comentou sobre a luminosidade:
-Charles! A luminosidade que estas vendo em cada uma das oito Escolas correspondem ao momento de passe magnético. Correspondem à fluidificação das atividades realizadas em cada um deles. A Espiritualidade Superior auxilia a todo o instante. É de lá que vem toda essa luminosidade que se combina com as dos trabalhadores. Assim, cada uma das Escolas recebe exatamente o fluido necessário para desenvolver as mediunidades dos encarnados trazidos até aqui. Eles regressarão para a Terra e quando despertarem do período de sono alguns terão a lembrança de sonhos graciosos e acolhedores.
Entramos no prédio de vidros lilas. Ali dentro a luminosidade parecia formar uma sutil neblina na mesma tonalidade.
Uma entidade veio em nossa direção.
-Olá meus Irmãos! Sejam bem vindos! Sou o Irmão Adamastor e vou conduzi-los até a sala. Vamos sem demora. A Espiritualidade Superior já está iluminando nossas atividades.
Do hall de entrada, formado por uma área ampla e confortável, fomos levados pelo Adamastor por um largo corredor. Ali reparei as salas onde, em algumas que estavam com a porta aberta, foi possível ver as entidades orando.
Chegamos numa sala que também estava com a porta aberta. Bartolomeu orientou para eu entrar e acompanhar com atenção o que a Irmã Divanildes ensinaria. No que entrei, a Irmã Divanildes fechou a porta e me conduziu até uma carteira e disse:
-Meu Irmão! É muito bom tê-lo aqui. Estamos orando e você pode acompanhar-nos.
Havia quatorze entidades encarnadas naquela sala. Sobre cada carteira estavam colocadas pastas fechadas. Enquanto a oração do Pai Nosso prosseguia, eu olhava para as entidades a minha volta. Com a curiosidade que me é peculiar, fiquei analisando o ambiente e as entidades.
Terminada a oração, a Irmã Divanildes falou da alegria de receber os Espíritos Encarnados e de ela ser uma serva das atividades missionárias dos mesmos que estavam ali. Depois pediu para abrirmos a pasta que estava em nossa frente.
Havia uma folha com questões a serem respondidas em múltipla escolha. A Irmã Divanildes orientou sobre a atividade:
-Irmãs e Irmãos! Essa primeira atividade está destinada a trabalhar a Alma de cada um. É um exercício de desprendimento da Alma. Peço que leiam com atenção cada um dos enunciados e procurem a melhor resposta.
Ao iniciar a leitura do enunciado, lembranças começaram a invadir meus pensamentos. Passei a recordar de algumas situações. As imagens iam tomando forma e densidade em minha mente. Recordações de outras encarnações foram aparecendo. Tudo se dava em grande velocidade. A impressão era de não estar mais na sala, nem na Terra. As lembranças me levaram para outros planetas, numa viagem hipersônica. Vendo-me e vendo situações particulares. Tudo isso ocorreu em segundos, até eu me deparar num lugar diferente, mas familiar, com pessoas e ambientes diferentes do da Terra, mas tudo muito familiar.
Diante daquela realidade ouvi a Irmã Divanildes chamando:
-Charles! Charles! Está bom assim, agora vamos voltar.
Era como se eu estivesse dormido na sala de aula.
Divanildes me olhava com um sorriso no rosto e perguntou:
-Meu Irmão! Como está? Está tudo bem com você? Reparei que você já na primeira questão...
Como num ato de buscar uma desculpa, e sem deixar ela continuar a indagação, de pronto apresentei uma resposta:
-Nossa! Desculpe-me! Eu dormi.
-Não! Você não dormiu. Você executou o exercício dentro do previsto. Você, em Alma, libertou-se do Espírito e do Perispírito. Os laços que os prendem ficaram diáfanos. Recordou suas encarnações e seus Amigos Espirituais que muito lhe acompanham. Agora desenvolva a segunda parte da atividade; relacione as figuras da página dois com as respostas que considerar adequada na página três.
Na página dois havia diversas imagens, como fotografias de pessoas encarnadas, vestindo trajes específicos com as profissões desempenhadas e de diferentes épocas da História. Ao menos foi essa a minha impressão sobre a página dois. Já na página três estavam as figuras de ferramentas e equipamentos diversos como relógios de diferentes épocas, lápis, penas e tinteiros, canetas, roupas, vestimentas e uniformes.
A atividade era interessante, pois era impossível olhar as duas páginas ao mesmo tempo para registrar o número da figura das pessoas com os das figuras dos equipamentos; era necessário folhear a página dois para identificar as possíveis relações com a página três.
Conforme íamos terminando a atividade, a Irmã Divanildes orientou para fecharmos as pastas e dirigirmos para o hall.
Bartolomeu me aguardava bem próximo da porta de saída do prédio. O movimento já era intenso. Diversas entidades, encarnadas e desencarnadas, se movimentavam em diferentes direções.
Cheguei próximo ao mentor Bartolomeu e comentei sobre as atividades desenvolvidas.
-Muito Bem. - Disse Bartolomeu. - Você percebeu a fluidez da Alma e sua condição peculiar e perfeitamente natural em se deslocar e perceber as diferentes épocas, encarnações, experiências e sentimentos. Noutra oportunidade daremos continuidade às atividades programadas. Agora, como percebes, tens que retornar.
Depois de uma rápida conversa sobre o momento vivenciado na sala, retornei. O relógio marcava sete horas. Era manhã de 18 de janeiro de 2012.

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