sexta-feira, 30 de março de 2018

Quanto tempo já passou!


Da noite que iluminou o País ao dia de hoje 27, foram cinco anos a contar pelo calendário da terra.
Mas aqui no céu os dias e anos são diferentes. Parece que foi apenas alguns momentos. Mas são de momentos muito intensos na companhia de familiares e de pessoas amigas, todas muito queridas, amorosas e que acompanham a cada pensamento e sentimento que possa causar lembranças tristes.
Mas como escrevia: foram já cinco anos daquela noite que iluminou o País. As chamas não foram tão altas, mas a fumaça atingiu altitudes incomensuráveis. Estávamos ao som de música ao vivo e tudo transcorria na maior alegria de sempre. Quando, de repente uma breve confusão agitou o ambiente e logo a luz no teto se confundia com algumas labaredas e já se fez uma espessa fumaça e tudo mais já se sabe.
Mas o que não sabem é a situação dos encontros que ocorreram com todas aquelas almas que correram para o desconhecido. Para uma porta sem saída. Muitos de nós nos deparamos com amigos e familiares e logo uma nova confusão se fazia. Ao encontrar com minha tia, que de muito já havia desencarnado, fiquei um pouco assustada. Afinal foi no lampejo da imagem que minha tia se fez em minha frente. E no susto e sustos mais fui acometida de um desconforto sobre o que estava acontecendo.
Mas a Tia logo falou da situação. Que estava a me buscar, que eu iria para outro lugar e que não poderia, por hora, retornar para casa. Sem entender o que se passava, pois ficava atordoada, diante da “fantasma” de minha Tia, fui procurando compreender sem entender. Mas a situação logo se fez, ao menos para mim, que estava eu morta. E isso me constrangia profundamente. Pois tinha uma sensação de dor profunda quanto a pai e a mãe que havia, “horas antes”, me despedido brevemente dizendo que retornaria pela manhã.
Mas não mais. Fui acolhida de forma muito amorosa por Almas queridas. E de dor e sentimento de angústia, logo tudo virou uma paz e serenidade. Minha maior dor, suportável pelo contato fraterno da Tia, era o de sentir e ver o choro compulsivo de meus pais e amigos que deixava para a Terra. Ver eles do céu dava uma sensação de vazio e remorso, mas que logo passava no abraço afetuoso da Tia. E nos braços da Tia eu consegui ao longo desses momentos no Céu, acompanhar e suportar a distância que nos separam. A distância que para nós no Céu para a Terra não é nada. Mas que para aqueles queridos que deixamos, parece muito, parece longo, parece sem fim.
É, para eles parece uma dor sem fim. Mas cada lágrima que deles brota, será recompensada e não tarda muito, pelo menos para quem já está no Céu. Não tarda muito o reencontro com meu Pai e depois com minha Mãezinha.
Mas a situação de reconforto nos braços da Tia foi e é de tal forma, que supre toda e qualquer angústia. Estou cercada de carinho e com mil planos para logo mais. Quero ainda estudar aqui sobre a psicologia e depois quero encarnar para trabalhar com todos aqueles que sofrem da necessidade de superar perdas que comovem profundamente o coração. Quero trabalhar no futuro com pessoas que necessitarão passar pela dor emocional que parece nunca ter cura, que parece nunca melhorar ou diminuir.
Mas faço minhas visitas periodicamente com minha Tia. Visito meus pais quando me é permitido. Vejo eles em seus sonhos. E já são algumas vezes e eles acordam e comentam sobre o que conversamos e como eu estava.
Estou feliz pela oportunidade e de deixar para os estudos o desejo de que a paz e a emoção da fraternidade se faça nos corações.
A vida não para e o bom de tudo é saber do reencontro que se dá com todos os que amamos. Familiares queridos de sempre com sorriso nos acompanham e orientam. É isso uma alegria imensa para mim e para muitos que partem da Terra.
Vim para colaborar com os trabalhos da Organização. Chegamos em caravana. E faz algum tempo que já estamos em visita dos familiares e amigos. E como sabem: Deus permite que os corações que querem fazer o Bem, recebam o bem. Assim, deixamos depositados em todo o ambiente por onde passamos, ramalhetes de flores.
Fica nossa história!
Fica minha história!
Para sempre.
R. D. F.
Psicografado em 27 de janeiro de 2018.

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