quinta-feira, 23 de novembro de 2017

DESENCARNE E ACOLHIMENTO

O afeto é forte quando vindo do coração. Somente o coração consegue medir a afetuosidade, o carinho e o amor quando alguém é tocado. O raciocínio ainda carece da percepção mais pura do coração.
Pois é! Chegando aqui percebo a grandiosidade do afeto. Fomos trazidos por queridos irmãos trabalhadores. São nossos professores, que não se cansam de nos ensinar. Como tivemos vivencias diferentes, o ensino também é diferente entre nós. Mas é fato que aprendemos com ensinamentos ministrados a todos em nosso grupo.
Mas é! Hoje trouxe um pequeno texto que passarei a relatar, e contar um pouco sobre minha chegada na cidade espiritual.
Vamos lá!
Era dia 21 de março de 1996.
Estava eu meio confusa sobre o que estava acontecendo. Tudo pareceria muito real; meus pensamentos e meus sonhos giravam na minha frente. Imagens, as mais variadas e conforme eu pensava, se faziam na minha frente. Tive um pouco de espanto com essa situação, pois me sentia como vítima de uma alucinação. Por isso tive um pouco de perturbação quanto ao que estava acontecendo.
As imagens se confundiam com meus sentimentos. Ora tinha vontade de chorar e ora tinha medo. Mas foram as lembranças que brotavam de meu coração... acabaram me levando para uma situação de conforto. Lembrei da minha infância, da minha mãe e do que ela falava. Logo imagens se fizeram em minha frente: e vi minha mãe na cozinha de nossa antiga casa, falando comigo sobre amenidades que nos faziam rir. Essas imagens oportunizaram uma tranquilidade. E logo fui caminhando para a direção da imagem que se formava.
Mas a situação era que eu caminhava como sem conseguir chegar na imagem. Porém, passei a ouvir a minha mãe me chamando. Foi quando olhei para o lado e a vi. Nossa, que sentimento gratificante esse do encontro. Minha mãe me abraçou e eu senti uma paz muito grande. E logo perguntei se aquilo era um sonho; se eu estava tendo uma alucinação. Mas não! Tudo era real. E minha mãe, a Dona Rosa, passou a explicar algumas coisas.
Pois é! Agora estava eu sabendo que não era mais pertencente ao mundo dos “vivos”. Eu estava “morta”. É claro que um sentimento de medo percorreu a alma. Mas como estava em boa companhia, me senti segura.
Minha mãe me levou para uma cidade onde fui até uma bela casa. Muito confortável e acolhedora. O ambiente de extrema luminosidade e muito arejado. Na casa estavam outros familiares que chegaram antes de mim; e também havia amigos. Confesso que me senti muito feliz de estar ali. Mas as lembranças dos que continuavam na Terra me faziam perguntar sobre os mesmos.
Queria eu saber sobre meus filhos. Como estaria o Rodrigo e como estaria a Priscila. Queria saber sobre as minhas netinhas, a Lúcia e a Patrícia. Mas minha mãe dizia que era necessário ter um pouco de paciência. Afinal, mesmo todos tendo estudado sobre o Espiritismo, ainda o entendimento não se encontrava adequado. E eu, assim como eles, necessitavam de um tempo. E sempre que eu ficava com uma saudade dos filhos e netas, minha mãe me levava passear pela cidade.
A cidade é uma das mais belas que já conheci, quando comparada com a Terra. Na cidade onde estamos as avenidas são largas e floridas; em diferentes lugares são encontrados belos jardins que formam lindos quadros. Também existem praças onde alguns animais convivem e onde podemos sentar de baixo de árvores e ficar assistindo a beleza da natureza. Os prédios são espaçosos e pode-se dizer que existe algo de luxuoso, com uma majestosa elegância.
O caminhar nos faz acalmar as saudades que temos dos que continuam na Terra. Queria poder falar ao vivo com meus filhos e netas. Mas temos que esperar o momento de cada um. O que mais me acalma a saudade é quando, em sonhos, me encontro com algum de meus filhos e netas. Depois vejo, daqui mesmo, que eles comentam, que sonharam comigo.
Fiz uma passagem muito tranquila; sem aqueles pensamentos que muito se falava quando estava estudando o Espiritismo. Em meu relato, posso afirmar que o acolhimento é sempre realizado por alguém que cá está e que muito nos ama. E fica certo disso: Todos têm alguém do lado de cá que os ama muito e aguardando o momento indicado para realizar o acolhimento e dar aquele abraço afetuoso.
Fiquem com Deus!
Mônica de Garcia

Psicografado em 09 de setembro de 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário