O afeto é forte quando vindo
do coração. Somente o coração consegue medir a afetuosidade, o carinho e o amor
quando alguém é tocado. O raciocínio ainda carece da percepção mais pura do
coração.
Pois é! Chegando aqui percebo
a grandiosidade do afeto. Fomos trazidos por queridos irmãos trabalhadores. São
nossos professores, que não se cansam de nos ensinar. Como tivemos vivencias
diferentes, o ensino também é diferente entre nós. Mas é fato que aprendemos
com ensinamentos ministrados a todos em nosso grupo.
Mas é! Hoje trouxe um
pequeno texto que passarei a relatar, e contar um pouco sobre minha chegada na
cidade espiritual.
Vamos lá!
Era dia 21 de março de 1996.
Estava eu meio confusa sobre
o que estava acontecendo. Tudo pareceria muito real; meus pensamentos e meus
sonhos giravam na minha frente. Imagens, as mais variadas e conforme eu
pensava, se faziam na minha frente. Tive um pouco de espanto com essa situação,
pois me sentia como vítima de uma alucinação. Por isso tive um pouco de
perturbação quanto ao que estava acontecendo.
As imagens se confundiam com
meus sentimentos. Ora tinha vontade de chorar e ora tinha medo. Mas foram as
lembranças que brotavam de meu coração... acabaram me levando para uma situação
de conforto. Lembrei da minha infância, da minha mãe e do que ela falava. Logo
imagens se fizeram em minha frente: e vi minha mãe na cozinha de nossa antiga
casa, falando comigo sobre amenidades que nos faziam rir. Essas imagens oportunizaram
uma tranquilidade. E logo fui caminhando para a direção da imagem que se
formava.
Mas a situação era que eu
caminhava como sem conseguir chegar na imagem. Porém, passei a ouvir a minha
mãe me chamando. Foi quando olhei para o lado e a vi. Nossa, que sentimento
gratificante esse do encontro. Minha mãe me abraçou e eu senti uma paz muito
grande. E logo perguntei se aquilo era um sonho; se eu estava tendo uma
alucinação. Mas não! Tudo era real. E minha mãe, a Dona Rosa, passou a explicar
algumas coisas.
Pois é! Agora estava eu
sabendo que não era mais pertencente ao mundo dos “vivos”. Eu estava “morta”. É
claro que um sentimento de medo percorreu a alma. Mas como estava em boa
companhia, me senti segura.
Minha mãe me levou para uma
cidade onde fui até uma bela casa. Muito confortável e acolhedora. O ambiente
de extrema luminosidade e muito arejado. Na casa estavam outros familiares que
chegaram antes de mim; e também havia amigos. Confesso que me senti muito feliz
de estar ali. Mas as lembranças dos que continuavam na Terra me faziam
perguntar sobre os mesmos.
Queria eu saber sobre meus
filhos. Como estaria o Rodrigo e como estaria a Priscila. Queria saber sobre as
minhas netinhas, a Lúcia e a Patrícia. Mas minha mãe dizia que era necessário
ter um pouco de paciência. Afinal, mesmo todos tendo estudado sobre o Espiritismo,
ainda o entendimento não se encontrava adequado. E eu, assim como eles,
necessitavam de um tempo. E sempre que eu ficava com uma saudade dos filhos e
netas, minha mãe me levava passear pela cidade.
A cidade é uma das mais
belas que já conheci, quando comparada com a Terra. Na cidade onde estamos as
avenidas são largas e floridas; em diferentes lugares são encontrados belos
jardins que formam lindos quadros. Também existem praças onde alguns animais
convivem e onde podemos sentar de baixo de árvores e ficar assistindo a beleza
da natureza. Os prédios são espaçosos e pode-se dizer que existe algo de
luxuoso, com uma majestosa elegância.
O caminhar nos faz acalmar
as saudades que temos dos que continuam na Terra. Queria poder falar ao vivo
com meus filhos e netas. Mas temos que esperar o momento de cada um. O que mais
me acalma a saudade é quando, em sonhos, me encontro com algum de meus filhos e
netas. Depois vejo, daqui mesmo, que eles comentam, que sonharam comigo.
Fiz uma passagem muito
tranquila; sem aqueles pensamentos que muito se falava quando estava estudando
o Espiritismo. Em meu relato, posso afirmar que o acolhimento é sempre
realizado por alguém que cá está e que muito nos ama. E fica certo disso: Todos
têm alguém do lado de cá que os ama muito e aguardando o momento indicado para
realizar o acolhimento e dar aquele abraço afetuoso.
Fiquem com Deus!
Mônica de Garcia
Psicografado em 09 de
setembro de 2017.
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