terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Festa no céu!

A chegada que tive no plano espiritual foi de uma alegria incrível. Jamais imaginei tal coisa e em tal condição, pudesse acontecer. Quando me vi e senti a beleza da alma, como caminhando dependurada no ar, e passei a ver diversos amigos, amigas, e em especial emoção, aos familiares queridos que já a muito tinham deixado a Terra, é que pus-me a chorar de intensa alegria.
Cada um passou a me abraçar e a falar comigo sobre a saudade sentida.
E minha mãe se aproximou com um olhar afetuoso... e num abraço fraternal, contou que já estávamos nos encontrando muito antes de eu desencarnar. Foi então que recordei dos sonhos que tive com ela em dias antes do meu desencarne. Lembrei de muitas conversas e orientações recebidas. E que coloquei em prática antes de minha despedida da Terra.
Pois é; a minha mãe Luiza estava toda trajada com flores rosas para me recepcionar. Já meu pai estava com uma leve túnica branco-prata.
O sorriso do meu pai foi contagiante e também me deixou com a emoção no coração e nos olhos. O pai Antônio era diferente no Céu, pois estava mais feliz que quando deixou a Terra.
Lembro bem a partida de meu pai: Era um dia frio do inverno, mais precisamente em 23 de julho, quando a noite gelada fez doer mais que o sofrimento da morte do pai em 1953.
Depois, foram momentos difíceis para todos nós. E a mãe, então, teve de se desdobrar em atividades e exigir o nosso concurso para os afazeres domésticos e para o sustento e auxílio financeiro do lar.
Mas o apoio materno chegou ao seu término em 1954, num dia de verão, mais precisamente em 19 de janeiro. Nesse caso, a dor foi muito maior, pois acompanhamos o definhamento da mãe Luiza ao longos dos dias.
E a certeza da morte da mãe nos causou, em todos nós, eu e minhas outras irmãs, um trauma emocional que levou tempo para ser curado.
E chegou minha vez também de deixar a Terra. Era um dia de primavera, mais precisamente em 29 de setembro de 2010. E foi nesse mesmo dia que senti uma emoção enorme ao reencontrar amigos e familiares.
A minha mãe Luiza não era mais aquela velhinha mirrada e adoentada. Não! Era uma linda jovem de uns 25 anos, com muita juventude de espírito.
Já o pai Antônio, também não demonstrava nenhuma ruga ou calvice, era um rapaz de 30 anos e com um brilho no olhar que cativou já no primeiro momento do encontro.
 Dos amigos que vieram me recepcionar, estavam ali o Daniel, que foi desde sempre preocupado com seu futuro, mas a tragédia de um acidente o levou para a espiritualidade quando ele recentemente tinha completado seus 25 anos; também apareceu a Salete, que foi minha vizinha na infância e muito brincamos com bonecas, mas a vida profissional depois nos separou; também a Sônia e a Mônica me recepcionaram, foram minhas colegas no colégio e muito estudamos juntas para as provas e foi com elas que mais relação e conversas mantivemos até o momento de cada uma partir.
Mas tenho que registrar, o encontro mais afetuoso foi com a minha vó Chica, a vó Francisca. Ela era quem me deu os carinhos maternais na infância, me ensinou a fazer bolinhos e algumas comidas típicas italianas. A vó Chica nada se parecia com aquela idosa de quando morreu. Não! A vó era a mais jovem em aparência das pessoas que vieram me recepcionar. E descobri logo a causa disso. A vó Chica me recebeu com a figura de uma menina de 11 anos; e reconheci que minha avó havia sido minha filha em outra encarnação.
Vejam só como são essas ligações invisíveis de amor e trabalho, de afeto e ternura. Os encontros não são casuais e as relações de respeito necessitam serem sempre valorizadas.
Fica o meu beijo!
Para todos!
Professora Valquíria
Psicografado em 07 de outubro de 2017.

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