Não é nada estranho quando
os encarnados se perguntam sobre a autenticidade do Mundo Espiritual ou mesmo
sobre a existência dos Espíritos. De fato as dúvidas são diminuídas na medida
que a consciência sobre nossa condição universal dá um melhor entendimento
sobre as condições de cada um e das relações a que estão todos submetidos e
envolvidos.
As dúvidas, vale dizer,
correspondem aos primeiros passos para se estabelecer as relações de
entendimento que cada qual ser pensante vai construindo; seja sobre si e sua
vida, seja sobre as relações de outros e do mundo.
Afora as diferentes
respostas que são dadas pelos viventes encarnados sobre as dúvidas levantadas,
é fato que cada qual consegue identificar tão somente aquilo que está ao seu
alcance intelectual e compreensão cultural. Compreende tão bem quanto for sua
capacidade de estabelecer comparações dos seus mais diversos entendimentos com
tudo aquilo que lhe afeta os sentidos.
Porém, convém destacar os
sentidos da Alma de cada ser vivente encarnado, em particular da humanidade,
visto que esses já atingiram a condição de Espíritos e estabelecem comparações
racionais mais elaboradas.
Reparem só: quando os sonhos
acontecem, compreende-se que o pensamento não para. Estejam dormindo, é fato
que os encarnados sonham. Então, para ponderar sobre dúvidas que se podem
fazer: Que coisas são essas que ocorrem nos sonhos? Por que são percorridos
lugares estranhos? Por que ocorrem diálogos com pessoas que não se conhecem?
Como pode em algumas situações o corpo sentir os sonhos como se esse fosse tão
real quando como se estivem acordados? O que acontece quando se dorme?
A conveniência diz que todas
essas perguntas que levanta-se decorrem dos efeitos das vivências transcorridas
ao longo da vida e mesmo dos dias anteriores, numa mistura de emoções, desejos,
ansiedades...
Mas convém também perguntar,
diante disso: Como em alguns momentos a pessoa consegue descrever com riqueza
de detalhes as falas que teve com alguém? Como consegue detalhar lugares que
sonhou? Como consegue explicar características de coisas que não são
encontradas em lugar nenhum da Terra? Como o ser consegue estabelecer
comparações de objetos que nunca viu em lugar nenhum?
Certamente que tantas outras
questões podem ser levantas. Diversas outras dúvidas podem ser debatidas diante
das questões. Mas ocorre que ao ser vivente encarnado lhe cabe levantar o “véu”
da ingenuidade e conscientizar-se de que tudo que pode ser comparado é porque é
visto e percebido pelos demais sentidos. E toda a comparação que é feita, só
pode ter origem em coisas que já foram percebidas pelos sentidos.
Diante disso, pode-se
diagnosticar que os sonhos, ou seja, o pensamento, nada mais é do que a Alma e
seus sentidos experimentando ou mesmo recordando situações vivenciadas em
outros mundos; o sonho é a Alma experenciando o Mundo dos Espíritos.
Ramatís
Psicografado em 04 de maio
de 2015.
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