Quando cheguei na
espiritualidade, não percebi que muitas coisas eram diferentes.
Pensava no início que estava
como ainda viva na terra. Isso porque a todo o instante, a todo o momento, eu
simplesmente fazia tudo como ainda encarnada.
Não percebia o peso das
coisas, nem as densidades de outras. As roupas eram como iguais. A água na mesma
textura e sabor, melhor, sem sabor, ou cheiro e muito incolor.
Mas passando alguns dias,
percebia que as coisas estavam assumindo outras tonalidades, mais luminosas,
mais claras e mais leves.
Foi aí que iniciou os
entendimentos mais adequados. Passei a ouvir do meu primo Levi que no novo
mundo as nossas sensações são diferentes, são mais abertas.
O Levi explicou que quando
cheguei eu ainda mantinha as impressões que vivi na terra. E na medida que eu
me adaptava ao novo mundo, os sentimentos, os sentidos e o entendimento das
coisas também iam se modificando, ficando mais real diante da real realidade do
novo mundo.
Notei que as coisas tinham
um brilho todo especial. As flores parecem no novo mundo como lâmpadas em seu
brilhar. A luz que emitem acalma a alma, suaviza o olhar. O perfume que elas
exalam nos enche de amor e paz; e até parecem que revigoram nossos sentimentos
de fraternidade.
Quando reparava os pequenos
animais que existem no novo mundo, percebi neles também uma luminosidade e um
perfume. E todos eles permitem uma aproximação e nos procuram também para nos
acompanhar. Eles expressam uma alegria quando estão junto de nós que parece
alimentar nossos desejos de cuidado e atenção. Mas lá onde vivemos, nesse novo
mundo, os animais não necessitam de nossos cuidados, eles, assim como todos que
vivem lá, só necessitam do olhar amoroso e da aproximação fraterna.
E nos jardins das casas e
praças, das avenidas e prédios, todos convivem amorosamente juntos.
É um novo mundo que vivo em
minha plenitude agora. E dá uma vontade de não mais sair desse lugar.
Mas o primo Levi disse que
por hora ficarei no novo mundo, pois ainda estou aprendendo. Mas chegará o
momento de ir para outra cidade, para outro mundo, e conhecer lugares lindos e
de extremo conforto espiritual.
Confesso que a ansiedade me
deixa entusiasmada em conhecer esses outros lugares. Mas como o meu primo Levi
sabe da minha ansiedade, disse que é necessário primeiro eu aprender bem sobre
o novo mundo em que estou, pois se for de outra maneira, eu terei dificuldades
de compreender e de adaptação.
Pois é com essas explicações
de pessoas que me amam que sinto a fraternidade de Deus em meu coração. E
percebo a cada novo dia, a cada nova experiência no novo mundo, o quanto é
importante o estudo.
Estudar sempre! É isso que
estamos fazendo a todo o momento. O pensamento não para e sempre se faz
perguntas para entender sobre as coisas.
Mas o que mais me estimula
nos estudos é o fato de a cada instante, a cada momento e vivência, é o fato de
descobrir e se reconhecer como uma criação de Deus, uma filha do Pai Celestial,
assim como todos os seres também são.
Que a luz do Pai Celestial
ilumine a todos, com muito Amor!
Mil beijos!
Patrícia
Psicografado em 29 de julho
de 2017.
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