Na madrugada do dia 13 de julho de 2011, fui levado pelo mentor Bartolomeu para a cidade espiritual Horizonte de Luz. Chegamos diante de majestoso prédio, com a frente toda envidraçada. Com porta de entrada larga, de uns cinco metros aproximadamente, compunha-se de duas colunas em granito claro a formar a fachada. Nas colunas, de um metro de largura cada uma, estavam inscritas mensagens de perseverança e amor. Bartolomeu, antes de entrarmos nos prédio, fez-me aproximar de uma das colunas e comentou:
-Charles! Estamos no Departamento da Encarnação. Aqui são encaminhados os Irmãos e Irmãs para novas romagens na Terra. Veja os inscritos nessas colunas. São frases de estímulo e coragem. Quando é chegado o momento da despedida dos que aqui vivem, para retomar as vestimentas da carne, destinada ao progresso, conhecimento e esclarecimento, muitos são os amigos e familiares que acompanham o encarnante até essa entrada. Não é aconselhavam aos mesmos acompanhar o encarnante para dentro do prédio, visto que aqui as atividades se destinam especificamente ao encarnante.
Interrompi o comentário de Bartolomeu com uma questão que me saltou:
-Por que não podem acompanhar o encarnante?
-Vou lhe explicar com uma imagem comparativa. Na Terra, quando alguém é internado em um hospital para receber um tratamento cirúrgico, por exemplo, esse paciente terá uma atenção específica da equipe médica que procederá a cirurgia. Nesse exemplo, você pode delongar da inutilidade ou mesmo da inoportuna presença e acompanhamento de quem não se destina ao tratamento. Assim é no Departamento da Encarnação. Os trabalhos aqui se destinam exclusivamente ao encarnante e a equipe de trabalhadores dará maior atenção ao mesmo. Veja essas frases nas colunas de entrada ao Departamento.
Li algumas frases, sendo que lembro de algumas:
“Ao adentrar, lembre sempre da missão que Deus lhe confiou: Evoluir Sempre!”
“Confia em ti! Pois nós confiamos sempre em você!”
“Assim como Deus está contigo, nós também sempre estaremos.”
“Viva! Viva feliz! E segue no caminho do bem diante de todas as experiências na Terra.”
“Confia sempre! Enquanto estiveres na Terra, muitos aqui estarão orando por ti! Todos os dias!”
“Deus te confiou à grande missão: encarnar e auxiliar na sua criação.”
Bartolomeu orientou para entrarmos:
-Vamos entrar e aguardar um pouco aqui na Sala de Recepção do Departamento. Estamos autorizados para ficarmos aqui. Tão logo seja anunciado, poderemos nos dirigir ao pátio. Como lhe expliquei, não estamos autorizados em participar ou presenciar as atividades relativas aos encarnantes.
A Sala era muito grande. O assoalho era em granito claro, da mesma cor das colunas, tendo tonalidades diversas que variavam do bege claro ao branco. A Sala media uns dez metros de profundidade, por vinte de largura. Diversas poltronas com almofadas preenchiam a Sala, tendo vasos com folhagens e flores ao lado das mesmas. A altura do teto era de uns quinze metros, de onde pendiam luminárias que formavam um círculo de tubos de diferentes comprimentos e nas cores branca, azul claro, violeta e amarela, tendo ao centro e pouco mais abaixo dos tubos, também sustentado por um cabo, um globo azul representando a Terra. Ao fundo e de frente para a entrada, uma parede estava mais adiantada da outra e por onde está o corredor de acesso ao interior do Departamento.
Havia um aroma de jasmim no ar. Também um som de piano, que não sei de onde saia, tronava ainda mais agradável o ambiente.
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