sábado, 20 de dezembro de 2014

Aos Irmãos, Luz e Paz!

Não olhai tanto para o Universo. Olhai mais para dentro de si.
As águas que banham a Terra não encontram quem a tem conduzido no rastro... Mas, unidas, o carregam consigo... o Amoroso Invisível.
Banhais a tua Alma com ela; mas no sentido de Luz, de Energia, de Amorosidade; para si e para o próximo.
Que os fluidos de Amor, junto com o Plano Espiritual Superior, tragam-te, envolto de Paz e Esperança, novo alvorecer.
E essa aurora, o da atual vida que podes reiniciar, seja mudança de hábito, de pensamento e postura.
Confie no Alto. E não julgueis ninguém antes de julgar a si próprio.
Tenham fé... muita fé. E também esperança.
E venças as próprias dificuldades... entre ti e o próximo... com palavras amigáveis... e um abraço fraterno.

Irmão Frederich
Ditado em 20 de dezembro de 2014.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Natal, momento de Paz

Para muitos o Natal parece ter perdido seu sentido ao propalar nos corações o apelo material. Mas peço para você que lê este texto, um momento de atenção.
São muitas as crianças que sentem uma emoção especial nesse dia de Natal. Para elas, o sentimento da surpresa, de receber um presente, lhes enche o coração de esperança e luz. É um momento de ansiedade que contagia a Espiritualidade que se aproxima para orientar e amparar.
Pequenos pupilos imaginam a chegada do velhinho com as roupas típicas do Polo Norte, com barba longa e branca, e que algumas confundem com o Deus pintado nas Igrejas. Ocorre, nesses momentos de expansão do pensamento dessas tenras crianças, contatos com diversos Irmãos da Espiritualidade que lhe trazem o aconchego da esperança de um sonho de brinquedo. Algumas tem dificuldade do sono pois ficam ansiosas de se depararem com a figura do velhinho chegando com os presentes na noite adentro.
A magia das luzes dessas crianças se faz ao dia, quando elas encharcam a atmosfera a sua volta com a esperança da chegada de parentes que poderão lhe trazer algum presente.
Até poderá ser breve esse momento de irradiação de luz na atmosfera, mas é de muita valia para todos os Espíritos familiares que desejam se aproximar. É nessa atmosfera de Amor que os laços entre encarnados e desencarnados se fazem tocar. Os corações dos encarnados batem diferente pelos que já partiram para a Espiritualidade. E esses adultos, que sem se darem conta, são presenteados pelo olhar fraterno do Pai, ou da Mãe, ou do Amigo, da Esposa, Esposo, que de cá lhe lança um beijo no coração.
Nessa data festiva, se em algum momento lhe acontecer de lembrar de alguém que do lado de cá está, na Espiritualidade está, saiba que é ela ao seu lado lhe soprando na consciência que no teu lado e contigo está. Não chore, mas se alegre. Pois chegará o dia que você fará a mesma coisa com aqueles pequeninos que correm pela casa contagiados pela magia do Natal.
Pois, aqui estou, cá estou, trazendo a luz e contando sobre a luz que tocará milhares e milhares de corações de encarnados na Terra no dia de Natal.
E apesar dos momentos difíceis que podem estar passando, a lembrança de alguém querido que está na Espiritualidade é o maior presente e que não perece. Lembrem com carinho. É só esse o presente de Natal. E se ficou alguma amargura, saiba contagiá-la com o Amor e a Paz.
Esse presente da lembrança de alguém pode ser dado no íntimo, em sua consciência e sem ninguém mas saber, a não ser a Espiritualidade amiga que te ouve.
E escuta teu coração. É por ali que te falamos.
Um beijo amado em seu coração!
Da Irmã Luíza de Assis
Assistente Espiritual dos Desencarnados Desafortunados

Psicografado em 15 de dezembro de 2014.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Aniversário do blog – quatro anos

O dia 05 de novembro é comemorado como mais um ano terreno para o blog Espiritualidade. Temos a certeza de estarmos fazendo todo o possível para divulgar os conhecimentos sobre o mundo dos espíritos aos encarnados. A cada dia o número de leitores aumenta e os conhecimentos aqui colocados ganham projeção em diversos núcleos terrenos. Encarnados e desencarnados comentam, refletem e dialogam com seus pares sobre os textos e histórias aqui depositados.
A Espiritualidade tem como missão destacar os conhecimentos dos desencarnados. E a plêiade de colaboradores espirituais já se estende ao longe.
Nossa gratidão está em nosso Pai Celestial pela permissão concedida em trazer um pouco das experiências e observações dos Espíritos ao entendimento dos encarnados. Fazemos como a lume do farol que brilha ao viajor o local seguro a se dirigir pelos mares da vida. Sabemos das dificuldades dos desencarnados em perceber sobre realidade tão sutil e etérea como é falar e contar sobre o Mundo Espiritual, sobre o mundo invisível. Mas o mesmo se dá quando os encarnados buscam explicar ao leigo de física, sobre o mundo dos prótons, elétrons, neutros, quarks, neutrinos. Ou seja, explicar sobre os considerados mundos infinitamente pequenos da matéria. E mesmo que o encarnado desconfie da existência desse mundo infinitamente pequeno, o mesmo não deixa de existir e também não se modifica para agradar ao cético.
A vida se faz e é exuberante na Espiritualidade; o blog aqui já deu relatos de quanto grandiosa e dinâmica ela o é.
Queridos! A vida não cessa! E todos cumprem uma jornada de missão, esteja encarnado ou não. E os compromissos assumidos para com o próximo devem ser levados a termo. Sempre devemos recordar sobre nossos familiares e a responsabilidade de contribuir para o progresso em direção ao Pai Celestial. Todas as criaturas caminham em direção ao Pai de Amor e Bondade, e cada um de nós somos como ladrilhos que nos unimos a formar uma estrada em direção ao Amor de nosso Pai.
Ao completar quatro anos de publicações, o blog ainda planeja estar mais tempo junto aos encarnados. Trazer conhecimentos e experiências, observações e esclarecimentos, constituem a atividade primeira do grupo de trabalhadores que se uniram para essa tarefa.
Desejamos a você que nos lê, muito Amor e Paz. Que nosso Pai ilumine vosso coração.
Fiquem com Deus!
Bartolomeu
(Espírito mentor)
Psicografado em 05 de novembro de 2014.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Quem te viu, quem te vê

Olhe ao seu redor e procure reparar a exuberância da natureza e da vida. Para todo o lado que seus olhos percorrerem, só encontrará a vida; prova da existência de uma Inteligência Superior a trabalhar teus sentimentos e sonhos.
Mas esse trabalho nada mais faz do que lhe estimular ao progresso, bem na direção dessa mesma Inteligência Superior.
Pois é assim que cada qual caminha na natureza; enquanto a matéria sofre as transformações, as inteligências, sejam em estágio de Princípios Inteligentes ou já em Espíritos, são estimulados ao progresso e passam por transformações íntimas, fazendo suas Almas tornarem-se cada vez mais resplandecentes e detentoras de conhecimentos que antes não conheciam.
É diante das diferentes caminhadas e pressões da vida diária que o Espírito consegue angariar o conhecimento necessário para o seu progresso. E mesmo que ele desejasse ficar parado, mesmo que ele optasse em nada fazer para progredir, o fato é que o universo a sua volta o faz de imediato sair do abstracionismo da inércia e logo se põe em marcha forçada ao progresso.
O movimento da matéria, que serve de verve no caminhar do progresso, lhe indicaria a ação por mais sutil que lhe possa parecer. E logo o movimento natural oportuniza o progresso da Alma em direção a Inteligência Superior, em direção ao nosso Pai.
Consiste a natureza em escola sem eco ou sala de aula. Seus professores e mestres seguem a regra do movimento e quem ouve e segue a compassos o movimento da natureza, melhor atinge o progresso espiritual. Mas não cabe lamentar se por algum momento deixamos a matéria nos arrebatar em suas lições; saibamos tirar disso o entendimento oportuno para nosso aprendizado, pois esse é exclusivo para os que desejam avançar na marcha da vida.
O Pai a todos aguarda. Saiba que em vidas pretéritas todos já animaram seres diminutos na natureza, seja aqui na Terra ou mesmo em outros planetas. Saiba que a Terra é só um dos mundos de passagem, e por sermos Espíritos, estejam encarnados ou desencarnados, o fato é que todos os que habitam a Terra são extraterrestres em sua condição espiritual.
Confia sempre no plano Espiritual, pois é dele que emergem as inteligências que te rodeiam e lhe estimulam ao progresso.
Siga em frente e ao Alto, para no Pai.
Que assim seja.
Do Irmão Etelvino de Jesus.
Um apóstolo do bem.

Psicografado em 04 de setembro de 2014.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Amor, sublime amor

Anteontem estávamos olhando os diversos tarefeiros que descem para trabalhar na Terra. São muitos os encarnados que se socorrem dessas irmandades superioras para realizar suas mais devotas atividades de prece e de amor ao próximo. Sim, meus queridos! São muitos os encarnados que pedem auxílio ao Alto para atenderem queridos Irmãos e Irmãs encarnados na Terra. Muitos desses fazem seus pedidos no silêncio do coração, no íntimo de suas almas, em quase completo anonimato se não fosse o reflexo de luz que irradiam diante de tão sublime pedido que é visto e sentido pelos Irmãos e Irmãos da Espiritualidade Superior.
O fato do anonimato é o mais destacado dos amores. Pedir ao próximo sem ser reconhecido pelos que o cercam ou mesmo de ser notado para receber o possível elogio que aguçaria a vaidade.
São de muito louvor o atendimento e o pedido, e o Pai Amado atende prontamente, oportunizando que devotos Irmãos e Irmãs da Espiritualidade se acheguem também anonimamente dos queridos a quem foi solicitado uma atenção divina.
São legiões de Espíritos que se achegam e despejam luzes sobre os que foram indicados por outros encarnados para serem acolhidos.
É! Essa é a maior prova do Amor ao próximo. Pedir ao próximo sem desejar ser reconhecido ou notado. Solicitar o amparo divino ao querido amigo, ou amiga, ou mesmo irmão e irmã de família, ou ainda para parentes próximos ou distantes, são mensagens destacadas de Amor! De Sublime Amor a povoar o infinito e que contarão quando o momento do reencontro na espiritualidade chegar, os obreiros de tão bela melodia de Amor.
Que o Pai lhes ilumine sempre.
De Beatriz, uma querida que lhe quer bem.

Psicografado em 04 de setembro de 2014.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Espiritas e os Espiritismos

A compreensão da Doutrina Espírita no contexto atual, em se tratando de Brasil, é, obviamente, diversa da origem, quando no século XIX foi postulada por Allan Kardec. Os pressupostos elencados e apontados para os estudos espíritas se deslocaram dos primórdios.
Não sem efeito foi o entendimento que esse distanciamento produziu no seio do Espiritismo. Compraz rever os pressuposto delineados por Allan Kardec para que a ciência do Espiritismos não se turve e que atributos alheios aos ensinos do Mestre Lionês sejam contaminadores dos entendimentos equivocados de uma suposta nova religião.
Quis os homens o caminho da religião para o Espiritismo, diferentemente dos postulados de Allan Kardec. Quis os homens o caminho do sagrado diante das ponderações científicas e filosóficas orientadas por Allan Kardec.
A confusão se fez e está estabelecida: o Espiritismo é compreendido e abordado como religião. Sem ter dogmas ou rituais registrados como norma, as atribuições de conversas com a espiritualidade se dão diante e constante ao rito do corpo e ao dogma do pensamento.
Convém aos estudiosos do Espiritismo resgatar os ensinos constantes na fonte; ou seja, nas obras de Allan Kardec. Tais ensinos não foram superados pela ciência no contexto atual. Mas o propósito de se conseguir o status de ciência para o Espiritismo ficou sepultado em Paris do século XIX, junto aos despojos de HLD Rivail.
A missão dos Espíritas é o de amar. Amar ao próximo! Essa é a primeira missão. Mas a segunda é a de instruir. Fazer ciência: observar, analisar e concluir conforme as evidências. Mas não como uma sociedade secreta que guarda os resultados. Deve sim fazer ciência e divulgar os conhecimentos, para que os mesmos sejam testados com total transparência.
Fiquem com Deus!
Irmão Aníbal

Psicografado em 28 de abril de 2014.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Europa em chamas

A atmosfera da Terra se satura de matéria densa, semelhante a fuligem, trazendo para junto da crosta diversos irmãos das zonas umbralinas. Espalhando a discórdia e a confusão, esses irmãos comprazem em desfazer certezas estabelecidas em muitos encarnados. Sabem eles que estão em vias de se desligar desse mundo.
Os horrores protagonizados na atmosfera por esses pequeninos irmãos que sobem das regiões umbralinas, ganham materialidade nas ações dos encarnados que como se fossem as mesmas turbas enfurecidas, se organizam em grupos para reivindicar intenções que nada colaboram para o bem da coletividade. Buscando o isolamento de propósitos, turbas de desencarnados e grupos de encarnados passam a entoar numa só voz o propósito da discórdia e da guerra.
A Europa encontra-se mais uma vez diante do nefasto ocaso entre o materialismo isolacionista e a fraternidade coletiva, onde o primeiro sufoca a cada dia mais o segundo, num processo que iniciou já a quase dez anos.
Mas não só a Europa passa por tais agruras.
No Oriente Médio os ódios entre irmãos já grassaram o desencarne de centena de milhares. E o resultado disso é o constante trabalho de resgate da Espiritualidade diante da ignorância dos Espíritos que ainda em sua infância, defendem os contextos materiais em nome da fé.
Na África os dilemas étnicos servem como contextos para brutalidades e extermínios. O pano de fundo para tais atividades é o político; que também converge com o suporte de uma fé.
Na Ásia os tambores da guerra são cada vez mais fortes e contundentes. Suas batidas assemelham-se a uma contagem regressiva. Diante de avanços de paz ocorrem retrocessos fragorosos em direção da guerra. Nesse contexto o propósito é a matéria e seu controle.
Na América as fagulhas da conflitualidade já ganham a atmosfera e se espalham como se um vento forte as soprasse em direção de outros países e instituições. A conturbação se dá não pela fé, mas pelo desejo de mudanças exteriores e materiais, tão somente.
Em se tratando do homem e sua espiritualidade, nada se faz ou se fez no século que passou, mesmo com duas catastróficas guerras. Nada se construiu na cultura humana para a fraternidade coletiva. Toda a cultura foi consolidada no materialismo isolacionista.
Agora, nesse momento que dito esta mensagem, a Espiritualidade se une para atender aos gritos de socorro dos que desencarnam. Campos de socorro são erguidos em diversas localidades da Espiritualidade para servirem como primeira passagem aos que deixarão a Terra.
Como se não bastasse a brutalidade humana em sua luta insana pelo materialismo isolacionista, a natureza dá provas de sua potencialidade, obedecendo as leis divinas, ocasionando desastres que oportunizam desencarnes coletivos.
Tudo seria mais adequado com a Espiritualidade se os terrenos compreendessem suas atribuições na encarnação e sua caminhada para o desencarne.
Rogamos ao Alto a luz do esclarecimento a você de boa vontade.
Fique em Paz!
Irmão Itacir de Alcântara
Psicografado em 28 de abril de 2014.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Querubins

A imortalidade é o efeito do Espírito e dos Princípios Inteligentes que povoam o universo. Nossa evolução se dá pelo trabalho e esforço em superar os ensinos que envolvem a matéria.
Chegará o tempo de atingir as condições de Querubins, quando o Espírito compreenderá satisfatoriamente sobre a matéria que lhe proporcionou o conhecimento adequado. Sem a matéria o Princípio Inteligente e o Espírito ficariam com grandes dificuldades para evoluir. Todos necessitam da matéria para aprender.
Os Querubins já passaram pelos aprendizados da matéria e sua compreensão agora dispensa tal necessidade.
Dessa forma, não há motivos para demonizar a matéria, visto que é por ela que necessitamos adquirir conhecimentos. Vale o esclarecimento e despertar da consciência para entender essa necessidade e também a necessidade de aos poucos nos desfazermos dessas aproximações e dependências da matéria, esteja essa na dimensão que for.
Querida irmandade terrena, o esclarecimento é o que move os Princípios Inteligentes e os Espíritos para o progresso. Todo esse entendimento está condicionado à capacidade de cada qual em seu despertar e se desapegar gradualmente da matéria, fortificando seu entendimento sobre as necessidades da matéria, na mesma medida que se desprende da mesma.
Que vosso progresso seja sempre assim, iluminado no estudo e no esclarecimento!
Irmã Dulce

Psicografado em 14 de abril de 2014.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Novo dia

Hoje é um novo dia, assim como ontem foi um novo dia.
As possibilidades da Alma são infinitas: construímos junto com o Pai!
A natureza se refaz com os Princípios Inteligentes e Espíritos atuando...
Estejamos encarnados ou não; mas sempre integrados.
A flor que hoje se forma; ontem era germe cintilante na espiritualidade.
Princípio Inteligente que vê o Espírito como um Deus.
O homem que ontem se debateu em angústias e perturbações... hoje é Espírito a buscar Deus.
O Espírito que ontem palmilhou as terras para ensinar e orientar... hoje é o Irmão Amigo que lhe ilumina.
Ontem era a confusão e a fantasia...
Hoje a certeza da vida eterna! E somos cocriadores universais como servos diletos de nosso Pai!
O desânimo, as vezes, até pode nos puxar, como a gravidade faz! Mas nossa Espiritualidade quando pensada, nos imanta aos Amigos Superiores e logo o fato de, como arrebatados, soerguimento acontece.
Todos somos Almas em progresso e em condições de trabalho. Até mesmo aqueles que se dizem desamparados ou se consideram inúteis, estão, sem o compreenderem bem, exercendo valiosas atividades.
Querida irmandade leitora das mensagens da Espiritualidade, não esmoreçam diante das dificuldades. Doem vossa atenção aos aflitos e aos que lhe procuram para conversar; escutem muito, com zelo, paciência e dedicada atenção. Depois falem com mansidão as orientações que considerar relevante. Saibam que essa atitude é uma iluminada oração e os Amigos da Espiritualidade farão de tuas palavras brotar a musicalidade do amor de nosso Pai a encher de luz o coração daquele que te procurou para conversar.
Que assim seja!
Irmã Dulce
Psicografado em 07 de abril de 2014.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sintonia do Amor

Deus se faz presente em toda a sua criação. Nós, como parte da criação, também temos a presença do Pai em nossa essência, em nossa Alma. Somos, assim, Espíritos com Deus e imantados em sua essência também.
Para sentirmos sua presença, temos de apenas nos sintonizarmos com sua essência, com nossa essência, e por conseguinte, com o nosso Amor, nosso Pai.
Deus é Amor! E nós, por sermos parte de sua criação, também somos Amor. Assim, podemos afirmar que o Espírito também é Amor; o Espírito é Amor!
Para sintonizar essa fabulosa qualidade basta que nossos pensamentos e ações deslindem, apresentem, dinamizem, estimulem a Paz, o entendimento, a compreensão, a fraternidade, o consolo. É tudo uma questão de atitude. Quando nossos pensamentos se realizam nessa atmosfera, uma luz interna, na essência da Alma de cada um, daquele que pensa no sentido do bem, irradia centelhas florescentes que se expandem e se sintonizam com outras da mesma cor, mas que surgem como se viessem do invisível. Elas se integram e estabelecem uma comunhão que ao retornar à fonte, ao Espírito e ao encarnado que dinamizou os pensamentos de Amor, parecem desmaterializar diversas outras luzes mais densas que ficam na volta ou preenchem a atmosfera.
É encantador quando essa sintonia se faz. Espíritos das esferas superiores passam a tocar essas luzes internalizadas e sutis com seus pensamentos, estabelecendo um encadeamento, uma rede de luzes translúcidas e cintilantes, deixando uma forte irradiação no centro dessa rede, elevando os sentimentos ao ponto de percebermos que nosso Pai não é o fim, mas sim o meio pelo qual chegamos aos nossos Irmãos e Irmãos, encarnados ou desencarnados.
Essa sintonia de amor se faz presente nas orações, nas reuniões mediúnicas, e onde os Espíritos e os encarnados se reúnem para a fraternidade, para pedirem pelo próximo ou pelos familiares ou amigos as atenções que lhes cabe do Alto. Entre os que pedem e os que recebem, entre os médiuns e os Espíritos que se manifestam, surge uma luminosidade que medeia a rede de pensamentos, manifestando o Amor, permitindo entrever a manifestação de nosso Pai.
Quando terminada a oração ou o trabalho mediúnico, quando terminada a solicitação para o Alto, fica um gostoso sentimento entre as Almas envolvidas; É nosso Pai nos abençoando em nossa essência.
Fiquem com Deus!
Irmão Hilário

Psicografado em 14 de abril de 2014.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Amigos da Terra

Como é bom vê-los nesse caudaloso processo redentor da evolução. O Cristo está iluminando a todos; desde a mais pequenina e insignificante molécula de vida, até o mais alto amigo da espiritualidade superior.
Os anos na Terra passam como um breve epílogo nas diferentes encarnações que se desenvolvem pela erraticidade na eternidade. Mas os avanços nesses momentos são significativos para cada Alma.
É difícil mensurar o quanto uma Alma pode avançar em cada encarnação. Mas como já atestou um que foi famoso cientista na Terra: o tempo é relativo. Da mesma maneira pode-se dizer que o progresso de cada Alma ao encarnar é relativo. Mas a evolução ocorrerá com certeza; até mesmo para aquela Alma que se transviar em sua encarnação, durante a caminhada na matéria. Sempre agregará algo em utilidade para progredir em direção da espiritualidade superior.
Ocorre que as vezes o conhecimento adquirido é diminuto para permanecer em um planeta de regeneração, como o caso da Terra, que desde o advento do Espiritismo, amanheceu na fase de transição das provas e espiações, para o de regeneração.
Quando o conhecimento adquirido pela Alma fica aquém do progresso do planeta, a Espiritualidade lhe encaminha para um outro planeta, onde poderá adquirir conhecimentos adequados e que lhe oportunizem o progresso.
Ora! Essa emigração das Almas para outro planeta que possa na classificação humana ficar tachado como inferior, não é um castigo em momento algum para as Almas que por condições variadas se retrogradam.
A verdade é que os orbes, ou seja, os planetas em geral, funcionam como escolas e todos eles oportunizam a evolução do Espírito.
Alguns planetas funcionam como aprendizado intensivo, e ao espírito que ali degradar para encarnar, terá condições de absorver e acelerar seu aprendizado, muito mais rápido do que se mantivesse encarnado no planeta onde não conseguiu adquirir e se portar para o progresso.
Os planetas são escolas vivas, com portas abertas a garantir as mais impressionantes possibilidades de progresso para as Almas.
A Terra é mais um planeta entre as dezenas de milhares a servir como escola.
E tenham certeza: Todas essas escolas, todos esses planetas que os olhos da matéria podem vislumbrar, todos eles conduzem a Alma para um único caminho: Deus!
Fiquem em Paz!
Vladimir Augusto
Psicografado em 07 de abril de 2014.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Caminhar cativo

A eternidade ensina tudo, e a todos.
Não é necessário o pensamento preocupado com o tempo; mais hoje ou amanhã, dentro das condições de necessidade de cada espírito, os planetas servirão de escola para oportunizar o avanço e o progresso.
É nesses planetas que cada um amealhará conhecimentos específicos e significativos para a evolução.
Assim, queridos, a escola da Eternidade está aberta para todos, desde o princípio inteligente, até aos Espíritos Superiores que, ao atingirem o grau máximo de conhecimento, tornam-se nossos amorosos professores na Escola da Eternidade.
Buscai e aprendei; mas dentro de cada condição e conforme a própria capacidade de entendimento: nem mais, nem menos. Tudo é dado na medida certa de cada qual e para cada qual. Conforme, ainda, às condições de cada grupo.
É assim que se trabalha na Escola da Eternidade. São os grupos de Espíritos que se integrando assumem as condições para o progresso coletivo.
É, o progresso é coletivo.
Caros irmãos terrenos. As oportunidades que cada qual está passando na Terra, diz respeito ao coletivo, onde uns auxiliam aos outros; e assim, ambos crescem em conhecimento e amor.
A dedicação não deve ser exclusiva para determinada pessoa simpática; mas é na superação das diferenças e antipatias que evoluímos em direção ao Pai!
Com Amor!
Irmã Estefânia
Psicografado em 31 de março de 2014.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Futuro

Queridos!

Como é comovente a comunicação que pode ser estabelecida entre os planos: Espiritual e material; entre encarnados e desencarnados.
As possibilidades de informar e orientar são infinitas e podem deslocar amplos conhecimentos da ciência terrena quanto aos caminhos que tais comunicações ocorrem.
É fato que a ciência em seu progresso, chegará a dominar esses conhecimentos e estabelecerá as dinâmicas para novos instrumentos de comunicação, mas a tecnologia terena ainda está longe de conhecer tais qualidades.
Aos espíritas que estão estudando diuturnamente as palavras grafadas na obra de Allan Kardec, essa caminhada científica já iniciou. Desses espíritas de hoje, caberá a missão em encarnações futuras de trazer para a Terra os conhecimentos necessários para constituir os novos equipamentos de comunicação.
Vale dizer: as ondas darão lugar à luz. E a frequência dará lugar para os pulsos.
O entendimento das energias e suas fontes ganharão um componente ainda maior, e o entendimento sobre a origem da vida caracterizará o início dessa nova oportunidade de conhecimentos alavancados pela ciência.
Fiquem com Deus!
Irmão Aníbal
Psicografado em 31 de março de 2014.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Missionários

Caros Irmãos

Que a Paz de nosso Pai ilumine vosso corações!
Já faz um tempo que acompanho as missões de algumas equipes espirituais aqui nas imediações.
Sempre acompanhado de amigos benfeitores que buscam explicar as diferentes indagações que lhes faço.
Já tive a oportunidade de assistir alguns resgates. Nenhum é igual. As predileções de cada qual constituem o principal vetor determinante no tipo de ação dos amigos benfeitores.
O pensamento é tudo; é ele quem colocará o desencarnado em algum ludar da e na Espiritualidade.
Por isso, desprendimento e amor!
Irmão Antenor
Psicografado em 31 de março de 2014.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Apreciar o Bem! Que Mal tem?

Muitos sentem um pouco de vergonha em externar o sentimento de amor ao próximo. Até sentem vontade, mas no momento de praticar, ficam retraídos em seus pensamentos, pensando no que os outros vão pensar das palavras e atitudes do irmão.
A verdade é que na Terra ainda há o preconceito de externar o sentimento do bem. É como se existissem rituais para sacralizar a atitude amorosa do irmão.
Mas a verdade é que não existe nenhum mal em externar o bem.
A ilusão de cada qual é o que impacta a ação.
Essas só conseguem se externar quando os grupos se unem para tal.
Mas meus queridos: Que mal tem em externar o Bem?
Certamente! Nenhum!
Então, de a oportunidade a si mesmo que o céu te acompanhará. Externe o Bem!
Aos queridos, com carinho.
Maria Aparecida
Psicografado em 10 de março de 2014.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Imortalidade

Deus ilumine cada irmão.
Irmãos!
A fé na imortalidade é nosso princípio fundamental!
Todo aquele que crê na imortalidade do espírito, possui entendimento sobre as necessidades de cuidar da Alma; fazendo a caridade desinteressada aos necessitados. Levar o alento para todos os que sofrem, lhes oportunizando o entendimento do seu carinho por eles, revigora os laços fraternos da espiritualidade.
Toda a Alma revigorada, oportuniza a aproximação da espiritualidade amiga. É nesses momentos que surgem situações que afloram vibrações, que se imantam aos espíritos superiores.
Nessa oportunidade, os familiares na espiritualidade, que oram pelo socorro do ente amado, derramam lágrimas de luz.
A oportunidade de luz é tal, que irradia para outros entes encarnados também, as lembranças do familiar na espiritualidade.
Façam a caridade levando a palavra amiga: aquela que diz ao próximo que ele é muito importante.
Fiquem com Deus!
Do Irmão Antenor
Psicografado em 10 de março de 2014.

terça-feira, 11 de março de 2014

Ilumina corações

Queridos irmãos de fé espírita, que Deus ilumine a todos!
Que os céus da espiritualidade e seus anjos benfazejos tragam a Luz e a Paz aos corações.
A luz divina se faz em todas as direções do globo terrestre e do universo. E a ela que devemos dirigir nossos pensamentos. Nos envolve com vibrações salutares para a alma e para o desenvolvimento do Espírito.
Queridos! A Espiritualidade ensina a amar o próximo com tal desprendimento que fica impossível de descrever.
As vezes o sentimento é de tal forma que nos sentimos arrebatados para atmosferas angelicais.
É como se fossemos envolvidos por Anjos iluminados, com uma sublime suavidade e harmonia musical de emoção indescritível.
Todos passamos, todos sentimos, percebemos e nos dedicamos em tal atividade.
As vibrações são de tal proporção que nos sentimos como bebes sendo embalados nos braços afetuosos de uma querida mãe.
Por isso peço, Mãe Santíssima: Ilumina nossos queridos na Terra! Oportuniza o sentimento vibrante nos corações e consciências. E leva a Paz para os que sofrem!
Com Amor!
Irmã Noêmia
Psicografado em 10 de março de 2014.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mediunidades despertadas pelas leituras

Bendito seja todo aquele que lê
As leituras pululam por toda a parte. No Brasil, pais com grande contingente de espíritos que se dedicam as artes de todos os gêneros, ainda estão pouco voltados para as leituras cientísticas ou de fundamento na ciência de evidências. Não importa. A leitura é relevante para o desenvolvimento intelectual do Espírito, mas também para o aprimoramento emocional e motivacional da mediunidade.
É sim! A leitura tem a capacidade de despertar no leitor a habilidade da mediunidade. Em especial as obras que retratam romances de vidas que cruzaram pelos arcabouços terrenos. Tais histórias exercitam a condição do Espírito em retratar em seus pensamentos a realidade contada pelas páginas dos livros. E não demora muito para que o pensamento assuma relação causal com os mesmos personagens que ali estão narrados e com os fatos e dramas vivenciados pelos respectivos personagens. A vibração passa a assumir contato direto com o enredo e o leitor assume a condição de médium ao mesmo passo que passa a sentir em si mesmo as dores, preocupações, esperanças, medos e tudo mais que diga respeito a determinados personagens narrados no texto.
A aprimora da mediunidade é de tal sorte fortalecida se as histórias condizem a fatos. Nessas condições, os leitores poderão adentrar nas atmosferas factuais dos personagens e terão suas mediunidades em latência num processo de desenvolvimento.
Não restarão dúvidas, quando se perguntar ao leitor sobre a situação do personagem ou dos caminhos e sentimentos assumidos pelo mesmo, pois ao ouvinte ficará claro a quantidade de carga emocional e de realismo que o mesmo expressar ao relatar o ocorrido na história.
O próprio leitor poderá exprimir sentimentos de angústia ou medos dos personagens, bem como sentimentos de coragem ou de propósitos desejados.
Sim meus queridos! A leitura tem uma característica ímpar; muito mais que instruir. A leitura tem a capacidade de auxiliar no desenvolvimento da mediunidade: seja da clarevidência ou da sensitividade, seja da audiência ou da visão de futuro.
Convém, todavia, que as leituras sejam dedicadas ao bem, para que os pensamentos se mantenham em condições equilibradas e o leitor se envolva com atmosferas vibracionais adequadas. Claro que as leituras terrificantes, assustadoras e de ficção mortífera (que elaboram a morte em condições inadequadas) também são interessantes para o desenvolvimento, mas nesse caso as conexões vibracionais se darão com regiões umbralinas e com entidades de baixo conhecimento e entendimento. (Já presenciei diversos leitores que liam com expectativa e medo o desenrolar do enredo de determinados livros, trazendo para perto de si irmãos sofredores que lhe ocasionavam tensão e frio, ao lhes transmitirem pelo pensamento as situações e realidades em que estavam sofrendo).
Buscar a leitura de romances, como as de Emmanuel, psicografadas pelo Irmão Chico Xavier, contribui de forma significativa para o despertar e para o desenvolvimento da mediunidade. É esplendoroso os enredos e vivências daqueles personagens que tiveram existência realmente material; ou seja, não são fruto da imaginação, pois estiveram encarnados e marcaram a crosta terrestre com suas vibrações.
Leiam! Leiam sempre! E percebam como o pensamento consegue penetrar em atmosferas e ver pessoas e seus rostos, sentimentos, desejos... é sua mediunidade em exercício.
Fica com Deus!
Irmão Aníbal

Psicografado em 03 de fevereiro de 2014.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ainda há tempo

Sempre tenho o desejo de conversar sobre as infinitas oportunidades concedidas por Deus aos seus filhos, onde me incluo, para progredirmos em direção da Espiritualidade Superior.
Tal assertiva e desejo preenche uma enormidade de lacunas provocadoras de dúvidas e desconfianças.
Nunca tive a oportunidade de conversar prontamente sobre os conhecimentos considerados necessários; sempre tive que construir numa escala de tempo essa oportunidade e para as pessoas que considerava necessário.
Assim é com tudo na vida. As oportunidades são uma construção constante que cada um deve empreender. Buscar as condições mais adequadas e estabelecer relações que possam contribuir para aquilo que se deseja estabelecer.
As compreensões que se fazem sobre essas oportunidades construídas por cada um ainda é controverso entre os encarnados. Ocorre que muitos acreditam que outros devem construir essas oportunidades, sem darem-se conta que a cada um depende o próprio futuro e a própria caminhada terrena. Atribuir culpa aos outros pelos insucessos e fracassos é o mais prático e constitui na armadilha mais difundida.
Ah! Quanta confusão poderia ser solucionada com um simples posicionamento; o de construir, pessoalmente, as próprias oportunidades, livres de constrangimentos alheios.
Ao se estruturas as oportunidades presentes, pode-se vitalizar a caminhada pessoal em direção ao futuro e ser um construtor do próprio tempo.
Oportunidades são construções pessoais e motivacionais para todos os demais que se achegaram com pensamentos similares, fortalecendo as bases e consolidando um futuro com uma coletividade de empreendedores.
Ficar ao relento, aguardando que outros façam por nós é viver em estado de catalepsia. Construa as oportunidades, estruture as caminhadas e seja um construtor do futuro. É lá onde nos encontraremos e onde está o empreendimento pronto. Mas para chegar lá e ver o empreendimento pronto, tem que começar agora, construindo as oportunidades.
Até lá,
Irmão Aníbal.

Psicografado em 27 de janeiro de 2014.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Carinho!

Deixe cair a lágrima aprisionada...
Dispara o coração com louvor...
Refaz teu olhar diante da esperança.
E sinaliza o tempo com amor.


Deixa entrever a luz de Deus no coração...
Ilumina sua alma de alegria e rejubilo...
Sem cair na internura,
Transforma teu dia em luz.


Compreender para explicar.
Cativar para aproximar.
Convencer pelo exemplo.
Aproximar ao procurar.


Faz da vida um exemplo.
Do exemplo um livro.
Do livro um alento.
Do alento a esperança!


Confia no alto!
Confia em ti!
Confia no invisível!
Milagres acontecem...


Galardão de orações
Amores que se encontram
Afetos em união
Paz aos de boa vontade.


Esperança!
Misericórdia!
E Deus...
Todo Poderoso.


Irmã Noêmia.

Psicografado em 27 de janeiro de 2014.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Confissões do além

A entrada que se faz no mundo espiritual, em especial no momento do desencarne, e que comumente se diz “morte” entre os encarnados, é de conjecturas e de confusão. Caso estejamos envolvidos com ideias e atividades ainda mal resolvidas ou mesmo por fazer e que digam respeitos aos desejos pessoais, a entrada na espiritualidade será envolta de perturbações e constrangimentos que facilitarão a aproximação de irmãos obsessores que cobrarão pelas realizações deveras egoísticas que não ficaram “acabadas” ou que ainda necessitavam de desfechos.
Minha entrada na espiritualidade não foi das melhores; devo confessar. Para mim esse momento serve tanto para minha “terapia” (se assim me permitem classificar) como para conjecturar com os leitores as condições e influências dos pensamentos que elaboramos a cada momento de nossas existências.
É difícil compreender a separação quando ainda notamos familiares e amigos a nossa volta: nos chamando, nos elogiando e mesmo produzindo pensamentos sobre a dignidade, honrabilidade, valores que professávamos e erros que produzimos. A sensação de percebermos os pensamentos dos interlocutores presentes ao nosso entorno (seja durante o momento da separação, ou durante os preparativos do velório, durante esse e mesmo nos dias que se seguem após ao enterro) é muito intenso e produz no íntimo como se fossem vozes ecoando; é como se estivesse numa sala vazia onde o som da voz humana produz um eco que faz aumentar o som produzido pelo interlocutor e vibrar o corpo do ouvinte. A sensação é angustiante.
Sem sombra de dúvidas eu não fui das melhores pessoas quando encarnado. Tive diversos contratempos sobre a religiosidade e meu entendimento estava relacionado aos valores que cultivara ao longo da formação de minha carreira profissional. O orgulho de ser bem-sucedido na carreira me fizera desenvolver uma compreensão personalista da religiosidade; todavia, sem desrespeitar as formas que outros professavam as suas próprias concepções religiosas.
Mas o sentimento de penetrar o mundo espiritual, sem grandes entendimentos e com preocupações das atividades ainda por finalizar, condicionaram situações conflituosas que promoveram uma profunda tristeza em meu ser. Arrastando-me para meu próprio egoísmo, encontrei-me diante das angustias e dilemas, preocupações e injúrias, desafios e cóleras, que cultivara quando encarnado. Os problemas que ascenderam em meu íntimo nada mais eram o resultado de um “peso morto” que produzia um cansaço injustificável e um peso nos olhos que me forçavam quase que adormecer seguidamente.
Os dias seguiram-se a noites perturbadoras. Tudo se confundia e percebia viver um pesadelo acordado. Em diversos momentos me sentia como dopado sem saber de onde aquele sentimento e sensações provinham. Era tudo uma perturbação constrangedora do meu próprio eu. Com o tempo notei que algumas ideias, ao pensar nelas, ao visualizar as pessoas e suas falas, causavam-me diversas lugubressencias na maneira de pensar e de imediato parecia que estava caindo como vítima de vertigens intensas, provocadoras de enjoos e vômitos nauseantes.
Os meses se seguiram e nada me fazia me desprender da vontade de voltar para minha casa e para o trabalho. Lembrava da casa e dos familiares e desejava falar sobre tarefas a serem realizadas. Lembrava do trabalho e das ordens que deveriam ser cumpridas pelos subordinados, em especial sobre os “sermões” designados para aqueles que desafiavam minha autoridade.
Quisera um momento de paz, mas na mesma medida da paz eu fazia cobranças sobre atividades e pessoas. Aos que me caçoaram sobre minha “morte”, o desejo era de parar na frende deles e cobrar explicações.
Toda uma confusão me preenchia o ser logo nos primeiros momentos de retorno para a espiritualidade. E isso eu sempre afirmava, sempre em tom de ironia e superioridade aos que desejavam me ensinar alguma coisa sobre a morte: Quando eu chegar lá, se for dessa forma, farei isso ou aquilo... saberei me virar.
Ilusão! A arrogância, a prepotência, a certeza de saber como se portar diante das dificuldades... tudo era resultado de uma ilusão que cultivara como a mais sólida verdade.
As confusões sentimentais que atormentavam meus pensamentos só fizeram aumentar a dor e em diversas situações procurei ervas e folhas, seja nas matas por onde andei ou nas esgueiras pantanosas por onde cai, que pudessem ser utilizadas para aplacar o sofrimento.
A vida naquelas regiões é pujante (se assim posso exprimir). A quantidade de pessoas com as quais me deparei. Os valores confusos que diversas outras tentavam me convencer e explicar sobre o que ali ocorria. Tudo era perturbador. As constantes epifanias que eu ou os que conviveram comigo naquelas regiões, pareciam saídas de mentes doentias. Eramos como crianças a explicar com arrogância sobre o desconhecido.
Em diversas vezes cruzamos por caminhos onde era possível enxergar ao longe a cidade onde antes morava: onde estava a família e o trabalho. Mas ao mirar o caminho e seguir na direção desejada só fazia piorar a situação e a esperança do retorno. Encontrávamos precipícios intransponíveis e a tentativa de contorná-los condicionava em nos perdermos por valas, desertos, pântanos, encobertos ora por neblinas espeças ou por noites assustadoras. As pessoas que encontrávamos nesses caminhos eram todas de lamentar o drama. Queriam água, comida, roupas e expressavam raiva por não sabermos explicar o que lhes acontecia. Em diversas situações nos engalfinhamos como pugilistas enfurecidos e livres de regras. Adversários que muitas vezes se mostraram mais forte que eu e necessitado da ajuda dos que me acompanhavam na caminhada sem rumo.
As tenebrosas regiões se faziam mais intensas na medida em que acreditávamos estarmos próximos das cidades. Ocorriam momentos que um de nós dizia ter ouvido o som das turbinas de aviões e esse indicava o caminho para onde poderíamos chegar no aeroporto. Mas toda a caminhada se fazia de arrazoado sentimento de angústia e ingrata satisfação de chegarmos a lugar algum que não fosse pântano, lama ou grutas de onde era possível ouvir gritos, gemidos e o som forte do vento quente.
Caros leitores! Minha confissão é apenas um detalhe dos dramas vivenciados por essa alma que reconheceu no sofrimento a escola da aprendizagem. Tudo e todos estavam como professores e alunos, num mundo que se confunde, se interpenetram e estabelecem conexões amiúde sutis. Compreendi, a duras penas, sobre a necessidade de mudar o rumo dos pensamentos. Compreendi que a ilusão pode ser tão real quanto a verdade mais concreta. A destreza intelectual encontrou seus limites na exata medida da arrogância orgulhosa do profissional de êxito.
Foi uma velhinha, que não sei quantas vezes cruzamos por ela durante as milhares de caminhadas sem rumo, quem me fez parar um dia para rezar. Pois é! Sempre encontramos essa velhinha em alguma parte dos nossos caminhos na busca da cidade. Ela aparecia ao longe, em algum lugar, sentada ou de pé, com um terço na mão. Para mim era mais uma daquelas beatas que pediam para rezarmos juntos para Deus. Até em algumas situações nós paramos para rezar com ela, mas sempre com o desejo de atender a ela e logo nos livrarmos da pedinte e seguirmos nossos caminhos. Mas ela insistentemente e perturbadoramente aparecia em nossas trilhas; era como se conseguisse nos adiantar por atalhos. Por outras, nós percebíamos que andávamos em círculo e por isso deparávamos com ela.
Mas eis que essa velhinha, vestida simplesmente e de terço na mão, passou a provocar sentimentos que estavam adormecidos em mim. Numa tardinha enevoada ela me fez recordar da minha infância, daquela infância quando acreditava no Papai Noel; fez, por instantes, despertar os sentimentos e emoções da ilusão que carregamos sobre o Natal. Nesses momentos o sentimento se fazia envolvo de constantes lembras de situações alegres e esperançosas. Lembrava dos rostos alegres e do sentimento dos tios ao entregar o presente que eu tanto aguardara. A lembrança do abraço e daqueles sorrisos me envolvia numa saudade que marejavam meus olhos. Essas lembranças eram suficiente para deixar, durante aqueles momentos junto dessa velhinha, as cobranças aos subordinados e a ira que ainda cultivava dos desafetos.
Ai houve um tempo que resolvi ficar mais tempo com a velhinha, participando do seu mundo de orações e lembranças. Senti que isso passou a diminuir minhas dores e o sentimento de buscar a cidade e retornar para casa foi se dissipando em meu ser.
Não demorou muito para essa velhinha me convidar para irmos até uma igreja que ela conhecia em uma vila não muito longe. Disse que lá eu poderia tomar banho e participar do grupo de orações dela. Fato é que meu sentimento estava modificado e sentia já plena confiança naquela velhinha. Decidi, então, ir com ela, carregando um desejo ardente de rezar para Jesus Cristo.
Hoje sei tudo o que aconteceu; tenho melhor clareza dos fatos e situações e o quanto o pensamento pode nos encaminhar. Desde que resolvi acompanhar a velhinha até ao dia de hoje, quando escrevo essa história, se passaram exatos cinco anos, três meses e dezesseis horas. E do meu desencarne até o momento quando acompanhei a velhinha foram vinte e oito anos, sete meses e duas horas.
Ao leitor amigo, que ao chegar aqui se surpreende com minha confissão e se pergunta sobre a velhinha: Quem é, ou, quem era a velhinha? Posso afirmar com plena convicção que ela é uma de muitas e muitos que estão a nossa volta, orando por nós. Ela sempre foi meu “Anjo Protetor”, que sempre me acompanhou. Ela é, assim como aqueles que lhe acompanham, um espírito familiar e amigo que lhe quer bem. E se em algum momento você se sentir com mal-estar, com alguma angústia, procure se recolher e pede para seu “Anjo da Guarda”, que lê contigo essa história, para fazerem juntos uma oração.
Saibam, a velhinha foi minha bisavó Carmelinda. Só depois de um tempo na vila e já alojado em sua residência é que lembrei do rosto dela nas fotografias que minha mãe mostrou em certo Natal.
Fiquem em Paz,
J.C. de S.X.

Psicografado em 27 de janeiro de 2014.