Muito feliz fiquei a pouco
quando aqui cheguei com meus amigos e amigas. Viemos aqui para brincar e
conhecer sobre este local que poderia abrir portas e deixar nossas brincadeiras
serem mais significativas ao nosso coração.
Foi com alegria que nos
envolvemos com os presentes e colocamos nossas mãos e pensamentos sobre os
mesmos que estavam ao redor dessa mesma mesa.
Naquele momento era uma
felicidade muito grande. E a professora nos dizia que podíamos fazer o que
queríamos. Eu por minha vez, aproveitei para pedir um pouco de amor da mãe
presente, pois tive que deixar a minha quando ainda tinha 8 anos.
Mas nada de tristeza, pois
com amigos assim, com muitas brincadeiras, e com tanta alegria, não tem como
ficar triste. Mas tenho ainda um pouco de dificuldade para escrever, e por isso
a professora segura minha mão, e com essa outra mão vamos escrevendo sobre o
papel. Às vezes me escapa os dedos e a professora volta a me ajudar.
Mas não tem muito problema,
a mão firme do tio ajuda a guiar e fazer as palavras serem escritas no papel.
Obrigado tio!
Quero dizer que a saudade
ainda me martela no peito, pois tive que deixar o hospital e não pude mais ver
com perfeição a minha mãe e nem o pai. Ficou tudo um pouco confuso.
Aqui tenho meu amigo
Márcio, que anda sempre comigo agora, que fala e me leva para brincar em
lugares muito bonitos. E que antes eu não conseguia e chorava por não poder
brincar. Mas agora eu posso e me divirto muito.
Quando morava no hospital
tinha muita dor no peito e no corpo, e em muitas vezes a minha cabeça pesava e
eu ficava tonto. Mas agora não tenho mais nada disso.
E foi aqui nessa sala que
pudemos brincar, que notei as minhas dores sumirem. E quando tivemos que sair,
dei um beijo e um abraço naquela mãe que representa a minha e que estou
aprendendo a saber a respeitar a falta que faz.
E depois fomos todos embora,
que voltamos para nossa praça de brincadeiras; logo apareceram as mesmas
pessoas que tínhamos ficado nessa sala. E lá essas pessoas nos levaram
presentes e também nos divertimos mais um pouco.
Fiquei confuso sobre o
ocorrido, pois pensei que não veria mais eles, pois em outra ocasião foi assim que
as coisas aconteceram. Mas a professora e o Márcio me disseram que eu precisava
aprender sobre aquilo ali. E era para eu poder crescer. Mas eu ainda não quero
crescer, quero brincar, pois não pude antes. E o Márcio, que é do meu tamanho,
as vezes tem um jeito de falar que parece como a professora. Ele conhece muita
coisa, mas mesmo assim é uma pessoa, um amigo muito legal, que me deixa calmo e
tranquilo quanto da minha saudade de casa, do pai e da mãe. Não sei quanto
tempo ainda vou ficar na pracinha mas quero ver se logo posso voltar para casa.
A professora diz que eu
vou voltar na semana que vem. E isso me deixa bem feliz. Pois quero contar para
minha mãe sobre tudo que estou conseguindo fazer agora e que antes não podia.
Estou muito feliz e quero
deixar meu beijo de Deus em cada um nessa mesa, e passei a abraçar cada um da
mesa e deixar meu beijo de Deus em cada um.
Com muita alegria no
Coração.
E com uma felicidade muito
Grande.
Mil Beijos.
Jorginho.
Psicografado em 25 de maio
de 2018.
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