Eram pouco mais de 19
horas do dia 30 de junho de 2002, quando nosso querido Irmão Chico
Xavier se despediu da sua vestimenta terrena. Antes de partir para o
plano Espiritual, o Irmão Chico orou ao Pai Celestial e ao Mestre
Jesus. Fez ligeira pausa mental e lembrou de muitos dos seus Irmãos
e Irmãs que o auxiliaram na Terra, desde Pedro Leopoldo até
Uberaba. Em cada recordação fazia reverência a cada Alma querida
que lhe contemplava a memória. É, sua Alma estava executando os
procedimentos de desenlace da matéria.
As vivências, em
muitos momentos regrados com dor e sofrimento pessoal, entremeados de
angústias silenciosas diante do destempero e da incompreensão, não
destoaram seu Amor por todos aqueles que o procuraram e por todos
aqueles que o perseguiram e o difamaram.
Sua Alma resplandecia
em grandes extensões, levando bençãos de Amor e Paz para todos que
lhe apareciam na memória. Numa velocidade impressionante, o Irmão
Chico buscava cada um de seus queridos, indistintamente, lhes levando
o espiritual beijo da Paz, que ele tanto o fez quando encarnado:
beijar a mão das Irmãs e Irmãos, num resplandecente ato de
caridade cristã e humildade serviçal aos preceitos do Mestre Jesus.
Nobre Irmão Chico, que
hoje vive e convive entre os desencarnados, no incessante trabalho de
dedicação ao próximo, brindou a Terra com o exemplo cristão de
abnegação total ao Amor, ao Espírito e especialmente ao Próximo.
Quem dera os Irmãos de
hoje terem a sutileza Espiritual de encontrá-lo em suas atividades.
A desmaterialização do Irmão Chico foi de tal ordem que sua
ascensão no momento do desencarne processou-se como num
arrebatamento quase que instantâneo aos mais altos graus da
Espiritualidade Superior, escapando da capacidade visual de muitos
Espíritos que o aguardavam para lhe reverenciar e dar as boas vindas
em seu retorno à Espiritualidade e pela missão que concretizara na
Terra.
Mas a imagem mais
significativa do desenlace do nosso querido Irmão Chico foi o
momento que sua Alma lembro de seu mentor Espiritual. Chico viu
Emmanuel em suas memórias, e logo estava Chico diante de mirrada
criança amparada nos braços da mãe. Momento luminoso que fez todo
o ambiente irradiar felicidade sublime. Do alto uma enormidade de
Flores Espirituais foram derramadas sobre a criança e sobre sua mãe.
Uma suave musicalidade se fez ouvir entre todos ali presentes; entre
os encarnados e os desencarnados que acompanhavam os momentos de
desenlace do Irmão Chico. A mãe da criança sentiu uma paz que lhe
transladou os pensamentos em lembranças de cidades Espirituais e de
seres angelicais. De repente sentiu uma esfuziante emoção e
sentimento de louvor ao Pai Celestial. E por um fugidio momento
pensou em Chico Xavier. Já o menininho esboçou um sorriso que
encheu mais ainda os sentimentos de felicidade da mãe.
Ali, de joelhos diante
do Emmanuel encarnado, Chico fez um gesto repleto de ternura.
Agradeceu ao Pai Celestial e ao Mestre Jesus. E numa oração que
encheu o ambiente de Espíritos Superiores, de Anjos Querubins e
Serafins, Chico beijou a mão de seu dileto mentor; menino encarnado
já contando com dois anos.
Pronto! O ato de
desenlace do Espírito e do corpo estava terminado. Chico estava
entre os mais amados Irmãos da Espiritualidade. E a subida se fez!
Neste ano de 2012,
completam dez anos do desencarne do Irmão Chico Xavier. Entretanto,
nos altos da Espiritualidade em que se encontra, esse tempo lhe
parece como algumas horas. Mas sabe ele perfeitamente do tempo
transcorrido na Terra e da densidade material que o separa da crosta.
De onde ele está é possível contemplar a Terra em sua totalidade
esférica.
Felicidade, Paz e Amor
ao nosso querido Irmão Chico Xavier!
Do Amigo e Irmão
Emerson.
Mensagem recebida em 21
de junho de 2012.
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